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Revista EPOS

 ISSN 2178-700X

SILVEIRA, Helena Colodetti G.. Os arquétipos do pensamento Kantiano na metapsicologia de Freud e a sua ruptura por Winnicott: o resgate da capacidade criativa do indivíduo. []. , 3, 1. ISSN 2178-700X.

^lpt^aO ensaio tem como objetivo apontar a continuidade dos avatares epistemológicos da modernidade nas formulações freudianas acerca da metapsicologia. A preocupação de Freud em inscrever a psicanálise no rol das ciências acarretou para sua teoria compromissos com uma matriz kantiana: redução do aparelho psíquico à analogia do homem-máquina; determinação causal das condutas e inescapabilidade do sujeito a certo destino trágico. Winnicot, ao seu turno, tem o importante papel de contraste à ortodoxia freudiana, na medida em que reintroduz no interior da constituição do psiquismo as especificidades das experiências históricas, bem como sua relação dinâmica com o ambiente, que também é protagonista no processo de formação do ego. Para ele, no cerne dos processos de individuação está a capacidade desta singularidade emergente de fazer escolhas, de exercer sua capacidade criativa, enfim, de ser livre, a partir de uma condição natural vital que não lhe chega de fora, opressora, mas que oferece ao sujeito a possibilidade de se constituir na história, com e pela natureza.^len^aThis essay aims to point out the continuity of the epistemological modern avatars on Freud’s formulations regarding metapsychology. Freud’s concern about labeling psychoanalyze as "science" caused sideways compromises with kantian matrix: reducing the psyche to the analogy "human-machine"; causative determination of behaviors; and inescapable destinies for human beings. Winnicot, on his turn, has the important role of contrasting Freud’s orthodoxies, since he reintroduces inside the psyche the very aspects of human historical experience with the environment, which has for him a leading role on the process of ego’s formation. To Winnicot, the core of individuation processes rests on the subject capacity of making choices, being creative, which means bottom line, being free, departing from a vital natural condition that doesn’t arrives from the outside, oppressing, but instead offers to the subject the possibility to constitute himself through history and nature.

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