20 2 
Home Page  


Estudos e Pesquisas em Psicologia

 ISSN 1808-4281

OLIVEIRA, Luciana da Silva. Mulheres em Situações de Violência e os Sentidos de Liberdade: Relato de Experiência em uma Política Pública. []. , 20, 2, pp.481-499. ISSN 1808-4281.  https://doi.org/10.12957/epp.2020.52581.

^lpt^aEste artigo problematiza o conceito de liberdade no contexto de mulheres em situações de violência, indo além ou mesmo contrapondo a noção de liberdade vigente no âmbito da ideologia liberal. Para tanto, a partir da experiência da autora, como psicóloga em uma política pública para mulheres, busca-se articular essa discussão sobre liberdade com alguns aspectos das intervenções e práticas realizadas pelas/os profissionais, em especial psicólogas/os e assistentes sociais, junto às mulheres, abordando alguns riscos e desafios que perpassam esse fazer. As discussões indicam a possibilidade de se pensar em outros sentidos de liberdade, atravessados pelo tensionamento, pela dúvida, hesitação, incerteza e também pela relação com o/a outro/a, afastando a noção de liberdade como um poder fazer ilimitado.  No que diz respeito às intervenções realizadas nas políticas públicas para mulheres, conclui-se que a violência de gênero exige descolonizar e repensar práticas e modelos de intervenção hegemônicos, principalmente aqueles voltados para a individualidade.^len^aThis paper problematizes the concept of freedom in the context of women in situations of violence, going beyond or even opposing the notion of freedom present within the scope of liberal ideology. Based on the author's experience as a psychologist in a public policy for women, this study tries to articulate the discussion about freedom with some aspects of the interventions and practices done by professionals, especially psychologists and social workers, with women, addressing some risks and challenges that go with this doing. The discussions indicate the possibility of thinking in other senses of freedom, crossed by tension, doubt, hesitation, uncertainty as well as by the relationship with the other, withdrawing the notion of freedom as an unlimited power to do. With regard to interventions carried out in public policies for women, it is concluded that gender violence requires decolonizing and rethinking hegemonic practices and models of intervention, especially those aimed at individuality.^les^aEste artículo problematiza el concepto de libertad en el contexto de las mujeres en situaciones de violencia, yendo más allá o incluso oponiéndose a la noción de libertad vigente en el marco de la ideología liberal. Para ello, a partir de la experiencia de la autora como psicóloga en una política pública para mujeres, se busca articular esta discusión sobre la libertad con algunos aspectos de las intervenciones y prácticas llevadas a cabo por profesionales, especialmente psicólogas/os y trabajadoras/es sociales, con las mujeres, abordando algunos riesgos y desafíos que atraviesan ese trabajo. Las discusiones indican la posibilidad de pensar en otros sentidos de la libertad, atravesados por la tensión, la duda, la vacilación, la incertidumbre y también por la relación con el otro, alejándose de la noción de libertad como un poder ilimitado de hacer. En lo que respecta a las intervenciones realizadas en las políticas públicas para las mujeres, se concluye que la violencia de género requiere descolonizar y repensar las prácticas y los modelos de intervención hegemónicos, especialmente los dirigidos a la individualidad.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License