23 3 
Home Page  


Estudos e Pesquisas em Psicologia

 ISSN 1808-4281

SANTOS, Diego Luiz dos. Cultura Psicanalítica e Revolução Sexual nas Histórias em Quadrinhos nos Estados Unidos nos anos 1970. []. , 23, 3, pp.1134-1151.   03--2024. ISSN 1808-4281.  https://doi.org/10.12957/epp.2023.79281.

^a

Este artigo parte do conceito de cultura psicanalítica para promover o debate sobre a construção das subjetividades na década de 1970 nos Estados Unidos. Sistematizado pelo psicanalista Sérvulo Figueira, este conceito se refere à maneira como ideias vindas da psicanálise integraram esferas artísticas, publicitárias, jornalísticas, entre outras, influenciando e sendo influenciadas pela cultura de cada local onde foi apropriada. Esse fenômeno permitiu a construção de modos científicos e populares de interpretações acerca do sofrimento e da construção das subjetividades. O artigo direciona suas lentes à obra da artista estadunidense Aline Kominsky (1948-2022), publicada em meio aos debates sobre a revolução sexual dos anos 1970. A artista fez parte de uma geração que, inserida no contexto da contracultura, produziu e distribuiu histórias em quadrinhos que contestavam as normas sociais estabelecidas, o modelo de família nuclear patriarcal e reivindicava o afrouxamento das normas sexuais. A análise de sua obra, portanto, nos permite pensar as maneiras pelas quais a artista buscou em ideias psicanalíticas, as ferramentas ideais para contestar as instituições sociais, bem como construir propostas sobre novos modelos civilizacionais menos opressivos com base numa ressignificação da sexualidade.

^lpt^a

This paper uses the concept of psychoanalytic culture, outlined by psychoanalyst Sérvulo Figueira, in order to discuss the construction of subjectivities in the United States in the 1970s. This concept refers to the assimilation of psychoanalytic ideas into artistic, advertising and media spheres, among others, and how they influenced and were influenced by the cultures that appropriated them. This enabled the design of scientific and popular methods of interpreting suffering and the construction of subjectivities. This paper focuses on the work of American artist Aline Kominsky (1948-2022), published amidst the sexual revolution debates of the 1970s. Kominsky was part of the counterculture generation that produced and distributed comics that challenged established social norms and the patriarchal nuclear family model and demanded the relaxation of sexual norms. The analysis of her work reveals how the artist sought in psychoanalytic ideas the ideal tools to contest social institutions and propose new and less oppressive civilizational models based on the reframing of sexuality.

^len^a

Este artículo utiliza el concepto de cultura psicoanalítica para promover el debate sobre la construcción de subjetividades en la década de 1970 en los Estados Unidos. Este concepto fue desarrollado por el psicoanalista Sérvulo Figueira para referirse a la forma en que las ideas del psicoanálisis integraron las artes, la publicidad, el periodismo, entre otros medios, que influyen en la cultura de cada lugar donde era apropiado. Este fenómeno permitió la construcción de modos científicos y populares de interpretaciones sobre el sufrimiento y la construcción de subjetividades. El artículo se centra en el trabajo de la artista estadounidense Aline Kominsky (1948-2022), publicado en medio de debates sobre la revolución sexual de la década de 1970. La artista fue parte de una generación que, en el contexto de la contracultura, produció y distribuyó cómics que criticaran las normas sociales establecidas, el modelo de familia nuclear patriarcal y las normas sexuales conservadoras. El análisis de su obra, por lo tanto, nos permite pensar en las formas en que la artista buscó en las ideas psicoanalíticas, las herramientas ideales para criticar las instituciones sociales, así como para construir propuestas sobre nuevos modelos civilizacionales menos opresivos basados en una renuncia de la sexualidad.

^les

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )