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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

Resumo

BARONE, Leda Maria Codeço. Narrar a clínica: entre tradição e ruptura. J. psicanal. [online]. 2013, vol.46, n.85, pp.119-126. ISSN 0103-5835.

Ninguém desconhece que Freud foi um exímio escritor e que em seus historiais clínicos viu-se impelido a contar uma história do doente no lugar de uma história da doença dando início a um novo gênero literário. Desde o início da psicanálise a questão da escrita da clínica tem suscitado o interesse de diferentes autores que procuram estudar o estilo, a abrangência e a relação dela com a teoria. Neste trabalho, a escrita da clínica será estudada sob a perspectiva do método da psicanálise, num diálogo com ideias benjaminianas sobre o fim da narrativa tradicional e como estas foram trabalhadas por Gagnebin, com objetivo de articular duas questões: a natureza do objeto da escrita da clínica e o lugar que o analista ocupa na relação transferencial. O analista na clínica sustenta o lugar de testemunha, de um terceiro, capaz de ouvir a narração insuportável do outro. Ele recolhe os restos, o indizível, os fragmentos e os lapsos de história contados pelo paciente e propicia o surgimento de uma narrativa capaz de articular passado, presente e futuro, não numa continuidade homogênea, mas que dê conta das rupturas, do absurdo e das lacunas de sentido que se fazem presentes no campo transferencial.

Palavras-chave : narrativa; clínica; método psicanalítico; testemunha.

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