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Arquivos Brasileiros de Psicologia

 ISSN 1809-5267

PESSOA, Manuella Castelo Branco; ALBERTO, Maria de Fatima Pereira; MELO, Cinthya Rebecca Santos    PERNAMBUCO, Jéssica Martins. Política de Formação Profissional e trabalho decente: ferramentas de erradicação do trabalho infantil?. []. , 71, 2, pp.150-162. ISSN 1809-5267.  https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2019v71i2p.150-162.

^lpt^aEste artigo objetiva analisar a Política de Formação Profissional (PFP) e sua contribuição para a erradicação do trabalho infantil, a partir da perspectiva dos jovens que dela participam. A amostra desse estudo foi composta por 187 jovens que se encontravam inseridos na PFP. Foi utilizado um questionário e duas escalas de avaliação, analisadas através do software SPSS. Os dados revelaram que aqueles que acessaram a Política são em sua maioria do sexo feminino, consideram-se pardos e têm renda familiar baixa, sendo, por vezes, os principais provedores da família. Cerca de 92% desses jovens enxergam o programa como uma ferramenta de combate ao trabalho infantil, por ofertar trabalho legalizado e a garantia dos direitos trabalhistas aos jovens que dele participam. Contudo, foi possível perceber uma herança da política assistencialista na forma de ocupar e disciplinar o jovem, o que torna a PFP uma alternativa limitada de promover mudança social eficaz.^len^aThis article aims to analyze the Educational and Training Policy (PFP) and its contribution to the eradication of child labor, from the perspective of the young people participating in it. The study included 187 young people enrolled in the policy. We used a questionnaire and two assessment scales, carried out by the SPSS software. Data showed that young people who accessed the policy are mostly female, consider themselves dark-skinned, have a low family income, and are sometimes the main breadwinner. About 92% of these young people perceive the program as a tool to combat child labor and as something that contributes to the legalized work and to the guarantee of labor rights. However, welfare policy is still marked in society and influences the way of occupying and disciplining young people, thus vocational training policy becomes a limited alternative to promote effective social change.^les^aEste artículo tiene como objetivo analizar la Política de Formación Profesional (PFP) y su contribución a la erradicación del trabajo infantil, desde la perspectiva de los jóvenes que participan en ella. La muestra de este estudio se compuso de 187 jóvenes que se encontraban inseridos en la PFP. Fue utilizado un cuestionario y dos escalas de evaluación, con ayuda del software SPSS. Los datos mostraron que aquellos que accedieron la Política, son en su mayoría del sexo femenino, se consideran pardos y tienen renta familiar baja, siendo, a veces, los principales sostenedores de la familia. Cerca del 92% de estos jóvenes ven el programa como una herramienta de combate al trabajo infantil, por ofrecer trabajo legalizado y la garantía de los derechos laborales a los jóvenes que participan en él. Sin embargo, fue posible percibir una herencia de la política asistencialista en la forma de ocupar y disciplinar al joven, lo que hace a la PFP una alternativa limitada de promover un cambio social eficaz.

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