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Psicologia da Educação
versão impressa ISSN 1414-6975versão On-line ISSN 2175-3520
Psicol. educ. n.21 São Paulo dez. 2005
AMPLIANDO
Condições de produção do conhecimento dos alunos do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação da PUC-SP
Conditions for knowledge productions of graduate students in Education: Educational Psychology of PUC-SP
Condiciones de producción del conocimiento de los alumnos de los Programas de Estudios Pos-Graduados en Educación: Psicología de la Educación de la PUC-SP
Marli André e Equipe*
Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação da PUC-SP. E-mail: marliandre@pucsp
Introdução
O presente trabalho é fruto de uma produção coletiva dos alunos de Mestrado do PED - Programa de Estudos Pós-graduados em Educação: Psicologia da Educação da PUC-SP que cursaram a disciplina Seminário de Pesquisa no segundo semestre de 2004, com a professora Marli André. No desenvolvimento da unidade didática "procedimentos de coleta e análise de dados", a professora propôs aos alunos a realização de um trabalho prático, similar ao que já havia sido feito pelos mestrandos de 2001.
A turma aceitou a proposta e imediatamente se organizou para dar início à tarefa. Primeiramente ficou decidido que a questão de pesquisa e os objetivos seriam os mesmos de 2001.
Quais as condições de produção de conhecimento dos pós-graduandos da PUC-SP?
Essa questão deu origem aos seguintes objetivos específicos:
1. definir o perfil dos pós-graduandos em termos de idade, gênero, estado civil, procedência, formação, experiência anterior de pesquisa;
2. identificar recursos utilizados para pesquisas bibliográficas;
3. analisar facilidades e dificuldades de acesso aos recursos e uso do tempo;
4. identificar fontes de financiamento;
5. analisar a relação orientador/ orientando quanto a disponibilidade, freqüência no atendimento e proximidade à linha de pesquisa;
6. analisar a relação entre o tema da pesquisa e a atividade profissional;
7. identificar os motivos da procura pelo curso de pós-graduação.
Quanto ao instrumento de coleta de dados, o grupo decidiu utilizar uma versão similar ao "roteiro de entrevista" elaborado pelos mestrandos de 2001, já que a questão geral e os objetivos seriam os mesmos. Procedeu, então, a uma análise e reformulação do roteiro, tornando alguns itens mais claros e acrescentando outros.
O instrumento é composto de 21 itens com perguntas fechadas e abertas, abrangendo: dados de caracterização dos pós-graduandos, experiência prévia de pesquisa, acesso a financiamento e a recursos bibliográficos, relação entre o tema de pesquisa e a atividade profissional, avaliação das disciplinas do curso e do processo de orientação e motivos para escolha da pós-graduação e da PUC.
Na definição dos sujeitos da pesquisa, o grupo decidiu que só seriam entrevistados os alunos do PED, incluindo os 25 alunos da turma. Cada um dos alunos se responsabilizou por fazer, no mínimo, três entrevistas. Ao final de duas semanas foram realizadas 94 entrevistas, das quais 68 com alunos de mestrado e 26 com alunos de doutorado. Para um total aproximado de 170 alunos do Programa, o número de entrevistados é significativo (cerca de 55%).
De posse dos roteiros respondidos, o grupo se reuniu e se subdividiu para a tabulação dos dados. A discussão coletiva foi fundamental no momento da elaboração das categorias de análise e na organização das respostas para atingir os objetivos preestabelecidos.
Uma das alunas dispôs-se a reunir, em planilhas, as análises feitas pelos minigrupos, as quais foram devolvidas à turma para exame e para a elaboração da primeira versão do relatório. Esse texto inicial foi distribuído a todo o grupo e, posteriormente, foram incorporadas as apreciações e sugestões, dando origem a uma nova versão do relatório. A próxima tarefa coletiva foi o planejamento da apresentação do trabalho na Mostra PED de 2004 (Seminário de apresentação de trabalhos do PED PUC-SP).
Apresentação dos dados da pesquisa
Se o interesse desse trabalho é investigar as condições que os alunos do PED PUC-SP dispõem para desenvolver o seu trabalho, torna-se essencial conhecer quem são esses pós-graduandos.
Caracterização dos alunos do PED
Em relação ao gênero dos entrevistados, há predominância do sexo feminino (83%). Tratando-se de um programa da área de educação, esse dado não traz surpresa, pois reafirma a dominância feminina na área.
Considerando a faixa etária, verifica-se que 29% dos pós-graduandos têm menos do que 30 anos de idade, 20% têm entre 31 e 35 anos e 23% estão na faixa de 36 a 40 anos Os alunos com mais de 40 anos estão divididos em duas faixas: de 41 a 45 anos são 15% e com mais de 46 anos são 13%. (Relatório, p. 4)
Quanto ao estado civil, a distribuição indicou 50% de alunos casados, 37% solteiros, 12% desquitados ou divorciados e um viúvo.
No que se refere ao número de filhos, metade dos entrevistados tem filhos, a maioria com menos de 12 anos (48%), 22% entre 13 e 18 anos e 30% com idade superior a 18 anos.
Com relação à formação superior, há predominância de graduados em Pedagogia (38%) e em Psicologia (28%). Outras áreas de formação são: Letras (8%), Educação Física (6%), Matemática (5%). Quanto ao número de cursos superiores concluídos, 91% dos entrevistados têm formação em um curso superior, 7% concluíram 2 cursos e 1%, 3 cursos. É interessante observar a variedade de cursos de formação, expressa no gráfico 1.
Formação acadêmica dos pós-graduandos
Com relação ao tipo de instituição onde cursou a formação superior, o gráfico mostra que a maior parte dos entrevistados (70%) é oriunda de instituições privadas. Apenas 30% completaram seus estudos em instituições públicas.
No que se refere à procedência geográfica dos alunos, a maioria é do estado de São Paulo (84%). Os demais residem nos estados da Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A maioria dos entrevistados (51%) se formou até dezembro de 1994, ou seja, há mais de dez anos. Outros 29% concluíram a formação há menos de dez anos (entre 1995 e 1999) e 20% concluiu sua formação mais recentemente (de 2000 a 2004).
Grande parte dos alunos do PED (80%) declara exercer atualmente alguma atividade remunerada. Quanto ao campo de atuação profissional desses alunos, a grande maioria desenvolve atividade na área de educação: 31% são professores de educação básica e 25% professores universitários. Há ainda um número razoável de supervisores de ensino (13%) e professores coordenadores (11%). As demais atividades apresentam índices menores, conforme mostra o gráfico a seguir.
Atividade profissional
Recursos financeiros
Uma importante condição para a produção de conhecimento é a disponibilidade de recursos financeiros, tanto para custear o curso de pós-graduação quanto para adquirir material de pesquisa e participar de eventos científicos.
Os alunos que declararam possuir algum tipo de bolsa de estudos somaram 60% do total. Quanto ao tipo de bolsa concedida, nota-se que a maioria dos bolsistas conta com auxílio da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior), 40% são bolsistas do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa) e 21% da SEE-SP (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo). As demais instituições citadas na legenda representam menor índice de bolsas concedidas, conforme mostra o gráfico a seguir.
Bolsas de estudo
As bolsas de estudo se dividem em flexibilizada (37%), parcial (28%), integral (26%), bolsa para funcionário da PUC-SP (5%) e dissídio (4%).
Com relação ao financiamento para aquisição de livros e participação em congressos, a pesquisa mostra que 87% dos entrevistados não contam com financiamento.
Experiência de pesquisa
Sobre a experiência prévia em pesquisa, as respostas foram bastante equilibradas: 54% tiveram alguma experiência e 46% não.
Quanto ao tipo de atividade relacionada à pesquisa, 41% envolveram-se em atividades de iniciação científica, 37% atuaram como auxiliar de pesquisa e 22% desenvolveram outras atividades.
Ao analisarmos as questões "temas de pesquisa" e "a relação com sua atuação profissional", foi necessário reunir os temas em grupos chegando-se a 13 classificações. Nova revisão culminou em quatro grandes temas: Formação de professores (22%), Representações sociais (16%), Aprendizagem (14%), Afetividade (6%), Juventude/ Violência/ Drogas (6%). Os demais constituíram a categoria "outros", em que se enquadram temas muito variados, como: a obra de Martin-Baró, a velhice nos livros didáticos, temporalidade, a escola do inusitado, conceitos de memória na psicologia sócio-histórica, educação, entre outros.
Temas de pesquisa
Quanto à relação do tema de pesquisa com a atuação profissional, cerca de 90% dos entrevistados declaram que seu tema de pesquisa está articulado com sua prática profissional, o que deve favorecer as condições de produção de conhecimento.
Recursos bibliográficos
Quando os pós-graduandos foram perguntados sobre a carga horária semanal dedicada ao trabalho, 48% alegaram trabalhar a partir de 31 horas, 21% trabalham entre 21 e 30 horas, 13% trabalha até 20 semanais e 18% não trabalham.
O tempo dedicado ao estudo foi dividido em dois: o primeiro considera o tempo de estudo fora de sala de aula e o segundo é sobre o tempo que o aluno fica em sala de aula.
Ao tempo utilizado ao estudo, 53% reservam de 11 a 20 horas de estudo semanal, 25% estudam acima de 20 horas semanais e 22% ficam até 10 horas estudando. Com relação ao tempo que os respondentes permanecem em sala aula, temos 47% que ficam em aula até 10 horas semanais, 34% acima de 10 horas e 19% não freqüentam mais as aulas.
Quanto ao tempo de deslocamento dos pós-graduandos de suas casas até a universidade, alunos que gastam até 2 horas e meia somaram 30%; 36% consomem de seu tempo semanal de 3 a 8 horas e 33% permanecem na estrada acima de 8 horas semanais.
Dos alunos do PED, 98% buscam recursos bibliográficos na PUC-SP. Bibliotecas de outras universidades também são utilizadas para pesquisa, em sua maioria são instituições consagradas em pesquisa. A Universidade de São Paulo tem a preferência de 40% dos pesquisadores em formação, 6% dos alunos freqüentam a Fundação Carlos Chagas, 7% a Unicamp, 6% a Unesp e 35% utilizam-se de outras bibliotecas como a universidade em que trabalham (Unip, universidades federais de outros estados, como Mato Grosso e Paraná, PUC do Rio Grande do Sul e do Paraná, entre outras instituições).
A Internet mostrou-se grande aliada da pesquisa: 87% dos respondentes utilizam-se dela. Os sites mais visitados são o da Capes, Scielo, Birene, Psycoinfo e o próprio site do Programa de Psicologia da Educação.
Outra possibilidade de aquisição bibliográfica foi descrita com a utilização de livrarias (29%), compra do próprio material (29%), indicações e empréstimos de amigos (22%), diretoria de ensino (11%) e congresso e periódicos com 4% cada.
Verificamos que 52,9% dos alunos têm a biblioteca da PUC-SP como um recurso de fácil acesso, embora 24,1% apontem dificuldades no uso dessa biblioteca.
Muitos mencionaram a falta de tempo para a busca de recursos bibliográficos. Isso também justifica a utilização da biblioteca da PUC-SP.
Observamos que a Internet se apresenta como um recurso tecnológico de fácil acesso, apesar de os entrevistados apontarem como dificuldade o recurso pessoal precário e sites pouco confiáveis.
Outro dado observado como dificuldade na busca de recursos bibliográficos foi o fator financeiro (15,1%).
Orientação
A análise dos dados que avaliam a orientação que o mestrando ou doutorando recebe foi dividida em três categorias: freqüência, disponibilidade e intervenções, que podem ser visualizadas no quadro a seguir:
Quando perguntados sobre a freqüência da orientação recebida, 46% dos entrevistados afirmaram estar plenamente satisfeitos, 41% mostraram-se satisfeitos e 7% responderam que estão insatisfeitos com as orientações sob este aspecto.
A disponibilidade dos orientadores aponta para 43% de alunos plenamente satisfeitos, 41% satisfeitos e 8% estão insatisfeitos.
Quanto às intervenções de seus orientadores em suas pesquisas, nenhum respondente se mostrou insatisfeito, 40% mostrou-se satisfeito e 54% declarou estar plenamente satisfeito.
Disciplinas cursadas
Para avaliar o papel das disciplinas na formação do pós-graduando, perguntamos quais as contribuições das disciplinas cursadas para o desenvolvimento de sua pesquisa e quais as disciplinas que mais contribuíram para sua formação como pesquisador.
Quanto ao tipo de contribuição, as respostas foram organizadas conforme o quadro abaixo:
Verifica-se que grande parte dos pós-graduandos indicou contribuição teórica (40%) ou metodológica (30%) e apenas 3% declararam que não houve contribuição. Ressalte-se que 24% dos entrevistados apontaram mais de uma contribuição.
Psic. da Ed., São Paulo, 21, 2º sem. de 2005, pp. 167-179
Para 63% dos 94 respondentes, mais de uma categoria de disciplina contribuiu para sua formação como pesquisador. Neste total, 55% dos respondentes apontaram as disciplinas obrigatórias do mestrado e do doutorado (Seminário de Pesquisa I e II, Psicologia da Educação I e II, Bases Históricas da Psicologia da Educação e Fundamentos Metodológicos I e II) como as que contribuíram para a sua formação como pesquisador.
Ao examinar as justificativas, são verificadas respostas que validam e buscam a reflexão (levar a pensar; discussão com colegas; uso do senso crítico); embasamento teórico; prática de uma pesquisa (o próprio projeto e a pesquisa das disciplinas "Projeto") e integração entre teoria e pesquisa.
Motivos para cursar a pós-graduação
Ao serem questionados sobre os motivos que os levaram a cursar a pós-graduação, os alunos se dividiram em 2 grandes grupos, o primeiro relacionado aos interesses profissionais, abrangendo 71% das respostas; e o segundo grupo, com 27% dos alunos que alegam motivos pessoais.
No grupo dos interesses profissionais, a categoria com maior índice de respostas foi a relacionada com a atualização profissional (22,5%), seguida das categorias: ingressar ou manter-se na docência (16,6%) e dedicação à pesquisa (14,4%). Apesar de menor incidência, aparecem ainda as categorias: seguir carreira acadêmica (5,8%); ampliar o campo de atuação profissional (6,5); e obter titulação (7,2%).
Já, em relação aos interesses pessoais, 21% dos alunos entrevistados apontaram a "busca de conhecimento" como principal motivo para cursar a pós-graduação. Apareceram ainda respostas relacionadas a inquietações pessoais ou curiosidades na área, contando com 5,8% do total.
Motivos para cursar a pós-graduação
Indagados se houve alteração nos motivos que os levaram a cursar a pós-graduação, 84% dos alunos responderam que tais motivos não se alteraram. Entre os motivos que indicaram alteração, o de maior incidência é a ampliação do interesse em pesquisa, com 35%. As outras justificativas de mudança passam pela necessidade da carreira acadêmica, curiosidades já superadas, a formação de vínculos de amizade e outros, todos aparentemente positivos.
Os motivos que levaram os alunos a escolherem a pós-graduação da PUC-SP são, na maioria, ligados à respeitabilidade da instituição e do Programa. Dos alunos entrevistados, 25% responderam que escolheram a PUC-SP pelo bom conceito que a instituição tem, 11% pelo bom conceito do Programa e 11% pela respeitabilidade do Programa.
A correlação do Programa com o tema de interesse/pesquisa também é bastante apontada: 14% dos pós-graduandos responderam que a escolheram por esse motivo, 1,5% por ter grupo ligado ao tema de interesse, 4% responderam que optaram por ter o programa de psicologia da educação e 1,5% escolheram pelo currículo do Programa.
Uma ligação anterior com a PUC-SP também foi motivo da escolha: 10% dos entrevistados eram ex-alunos e 2% eram funcionários da PUC-SP.
Enquanto 7% dos sujeitos escolheram a PUC por indicação de amigos, ex-professores ou outros profissionais, apenas 1,5% a escolheu porque seus exprofessores estudaram aqui.
Apareceram também motivos ligados à seleção, sendo que 2% dos alunos responderam que escolheram a PUC-SP pela maior facilidade de ingresso se comparada com uma instituição pública e 1% respondeu que escolheu a PUC-SP por ter uma seleção idônea.
Outros motivos que apareceram foram: proximidade geográfica da residência (3%), ideologia da instituição (2%), exigências da instituição a que pertence (1%), bolsa de estudos (1%) e bom acolhimento dos funcionários (1%).
Motivos da escolha da PUC-SP
Dos 94 entrevistados, 94% declararam querer continuar a fazer outras pesquisas ao terminar a que está em andamento. Dos que justificaram, 26% disseram que querem continuar com pesquisas acadêmicas, sendo que 87% vão prosseguir no doutorado e 13% em pós-doutorado/livre-docência; 8% alunos querem montar ou ingressar em grupo de pesquisa no contexto profissional, 9% querem participar de núcleos de pesquisa, 5% querem continuar a pesquisar o tema atual e 52% não justificaram. Apenas 6% dos respondentes não querem realizar outras pesquisas.
As condições de produção de conhecimento dos alunos do PED
Na realização deste estudo emergiram importantes questões sobre as condições de produção do conhecimento dos pós-graduandos.
O primeiro aspecto observado foi o fator financeiro. Uma importante condição para a produção de conhecimento é a disponibilidade de recursos financeiros, para custear tanto o curso de pós-graduação quanto a participação em congressos e eventos científicos.
Considerando os dados da pesquisa de 2001, na de 2004 houve diminuição no número de bolsistas, porém surgiu um novo tipo de bolsa, a concedida pela SEE-SP - Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. No entanto, deve-se esclarecer que o montante da bolsa é insuficiente para as despesas de aquisição de livros, cópias, transporte, alimentação e participação em congressos e eventos científicos.
A influência da atividade profissional dos pós-graduandos na produção de conhecimento também foi outro dado significativo dessa pesquisa. O fato de a maioria exercer alguma atividade profissional pode parecer um fator negativo, pois poderia comprometer o tempo de dedicação aos estudos, mas, como 90% dos entrevistados declararam que há articulação entre o tema e a prática profissional, esse mesmo fator parece ajudar a delimitar o tema e favorecer seu desenvolvimento.
A relação do trabalho com a produção de conhecimento também é observado quando olhamos para o tempo gasto com as atividades acadêmicas e profissionais. Os alunos que trabalham mais de 30 horas semanais também ficam mais tempo estudando, e, como há grande relação do tema do projeto com a pesquisa do aluno, pode-se dizer que o trabalho contribui efetivamente na produção de conhecimento, e quem precisa dividir seu tempo entre o trabalho e estudo se programa para tal.
Outro dado que merece destaque é a constatação de que as disciplinas do Programa de Psicologia da Educação têm contribuído para o exercício de se aprender a fazer pesquisa, já que metade dos alunos não possuía experiência prévia de pesquisa.
Recebido em novembro de 2005.
Aprovado em dezembro de 2005.
* Texto coletivo dos mestrandos de 2004: Camila Igari, Celia Silva, Cristiane Rogrigues, Deise Silva, Denise Silva, Jacy Fávero, Leia Abreu, Letícia Malavolta, Liliane Delage, Marcel Cardozo, Marcia Gatti, Maria das Dores Cruz, Maria de Lourdes Lima, Maria Goretti Santos, Maria Regina Pereira, Mariangelica Arone, Marina Nibu, Mario Monteiro, Monica Siqueira, Raquel Cassoli, Renato Santos, Roberta Rotta, Tania Morgado, Vanessa Silveira, Vital Yasumaru, Vivian Lobato.