Arquivos Brasileiros de Psicologia
ISSN 1809-5267
OLIVEIRA, Luciana da Silva; VIEIRA, Kelly Dias ROMAGNOLI, Roberta Carvalho. Os grupos de mulheres no enfrentamento à violência de gênero: direções éticas. []. , 73, 2, pp.52-66. ISSN 1809-5267. https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2021v73i2p.52-66.
^lpt^aEste artigo discute os grupos de mulheres, dispositivos utilizados desde o início dos movimentos feministas para trabalhar questões de gênero, como um caminho para a construção e intensificação de estratégias de resistência junto a mulheres em situação de violência de gênero. Propomos algumas direções éticas que conduzem a práticas micropolíticas capazes de sustentar no grupo aquilo que se multiplica entre suas participantes, inventando possíveis entre impossibilidades e apostando na potência de conexões entre diferentes modos de existência. Grupo ético-estético-político que gera efeitos e que pode favorecer a produção de novos entendimentos e práticas relacionadas às composições de gênero e às relações de poder vivenciadas pelas mulheres em seus relacionamentos e na sociedade. A aposta é que nestes grupos ocorra a articulação entre subjetividade e política e que o espaço grupal permita que as cristalizações de lugares e papéis que as mulheres constroem em suas histórias se desfaçam.^len^aThis paper discusses women's groups, devices used since the beginning of feminist movements to work on gender issues, as a way for the construction and intensification of resistance strategies with women in situations of gender violence. We propose some ethical directions that lead to micropolitical practices capable of sustaining in the group what is multiplied among its participants, inventing possible alternatives between impossibilities and exploring the potency of connections between different modes of existence. It is an ethical-aesthetic-political group that generates effects and that can facilitate the production of new understandings and practices related to gender compositions and to power relations experienced by women in their relationships and in society. The bet is that in these groups the articulation between subjectivity and politics occurs and, besides that, that the group space helps to disappear the crystallizations of the places and roles that women construct in their stories.^les^aEste artículo analiza los grupos de mujeres, dispositivos que se han utilizado desde el comienzo de los movimientos feministas para trabajar en temas de género, como una forma de construir e intensificar estrategias de resistencia con mujeres en situaciones de violencia de género. Proponemos algunas direcciones éticas que conducen a prácticas micropolíticas capaces de sostener en el grupo lo que se multiplica entre sus participantes, inventando posibilidades entre imposibilidades y apostando por el poder de las conexiones entre los diferentes modos de existencia. Grupo ético-estético-político que genera efectos y que puede favorecer la producción de nuevas comprensiones y prácticas relacionadas con las composiciones de género y las relaciones de poder que experimentan las mujeres en sus relaciones y en la sociedad. La apuesta es que en estos grupos ocurra una articulación entre subjetividad y política y que el espacio grupal permita que las cristalizaciones de lugares y roles que las mujeres construyen en sus historias, se deshagan.
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