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Gerais : Revista Interinstitucional de Psicologia

 ISSN 1983-8220

MARTINS, Karina Oliveira    LACERDA JUNIOR, Fernando. Ideologização da violência no capitalismo: contribuições da psicologia da libertação de Martín-Baró. []. , 11, 2, pp.221-235. ISSN 1983-8220.  https://doi.org/10.36298/gerais2019110204.

^lpt^aO presente trabalho apresenta as reflexões de Ignacio Martín-Baró sobre a ideologização da violência. Para tanto, divide-se em três partes. Na primeira parte, apresenta como Martín-Baró definiu violência, ideologia e desideologização destacando as principais ideias do autor sobre fenômenos que considerava fundamentais. Em seguida, são descritos sete processos psicossociais que demonstram a estreita relação entre ideologia e violência na perspectiva de Martín-Baró: a) a difusão de uma concepção "neutra" e "moral" de violência; b) a conversão da violência em um problema técnico e administrativo, facilitando, assim, a proliferação de atos violentos; c) a desvalorização das vítimas dos atos violentos pela criação da imagem do "inimigo"; d) as consequências psicológicas da polarização social; e) a guerra psicológica; f) o fatalismo como processo psicossocial produzido pela violência estrutural; g) a desatenção seletiva. Por fim, o artigo discute limitações das propostas de Martín-Baró, assim como as contribuições de suas análises para a crítica da sociedade capitalista e para o fomento de práticas de transformação social.^len^aThis paper discusses the contributions of Martín-Baró to the critique of the ideologization of violence. First of all, the paper presents how Martín-Baró defined violence, ideology and de-ideologization highlighting his main ideas about those basic concepts. After that, seven psychosocial processes are described in order to describe the complex articulation between ideology and violence: (a) the diffusion of a "neutral" and "moral" conception of violence; (b) the conversion of violence into a technical and administrative issue, facilitating the proliferation of violent acts; (c) the devaluation of the victims through the creation of the "enemy"; (d) the psychological effects of social polarization; (e) psychological warfare; (f) fatalism as a psychosocial process produced by structural violence; (g) selective inattention. Finally, the article problematizes limitations of Martín-Baró's proposals and discusses the contributions of his analyses to the critique of capitalist society and to the promotion of practices of social transformation.

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