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Construção psicopedagógica

versão impressa ISSN 1415-6954versão On-line ISSN 2175-3474

Resumo

ALEXANDROFF, Marlene Coelho. Ensino fundamental de nove anos: avanços e contradições. Constr. psicopedag. [online]. 2009, vol.17, n.15, pp.131-143. ISSN 1415-6954.

Diante da dificuldade de muitas crianças se alfabetizarem no primeiro ano do Ensino Fundamental e outras tantas não conseguirem acesso à escola na educação infantil, o MEC e o CNE propôs um aumento da escolaridade obrigatória de oito para nove anos, ampliando as possibilidades de aprendizagem e de inclusão das crianças brasileiras nesta faixa etária. Apesar de o governo ter publicado um documento riquíssimo (“ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS), trazendo discussões teóricas e práticas, a implantação do aumento da escolaridade está sendo muito mal interpretada. Ao invés de incluir a criança de seis anos e tratá-la como tal, respeitando-se o seu nível de desenvolvimento, as escolas, principalmente, as particulares, estão transferindo para as crianças da Educação Infantil, de três, quatro e cinco anos, atividades e exercícios que não são adequados nem para as crianças de sete anos. Por exemplo: Há escolas que estão exigindo que crianças de cinco anos aprendam a ler e a escrever, inclusive com letra cursiva, utilizando-se de materiais ultrapassados porque estas irão para o primeiro ano do Ensino Fundamental. Este trabalho, com certeza, trará prejuízos ao desenvolvimento da criança, podendo criar dificuldades de aprendizagem e de adaptação à escola. Desta forma, o artigo discorre sobre a necessidade de uma mudança de prática centrada num trabalho que articule a alfabetização e o letramento, num enfoque sócio-histórico, bem como indica a necessidade de alterações no currículo atual, na formação dos educadores e na sistemática de avaliação. Aponta também a necessidade de um amplo debate entre os profissionais da educação, incluindo-se aí, os psicopedagogos.

Palavras-chave : Letramento; Alfabetização; Ensino fundamental; Dificuldades de aprendizagem.

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