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Revista Polis e Psique

versão On-line ISSN 2238-152X

Resumo

GUERRA, André  e  GUARESCHI, Pedrinho. Amor e revolta: contribuições de Hannah Arendt e Albert Camus para uma ética absurda. Rev. Polis Psique [online]. 2017, vol.7, n.1, pp.84-100. ISSN 2238-152X.

Este artigo traz as contribuições do literato e filósofo argelino Albert Camus para se problematizar a ética desde a perspectiva de uma filosofia existencial, mais especificamente, de uma Filosofia do Absurdo. Pretende-se com esse referencial retirar o problema ético de sua dimensão puramente intelectual para - a partir daquilo que será proposto como uma substancialização da ética - apontar as relações concretas dessa discussão com a vida, isto é, com a materialidade pressuposta nos modos de viver - ou estilos existenciais -, isto é, no modo como as pessoas relacionam-se consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Depois de apresentadas as noções de “absurdo” e “revolta” cunhadas por Albert Camus, é feita uma aproximação destes com o conceito de Amor Mundi discutido por Hannah Arendt. Conclui-se, assim, que a ultrapassagem do absurdo em direção a novos estilos éticos pode se dar pela assunção do amor como um movimento de luta, constante e ininterrupto, responsável por valorizar a singularidade do viver.

Palavras-chave : Ética; Absurdo; Amor; Albert Camus.

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