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Estudos Interdisciplinares em Psicologia

 ISSN 2236-6407

CAMPOS, Érico Bruno Viana; GODEGUEZI, Martinucho    LIMA, João Gabriel Bertucci. O estatuto da autoconservação na primeira teoria pulsional freudiana. []. , 11, 1, pp.49-70. ISSN 2236-6407.  https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n1p49.

^lpt^aEste ensaio teórico discorre sobre o estatuto da pulsão de autoconservação no âmbito da teoria de Freud, com o objetivo de analisar os referenciais organicistas e funcionalistas como fundamento epistemológico da psicanálise. A teoria das pulsões sofre transformações substanciais ao longo da obra freudiana, sendo sujeita a diversas interpretações que, em geral, relegam a um segundo plano ou mesmo excluem as pulsões de autoconservação do campo da psicanálise. Apresentam-se os fundamentos dessa teorização nos textos freudianos sobre a primeira teoria pulsional e a complexidade de sua caracterização, em especial as questões de sua fonte e sua filiação a funções biológicas, a labilidade de seu objeto, o seu papel na dinâmica defensiva e no desenvolvimento psicossexual. Discutem-se as interpretações desse legado a partir de sua dupla filiação: humanista e naturalista. Conclui-se que essa problemática é um ponto de tensão importante na caracterização da heterogeneidade epistemológica da psicanálise como campo de saber.^len^aThis theoretical essay discusses the instinct of self-preservation status under Freud's theory, aiming to analyze the organismic and functionalist references as an epistemological foundation of psychoanalysis. The instincts theory undergoes substantial changes during Freud's work, and it was subject to various interpretations that usually relegate to the background or even exclude the instincts of self-preservation of the psychoanalysis field. It presents the foundations of this theorization in the classic Freudian texts on the first drive theory and the complexity of its characterization, especially the questions of its source and its affiliation to biological functions, the lability of its object, its role in the defensive dynamics and in psychosexual development. It discusses the interpretations of this legacy from its double affiliation: humanist and naturalistic. It is concluded that this problem is an important point of tension in the characterization of the epistemological heterogeneity of psychoanalysis as a field of knowledge.^les^aEste ensayo teórico analiza el estatus del instinto de conservación dentro de la teoría de Freud, con el fin de analizar las referencias organicistas y funcionalistas como una base epistemológica del psicoanálisis. La teoría de los instintos sufre cambios sustanciales a lo largo de la obra de Freud, se somete a diversas interpretaciones que, en general, relegan a un segundo nivel o incluso excluyen las unidades de auto-preservación de campo psicoanalítico. Presenta los fundamentos de esta teoría en los textos freudianos clásicos en la primera teoría de los impulsos y la complejidad de la caracterización, especialmente los temas de su fuente y su afiliación con las funciones biológicas, la labilidad de su objeto, su papel en la dinámica defensiva y en el desarrollo psicosexual. Se argumenta interpretaciones de este legado de su doble filiación: humanista y naturalista. Se concluyó que este problema es un punto importante de la tensión en la caracterización de la heterogeneidad epistemológico del psicoanálisis como un campo de conocimiento.

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