Arquivos Brasileiros de Psicologia
ISSN 1809-5267
CABRAL, Ricardo de Barros. Coordenadas epistêmicas da psicologia moderna na formação do psicólogo. []. , 62, 2, pp.52-64. ISSN 1809-5267.
^lpt^aO presente artigo expõe as coordenadas epistêmicas da psicologia moderna. Entre a metafísica e a física-matemática, é demonstrado o quanto essa disciplina pretende se estabelecer para além de uma trama de conceitos filosóficos, racionalistas ou empiristas. Entre uma concepção clássica de conhecimento e a atividade científica moderna, a psicologia constitui-se com um problema: como atender à exigência de verificação quando se trata do que não é físico? De fato, esse rompimento levou a uma desconsideração do psíquico como tal para privilegiar a observação do comportamento. Devido aos impasses desta solução radical, as questões retornam sob um pretenso "novo" paradigma nas ciências cognitivas, que, em verdade, repetem o velho projeto de redução dessa dimensão ao físico ou à física, ao adotar como modelo a inteligência artificial. O que se pretende mostrar é a fragilidade dessas suposições quando confrontadas com as questões mesmas do cotidiano, justamente por ignorá-las em seu alcance e em sua dimensão próprios. Conclui-se que o discernimento destas coordenadas é fundamental na formação do psicólogo.^len^aThe present paper exposes the epistemic coordinates in modern Psychology. Situated between Metaphysics and the Mathematical-Physics, it is demonstrated how much this discipline intends to stablish itself beyond a web of philosophical concepts, either rationalist or empirist. Between a classic conception of knowledge and the modern scientific activity, Psychology constitutes itself with a query: how can it attend to the demand of verification while dealing with something that is not physical? In fact, that rupture conduced to a disregardment of the psyche itself in order to privilege the obsertvation of behavior. Due to the stalemates of this radical response the questions return under an alleged "new" paradigm of the Cognitive Sciences, that, in truth, repeat the the old project of reducing this dimension to the Physical, or the Physics, by adopting the Artificial Inteligence as a model. What is intended is to show frailty of these assumptions when confronted by questions of the quotidian themselves, precisely because ignoring them in their own range and extension. It is concluded that the clearness of such coordinates is fundamental in the psychologist formation.
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