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Jornal de Psicanálise
versão impressa ISSN 0103-5835
Resumo
TESONE, Juan Eduardo. Inscrições transgeracionais no nome próprio. J. psicanal. [online]. 2009, vol.42, n.76, pp.137-157. ISSN 0103-5835.
Na eleição do prenome - primeira inscrição simbólica do ser humano - aparece em filigranas o desejo dos pais. Quando a criança nasce não é uma tábula rasa, não está virgem de toda inscrição. Um antetexto - que é também um intertexto parental - lhe precede, no qual o prenome é a marca inscrita no desejo parental. Sobre esse pré-texto, a criança terá de inscrever seu próprio texto, se apropriar pela singularidade de suas marcas de seu próprio nome. A escrita do prenome se converte na marca indelével de uma história simbólica familiar, palimpsesto grupal no qual confluem várias gerações. Às vezes é necessário folhear esse livro familiar, seguir seus movimentos, observar seus caracteres, reconhecer nesse manuscrito as letras ligadas: vínculos que atravessam as gerações, para permitir à criança fazer seu o nome próprio. Quando se produz um sintoma, o nome poderia ser considerado como um criptograma, e decifrá-lo seria útil para libertar a criança de um ponto de ancoragem necessário para sua filiação, mas que pode às vezes amarrá-lo a um sintoma.
Palavras-chave : Nome; Desejo; Pais; Criança; Palimpsesto; Inscrição.