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Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro)
versão On-line ISSN 1413-6295
Resumo
VILHENA, Junia; ROSA, Carlos Mendes e NOVAES, Joana de Vilhena. Narrando dores: A tatuagem como narrativa. Cad. psicanal. [online]. 2015, vol.37, n.33, pp.129-154. ISSN 1413-6295.
Quais seriam as funções, implícita e explicitamente atribuídas pelo sujeito, ao próprio corpo em sua narrativa histórica de si? Busca-se neste artigo refletir acerca dos novos territórios da subjetividade através dos significados do corpo e da transgressão. Tomando como eixo, jovens que marcam seus corpos, especialmente adolescentes que se tatuam com inscrições de comandos criminosos, expondo-se duplamente a comandos rivais e à polícia, buscamos evidenciar uma das dimensões que a corporeidade vem assumindo na contemporaneidade. Se, como nos parece, os modos de subjetivação estariam tendo seu epicentro deslocado em direção à dimensão corporal, o corpo estaria, então, adquirindo o estatuto de essencial suporte à historicidade subjetiva. Alvo de controle e de regulação social, o corpo assumiu lugar privilegiado na produção de narrativas que, muitas vezes, substituem as palavras.
Palavras-chave : Corpo; Tatuagem; Cultura; Subjetividade; Jovens institucionalizados.