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Estudos de Psicanálise
versão impressa ISSN 0100-3437
Resumo
JUHAS, Thiago Robles e SANTOS, Niraldo de Oliveira. Ainda em cartaz, "Estamira": A Psicanálise nas telas do Cinema. Estud. psicanal. [online]. 2011, n.36, pp.157-164. ISSN 0100-3437.
O presente trabalho tem como objetivo discutir e articular as relações entre o cinema e a Psicanálise. Para isto, utilizou-se do documentário Estamira, de Marcos Prado, 2006. O filme retrata a história de uma mulher que sofre de transtornos mentais e trabalha, há anos, no hoje extinto aterro sanitário na cidade do Rio de Janeiro. O Cinema, como expressão de arte, se relaciona com a Psicanálise de diversas formas, pois também trata da subjetividade dos participantes na produção cinematográfica. O diretor, sem ter a intenção de qualquer expressão psicanalítica, assume um lugar de objeto que escuta e deseja desvendar o saber da personagem, o que se assemelha à função de um analista. Estamira transmite aos telespectadores sua narrativa da verdade, seu discurso contundente que, na mesma enunciação impacta, confunde e toca. Na psicose, como é caso de Estamira, os delírios da personagem tentam responder a eventos traumáticos inassimiláveis, são respostas a circunstâncias compostas de grande sofrimento; a personagem elucida o mecanismo de produção delirante ao mostrar, em sua história de vida, que a única resposta possível encontrada às violências que vivenciou, foi o delírio.
Palavras-chave : Psicanálise; Cinema; Psicose; Delírio.