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Revista Psicologia Organizações e Trabalho

 ISSN 1984-6657

SANTOS, Ítalo Emanuel Rolemberg dos; VARGAS, Marlizete Maldonado    REIS, Francisco Prado. Estressores laborais em agentes comunitários de saúde. []. , 14, 3, pp.324-335. ISSN 1984-6657.

^lpt^aOs agentes comunitários de saúde (ACS), enquanto facilitadores do acesso aos serviços de saúde e ouvintes das queixas dos usuários na atenção básica, são elo imprescindível entre população e gestores. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo verificar a ocorrência do estresse laboral em ACS da cidade de Aracaju (SE); identificar a fase de estresse em que se encontravam os ACS; identificar a predominância de sintomas físicos ou psicológicos nesses sujeitos; caracterizar os estressores laborais e suas possíveis interferências nas atividades desempenhadas por eles. Os dados foram levantados através do Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL) e de um questionário para identificar fatores estressores na atividade, aplicados a 236 indivíduos. Identificou-se que, dos 61,4% ACS que apresentaram alguma manifestação de estresse, 51,7% encontrava-se na fase de resistência, com predominância de sintomas físicos (52,4%). Verificou-se também que em apenas três Unidades Básicas de Saúde (UBS) havia percentual de sujeitos em fase de exaustão, correspondendo a 0,4% da amostra. Em outras três unidades de saúde, a frequência relativa "sem manifestação de estresse" superou o percentual dos que se encontravam em alguma fase do estresse. A relação de trabalho com as gerências foi apontada como principal fonte de estresse, sendo considerado muito estressante trabalhar com gestores cuja liderança é autoritária, sem autonomia, desmotivada, estressada e/ou despreparada para a função. Já a relação com outros ACS e usuários não foi considerada estressante. Ao final do estudo, percebeu-se que, mesmo o organismo possuindo recursos para se adaptar a situações de estresse não prolongadas, a maior parte dos aspectos considerados estressores estava relacionada a questões gerenciais.^len^aThe Community Health Agents (ACS) as facilitators of people's access to health services and ombudsmen of user's complaint concerning basic attention. In this sense, the study aims to verify the occurrence of occupational stress in ACSs from Aracaju, SE; identify the stress phase found in the ACSs; identify the prevalence of physical or psychological symptoms in these people; characterize the work stress and its possible interferences in the activities performed by the ACSs. The data were collected through the Inventory of Symptoms of Stress for Adults of Lipp (ISSL) and a questionnaire to identify stress factors in the activity, submitted to 236 individuals. It was found that 61.4% of them had some manifestation of stress, 51.7% of ACS was in the resistance phase, predominantly physical symptoms (52.4%). It was also found that only three basic health units (UBS) had a percentage of subjects in the exhaustion phase, corresponding to 0.4% of the sample. In other three health units the relative frequency "no stress manifestations" surpassed the percentage of those who were in some stage of stress. As the main source of stress it was appointed the working relationship with management, and it was considered very stressful working with managers whose leadership is: authoritarian, without autonomy, demotivating, stressed and / or unprepared for the role. The relationship with other ACSs and users was not considered stressful though. At the end of the study, it was noticed that even the body having resources to adapt to not prolonged stressful situations, most aspects considered stressors was related to management issues.

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