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Stylus (Rio de Janeiro)

 ISSN 1676-157X

VIDAL, Camila. Névoa…. []. , 32, pp.13-24. ISSN 1676-157X.

^lpt^aO desejo do analista é o que resulta e que se pode colocar em funcionamento, uma vez que o percurso da cura desvencilhou o sujeito de sua crença no Outro, fazendo-o responsável por seu próprio gozo, tanto daquele que está como daquele que falta; fundamentalmente do que falta poderíamos dizer, já que é o que permitirá situar o "paciente" não como objeto na busca desse gozo que falta, mas deixar esse lugar vazio, permitindo, assim, que o analisante se encontre com esse desejo inédito, no qual, pela primeira vez, não será tomado como corpo. Neste caso, o desejo do analista finalmente aparece com a "névoa"; esse real mesmo que já não está mais no Outro, está ali perdido, garante o não todo, é o gozo que falta e que já se sabe que não está no Outro; ele não tem que ir buscá-lo no outro, porque está ali do lado do Um, mas não é nada além de "névoa". A questão é como mantê-lo ali, de forma que a "névoa" não se dissipe, se mantenha no limite do sentido. O passe é uma tentativa de que essa "névoa" não se dissipe, já que ele é o que permite sair da indefinição. Tentativa de preservar algo desse real que tende constantemente ao contrário da insistência do sentido que sempre volta, tentativa de um novo enlace de que algo disso que foi encontrado, tão valioso, não se perca.^len^aThe analyst's desire is what results and what can be put to functioning, once the trajectory of the cure has freed the subject from his/her faith in the Other. This makes the subject responsible for his/her own jouissance, both from the one who is present and the one that is missing. Fundamentally, we could say something about the missing one, once it is the one that will allow the localization of the "patient" not as an object in search of this jouissance, but leave this place empty, thus, allowing the analysand to meet with this new desire, in which, for the first time, will not be taken as body. In this case, the analyst's desire, finally, appears with the "haze", this blunt real which is no longer with the Other. It is lost there, it guarantees the "not all". It is the missing jouissance and as previously known, it is not within the Other. It does not have to look for it in the Other because it is there by the side of the One; however it is nothing but "haze". The question is how to maintain it there, in a way that the "haze" does not dissipate, is kept in the limit of the sense. The pass is an attempt to prevent this "haze" from dissipating once it is exactly this that also allows a move away from indefinition. An attempt of preserving something of this real that, contrary to the insistence of the sense, always turns back; an attempt of a new connection with something that was found, and that for being so valuable, shall not get lost.

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