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Stylus (Rio de Janeiro)

 ISSN 1676-157X

SOLER, Colette. A oferta, a demanda e... a resposta. []. , 26, pp.15-28. ISSN 1676-157X.

^lpt^aA partir da pergunta: "O que responde o psicanalista?" - título do VII Encontro da Internacional dos Fóruns e da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano - a autora situa o que é da ordem da oferta, da demanda e da resposta em uma psicanálise. A resposta do analista não é do registro da interlocução, a oferta, anterior a demanda e distinta da resposta, é o primeiro passo do ato analítico seu começo. Distinguindo a posição atual dos analistas, das de Freud e Lacan, se pergunta: Como se fazer passar ao ato, em cada caso, a oferta já ali na cultura? Responde a questão marcando a diferença entre o saber e o saber-fazer do analista, distinção fundamental que leva Lacan a dizer que o analista só é responsável no limite de seu saber - fazer. A autora retoma a discussão em torno da resposta, aquela a ser feita à demanda transferencial que tem por objetivo produzir análise, destaca a formulação de Lacan em Televisão, que diz que se trata de tirar a limpo o inconsciente de que cada um é sujeito, isto é produzir a queda da transferência, evidenciar seu impasse e seu engodo, assim como a miragem da verdade. Essa operação desdobra a resposta em duas, sendo que o que qualifica a resposta de fim é a interpretação. A autora ressalta no desenvolvimento de seu texto o alcance comum as diversas formulações que dá Lacan do termo interpretação, a que visa a um real, nunca é conciliadora, não há universal da interpretação. Com a ideia de que a interpretação é um dizer que não, a autora se utiliza da afirmação de Lacan, "o dizer é um ato", apontando para a dupla dimensão da fala, o dito e o dizer, que irá desdobrar apoiando-se em diversas referencias a Lacan sobre esse tema. Evoca dois efeitos de sentido reais que se escrevem pelo dizer analítico, o sentido real do sintoma e o sentido real do dizer da demanda analisante. Destaca o dizer apofântico da interpretação demonstrando ser uma via possível a trazer um novo olhar sobre o final da análise. A autora conclui sua elaboração com observações sobre o lugar possível da resposta analítica a civilização atual.^len^aDeparting from the question: "What does the psychoanalyst answer?" - the title of the VII Meeting of the International Forums and the School of Psychoanalysis of the Forums of the Lacanian Field - the author situates what is from the order of the offer, demand, and the response in a psychoanalysis. The analyst's response is not from the recording of the interlocution, the offer, before the demand and distinct from the response, it is the first step of the analytical act, its beginning. Distinguishing the current position of the analysts from those by Freud and Lacan, it is asked: How to pass to the act, in each case, the offer already in the culture? She answers the question by calling attention to the difference between knowledge and the 'knowing how to do' of the analyst, a fundamental distinction that leads Lacan into saying that the analyst is responsible only at the limit of its 'knowing how to do'. The author returns to the discussion about the response, that one to be made to the transference demand that aims to produce analysis. She also highlights Lacan's formulation in Television, which says that it is about clearing up the unconscious of each one is subject, that is, to produce the transference fall, to highlight its impasse and its deception, as well was the mirage of truth. This operation unfolds the response in two, being interpretation what qualifies the final response. The author emphasizes in the development of her text the common reach of various formulations Lacan provides the term interpretation with, since the one which aims at a real, is never conciliatory, there is no universal of interpretation. With the idea that interpretation is a "saying no", the author utilizes Lacan's statement "saying is an act," pointing to the double dimension of speech, the said and the 'to be said', which will unfold itself relying on various references to Lacan on this topic. She also evokes two real effects in the sense that they are written by analytical saying, the real sense of the symptom and the real sense of the saying of the analyzing demand. Finally, she highlights the apofantic saying of interpretation, proving to be a possible way of bringing a new look over the end of the analysis. The author concludes her elaboration with observations about the possible place of an analytical response to the current civilization.

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