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Psicologia para América Latina

 ISSN 1870-350X

CRUZ, Lílian Rodrigues da. Infância abrigada: negligências e riscos no campo das políticas públicas. []. , 9. ISSN 1870-350X.

^lpt^aAs práticas psicológicas na assistência social e na saúde constituem-se em um eixo de problematização no campo da Psicologia. Objetivamos discutir as políticas públicas no campo da infância, centrando-se na aplicação das medidas protetivas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Neste sentido, a "negligência dos pais" tem despontado como motivo de ingresso mais freqüente em entidades de abrigo, suscitando discussão entre os operadores de direitos. Constatamos que a negligência está muito associada às dificuldades socioeconômicas e que as famílias pobres parecem ser culpabilizadas pela situação dos seus filhos. Nas avaliações de negligência, questiona-se também a efetividade das ações preventivas em saúde mental, uma vez que a literatura aponta dificuldade de discernir entre situações de pobreza e sofrimento psíquico dos pais. Nesse sentido, propomos fomentar as discussões acerca das negligências: da articulação das políticas públicas, das instituições, dos operadores de direito, dos técnicos e "dos pais".^les^aLas prácticas psicológicas en la asistencia social y en la salud se constituyen en un eje de problematización en el campo de la Psicología. Objetivamos discutir las políticas públicas en el campo de la infancia, centrándonos en la aplicación de las medidas protectivas previstas en el Estatuto del Niño y del Adolescente. En este sentido, la "negligencia de los padres" ha despuntado como motivo de ingreso más frecuente en entidades de abrigo, suscitando discusión entre los operadores de derechos. Constatamos que la negligencia está muy asociada a las dificultades socioeconómicas y que las familias pobres parecen ser culpabilizadas por la situación de sus hijos. En las evaluaciones de negligencia, se cuestiona también la efectividad de las acciones preventivas en salud mental, una vez que la literatura apunta dificultad en discernir entre situaciones de pobreza y sufrimiento psíquico de los padres. En ese sentido, proponemos fomentar las discusiones acerca de las negligencias: de la articulación de las políticas públicas, de las instituciones, de los operadores de derecho, de los técnicos y "de los padres".

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