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Revista EPOS

 ISSN 2178-700X

XAVIER, Gabriella. Uma sociedade carnívora: pensando alimentação e fetichismo. []. , 6, 1, pp.35-64. ISSN 2178-700X.

^lpt^aO presente artigo procura pensar o lugar da carne no universo da alimentação a partir de suas relações com elementos da dinâmica constitutiva da forma social capitalista. Através de três abordagens retiradas de estudos bibliográficos, analisa os processos sociais implicados na produção e no consumo dessa forma de alimentação, à luz das contradições fundamentais de uma forma social, cujo poder de domínio sobre a natureza se revelou como distanciamento progressivo entre a humanidade e o mundo natural, fundado na produção do valor. Trata da constituição da forma moderna de relação com os animais, desde a introdução da dinâmica mercantil na centralidade da vida social; dos processos perturbadores provocados pela atividade industrial interposta a esta relação; e, por fim, examina o caráter primitivo da subjetividade moldada neste trajeto, não alusivo à permanência da relação matar-para-comer, mas na projeção fetichista oriunda da mediação com o ritual da morte, embora a civilização tenha podido refiná-la com seus aparatos técnicos.^len^aThis paper seeks to think about the place of the meat in the feeding universe from its relations with elements of the constitutive dynamics of the capitalist social order. Through three approaches taken from bibliographic studies, it analyzes the social processes involved in the production and consumption of this form of feeding in the light of fundamental contradictions of a social order whose domain power over nature revealed itself as a progressive distancing between humanity and the natural world, based on the production value. It discusses the establishment of the modern form of relationship with animals, since the introduction of market dynamics in the centrality of social life; the disturbing processes caused by the industrial activity interposed to this relationship; and finally examines the primitive character of subjectivity molded at this path, not alluding to the permanence of the relationship kill to eat, but to the fetishistic projection arising from the mediation of the ritual of death, considering the civilization’s capability to refine it with their technical devices.

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