Arquivos Brasileiros de Psicologia
ISSN 1809-5267
SANTOS, Jorge Luís Gonçalves dos COSTA-MOURA, Fernanda. Precipitação da angústia na estruturação do sujeito pelo significante. []. , 64, 2, pp.64-75. ISSN 1809-5267.
^lpt^aO artigo propõe uma elaboração conceituai da complexa articulação que dá fundamento à teoria da angústia de J. Lacan, através de uma discussão que concerne especialmente ao ponto de emergência (ou precipitação) da angústia na experiência do sujeito. Partindo do estabelecimento da divisão constituinte do sujeito em sua relação ao funcionamento da linguagem, demarca-se o lugar do desejo na estrutura significante. Situando a angústia numa temporalidade lógica imediatamente anterior ao desejo. Em seguida, discute-se a articulação entre a falta que distingue a dimensão simbólica e a perda que instaura a função do objeto a no campo do sujeito. E finalmente, evocando o corte do significante que constitui o corpo como pulsional e demarca o objeto, distingue-se a precipitação da angústia como momento lógico no qual a falta irredutível da cadeia significante torna-se o campo onde o sujeito pode emergir.^len^aThe paper proposes a conceptual elaboration of the complex articulation that lies underneath the angst theory by J. Lacan. The main discussion focuses on the logical point in which angst affects the subject's experience. Starting from the division of the subject as related to language operation, it argues that angst is located in a logical temporality, as previous to desire. After having set up the place of desire in the structure of the signifier, it handles with the relation between the default that constitutes the symbolic dimension and the loss that constitutes the object a for the subject. Finally, referring to the piercing effectiveness of the signifier that creates the pulsional body and detaches the object, the article establishes angst precipitation as a logical moment, in which the irreversible default of the signifier chain can become the grounds to the subject's issue.^les^aEl artículo propone una elaboración conceptual de compleja articulación que da motivos para la teoría de la angustia de J. Lacan, a través de un debate que concierne especialmente al punto lógico de emergencia (o precipitación) de la angustia en la experiencia del sujeto. Partiendo del establecimiento de la división constitutiva del sujeto por el lenguaje, se delimita el lugar del deseo en la estructura significante. Colocar la angustia en una anterioridad lógica en relación al deseo. Después de demarcar el lugar del deseo en la estructura significante, intenta indagar la relación entre la falta simbólica y la pérdida que instaura la función del objeto a en el campo del sujeto. Finalmente, evocando el corte del significante que constituye el cuerpo como pulsional y delimita el objeto, se ubica la angustia como el momento lógico a través del cual la falta irreductible de la cadena significante se convierte en el campo donde puede surgir el sujeto.
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