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Revista Brasileira de Psicanálise

versão impressa ISSN 0486-641X

Rev. bras. psicanál vol.47 no.4 São Paulo out./dez. 2013

 

COMENTÁRIOS SOBRE A ENTREVISTA

 

Viver em poesia: escrita psicanalítica e vida onírica

 

Living in poetry: psychoanalytic writing and dream-life

 

Vivir en poesía: escritura psicoanalítica y vida onírica

 

 

Juarez Guedes Cruz

Psiquiatra, analista didata e membro efetivo da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Correspondência

 

 


RESUMO

O autor traça um paralelo entre as ideias de Mia Couto a respeito da escrita literária e as concepções de 'Thomas Ogden sobre o escrever psicanálise. Enfoca, de modo especial, as descrições feitas, por um e por outro, do funcionamento mental mais propício à elaboração do texto.

Palavras-chave: psicanálise e literatura; vida onírica; escrita; criação poética.


ABSTRACT

The author draws a parallel between Mia Couto's ideas about literary writing, and the conceptions of Thomas Ogden on psychoanalytic writing. He focuses particularly on the descriptions made by each of them on the mental functioning most appropriate for the elaboration of the text.

Keywords: psychoanalysis and literature; dream-life; writing; poetic creation.


RESUMEN

El autor traza un paralelo entre las ideas de Mia Couto sobre la escritura literaria y las concepciones de Thomas Ogden sobre escribir psicoanálisis. Centra, en particular, las descripciones realizadas por cada uno del funcionamiento mental más adecuado para la elaboración del texto.

Palabras clave: psicoanálisis y literatura; vida onírica; escritura; creación poética.


 

 

... ao despertar, arrasto comigo farrapos de sonhos pedindo escrita. E sei que esta escrita é o único recurso que me foi proporcionado para não dissolver-me neste que bebe seu café matinal e sai para a rua para iniciar um novo dia. Nada tenho contra minha vida diurna, mas não é por causa dela que escrevo ... A vida alimenta os sonhos, mas os sonhos devolvem, à vida, sua moeda profunda

(Julio Cortázar, 1984/1996, p. 22)1.

 

1. Apostando no sonho

António Couto é um menino que brinca com gatos. Muitas vezes dorme, come e mia com eles. É tanta sua fascinação por esses animais que pede para ser chamado de Mia, não de António, que é seu nome de batismo. A sorte do menino é que seu pai é poeta. Mais que poeta: vive em poesia. Também é uma ventura para António o fato de que sua mãe, embora de índole prática e avessa aos poetares do marido, não é daquelas mulheres que finca pé e não admite as extravagâncias do cônjuge e do filho. A boa graça de António é que seu pedido foi aceito como "algo tão sério quanto um ato notarial". A sorte grande dele é que, quando a família e os vizinhos passam a chamá-lo de Mia, estão lhe proporcionando uma dádiva de valor inestimável: a certeza de que é possível acreditar na imaginação; que a poesia é válida e que pode apostar no sonho; mais ainda, que tem todo o direito de conservar, assim como os gatos, um território, em sua mente e em sua vida, que é só dele - de mais ninguém.

 

2. Outro sujeito escreveu o livro

Vários anos mais tarde, Mia Couto torna-se um escritor internacionalmente conhecido. Está em uma sessão de autógrafos, quando uma senhora se aproxima dele e lhe agradece por ter salvado sua vida. Conta, emocionada, que Mia, com seus escritos, resgatou-a de projetos suicidas. O escritor perturba-se com a declaração da mulher e responde que ela não está falando com a pessoa certa: foi outro sujeito quem escreveu o livro; que ele está ali apenas no cumprimento de uma função embaraçosa que faz parte da vida literária: divulgar sua obra. Percebe-se, nessa tarefa, quase violentado em sua timidez. Além disso, reflete ele, acha-se um intruso naquele espaço: está usurpando o lugar desse outro que, em um estado de consciência situado no limiar entre a realidade e a fantasia, sonha e produz os textos que ele assina - um território mental em que ele não é de ninguém, tampouco pretende salvar alguém.

Algo semelhante acontece conosco, psicanalistas, quando encontramos um paciente em uma situação social qualquer. Pode ocorrer que ele, na sessão seguinte, fale a respeito de sua vergonha ao sentir-se observado por nós, pois, afinal, conhecemos tantas e tão secretas coisas a respeito de sua vida. Temos, nessa situação, ao modo de Mia Couto, ímpetos de dizer que quem o paciente encontrou na reunião social não é a pessoa que o recebe no consultório; que, fora deste, quase nem o reconhecemos em sua condição de paciente; em sociedade somos, apenas, mais um sujeito, entre tantos outros. E é bom esclarecer isso com urgência: longe do setting não estamos analisando ninguém. Aliás, fora do consultório, nem sabemos direito que história é essa de psicanalisar alguém.

 

3. Existir em estado de poesia

Mas as confluências entre as situações de vida do poeta e as do psicanalista não param por aí. Durante a leitura e releituras da entrevista de Mia Couto, eu me lembrei de uma questão colocada por Thomas Ogden em seu artigo "Sobre a escrita psicanalítica" (2005/2010). Ali, o norte-americano discorre a respeito das vicissitudes da criação de um texto psicanalítico, e salienta a necessidade de concebê-lo tal qual uma pequena "obra de arte" que evoque, no leitor, a essência do que aconteceu na sessão. Para isso, precisa resolver o seguinte problema: "uma experiência analítica (que não pode ser dita ou escrita) deve ser transformada em 'ficção' ... para que a verdade da experiência seja transmitida ao leitor" (p. 140). Ou seja, o autor de um texto psicanalítico precisa utilizar a linguagem de modo tão competente a ponto de não apenas evocar, no leitor, o essencial da vivência que tenta relatar, mas também fazer com que ele ouça "a música que aconteceu naquela experiência" (Heaney, 1979, p. 173, citado por Ogden, 2005/2010, p. 139). E isso é bastante difícil e delicado, pois de modo distinto dos autores de ficção, que elaboram textos em que tudo pode acontecer, o autor psicanalítico, em seu artigo, precisa "manter-se fiel à estrutura fundamental do que realmente ocorreu entre ele e o paciente" (Ogden, 2005/2010, p. 140).

Mia Couto vem em nosso auxílio quando fala a respeito da competência para, durante o processo de escrita, habitar de modo transitório um universo onírico que está situado na linha divisória entre o real e o fantástico. Embora esteja se referindo à escrita poética, o que ele diz pode ser utilizado na produção de um texto psicanalítico que possua, ao mesmo tempo, qualidades objetivas, como solicita um relato clínico, e predicados poéticos, como requer a natureza sutil dos pensamentos e dos afetos que lhe correspondem. Descreve vivências situadas nos limites entre o sonho e a realidade:

Em minha casa, declamava-se. Não era a casa de um poeta, mas sim uma casa que vivia em estado de poesia ... Quando ele [o pai] nos convocava, era para coisas de outra ordem de importância, como ver um flamingo passar... Foi um pai extraordinário, deste ponto de vista. Pois nos ensinou a partir de um lugar situado entre a presença e a ausência. Tinha um modo leve e sutil de ser pai.

Do mesmo modo, Ogden descreve, na produção de um texto psicanalítico, essa condição mental como um "estado de escrita", em tudo semelhante à experiência de devaneio vivida pelo analista durante a sessão. Algo da estirpe de "viver na fronteira do sonho" (Ogden, 2005/2010, p. 148).

 

4. Preservando os atributos estéticos da mente

Ora, o que o poeta Mia Couto (ao falar em estado de poesia) e o psicanalista Thomas Ogden (ao conceber um estado de escrita) estão destacando é a importância de podermos resguardar - e utilizar a favor da criação do texto - aquilo que Meltzer descreve como a função da mente em sua qualidade de

... geradora de metáforas, que utiliza o grande computador [o cérebro] para escrever sua poesia e pintar seus quadros de um mundo resplandecente de significados. E o significado é, em primeiro lugar, a manifestação fundamental das paixões que tem relação com a beleza do mundo (1988/1991, p. 20).

Em seu livro A apreensão da beleza, Meltzer mostra que não é fácil preservar esse atributo estético da mente e que, muitas vezes, tal predicado de geração de metáforas e de contato com o sublime do mundo e das relações é comprometido pela realização de tarefas contratuais, pela educação e pela necessidade de nos tornarmos empregáveis pelo mercado de trabalho. Diz ele: "nossas escolas não podem resistir às pressões dos pais e do Estado no sentido de que concentrem seus esforços na produção de adultos contratáveis" (1988/1991, p. 22). Penso na sorte de Mia Couto por ter sido alfabetizado e educado em uma casa onde a poesia era protegida.

Mais adiante, em sua entrevista, o escritor relembra: "eu vivia na fronteira ... Era como se estivesse nessa condição de despertença ... Quando comecei a escrever ... achei ótimo não pertencer a lugar nenhum". É essa despertença, alimentada desde cedo, que lhe permite habitar com certo conforto esse estado onírico intermediário entre a vigília e o sono, que ele mesmo qualifica como a melhor e mais produtiva condição mental para escrever: "Estar cansado e ter sono é ótimo ... É como se desaparecesse um filtro e eu passasse a colher coisas que não fazem parte da norma". É com essa disposição mental que Mia Couto comenta poder melhor situar-se no território da linguagem, "como se o mundo ainda tivesse esse encanto ... como se a linguagem estivesse nascendo e eu pudesse trabalhá-la como barro".

 

5. Estar escritor

Mas o habitar esse mundo é cuidadosamente dosado: mais um estar temporariamente nessa situação do que ser. É por essa razão que Mia Couto comenta: "para definir a condição de escritor o verbo melhor não é 'ser', mas 'estar'. Não se trata de uma essência. O escritor está enquanto tem certa relação com os outros, certo olhar sobre o mundo". Vai daí sua estranheza quando se encontra em uma sessão de autógrafos. Ali ele não "está" escritor; é apenas um homem, biólogo de profissão, que escreveu um livro. Ogden, no artigo que citei, manifesta-se nesse mesmo sentido, reforçando a convergência entre a escrita psicanalítica e a escrita literária. Diz ele: "Quando estamos escrevendo ou compondo mentalmente, somos escritores. Quando não estou escrevendo ou compondo, sinto que sou alguém que era um escritor" (2005/2010, p. 149). Esses depoimentos sugerem que um dos ingredientes centrais da arte de exercer psicanálise e escrever a respeito desse exercício é poder aproximar-se, de modo cuidadoso, do espetáculo onírico à nossa disposição. Disse "cuidadoso" porque a tentação é de habitar esse mundo fantástico e sensível. Mas precisamos saber que somos, como Ogden e Mia Couto indicam, apenas visitantes temporários dele.

 

6. A encantadora lógica do arco-íris

Na vida de Mia Couto, tal espaço de criatividade é preservado e estimulado desde a infância, em uma casa onde as pessoas vivem em poesia. Anos mais tarde, o escritor manifesta sua preocupação com os cuidados que devemos ter com as crianças na escola, de modo a não prejudicar sua sensibilidade. Refere, em sua entrevista, a delicadeza que devemos ter ao dar, para elas, explicações científicas. Comenta que quando as crianças falam sobre o vento, ou sobre uma nuvem ou um rio, estão falando sobre algo que, para elas, é mágico. Por isso, a adoção de um discurso único, científico e duro a respeito do que é, realmente, o vento, ou uma nuvem ou um rio, pode tornar o pensamento "feio e estéril". E aí está a arte: saber do conhecimento científico sem perder a capacidade de espantar-se com a magia. Contam (Giannetti, 2010, p. 80) que quando Isaac Newton, em uma simples experiência com prismas, desvendou o mecanismo de refração da luz branca, o escritor Keats teria lastimado a destruição de toda a poesia do arco-íris. Na verdade, saber dos efeitos da refração da luz solar na atmosfera úmida não impede que contemplemos, talvez ainda com mais encanto, a beleza e os mistérios da natureza. O mesmo acontece no exercício da psicanálise. Não é por saber dos mecanismos inconscientes que deixaremos de considerar as propriedades estéticas do processo analítico. E isto pode ensejar que se escreva, também esteticamente, sobre ele. Saber disso nos auxilia na busca da dicção poética apregoada por Ogden, ou defendida por Bion (1970/1995, p. 125), quando este se refere à "linguagem que alcança" ou "linguagem de êxito". Podemos aprender com poetas como Mia Couto algo sobre poder manter - ao lado e além dos dados científicos proporcionados por nossa formação psicanalítica - essa pureza infantil capaz de surpreender-se e espantar-se com o material e com a poesia desse "mundo arcaico de vastas emoções e sentimentos imperfeitos" (Havelock Ellis, 1899, citado por Freud, 1900/1976, p. 62).

 

7. Uma crisálida silenciosa

Um dos trechos mais tocantes da entrevista é a descrição que Mia Couto faz da época em que se sentia um menino desajeitado e inútil em meio a irmãos muito objetivos em suas ações:

O fato de escrever não é o resultado de uma habilidade; é o resultado de outras inabilidades. Não estou qualificado para viver de outro modo ... Em minha casa, meus irmãos eram elogiados e celebrados como pessoas capazes ... Eu era considerado como aquele que ... perdia, que estragava; aquele a quem não se davam tarefas. Esse lugar - o de certa incapacidade - era o lugar do silêncio; era o meu lugar.

Ao sabermos dos caminhos trilhados por esse "menino que habita no silêncio", concluímos que ele, na verdade, estava providenciando, nessa época, a construção de um refúgio seguro e protegido na dimensão da fantasia; alimentando um espaço transicional (Winnicott, 1951/1988) em que a dicção poética dos sonhos pode ser desenvolvida com muita competência. Enquanto os irmãos, mais capazes para as coisas práticas, realizavam as tarefas tão elogiadas pela mãe, Mia colocava em marcha e deixava crescer, "na silenciosa crisálida da vida onírica" (Meltzer, 1984/1987, p. 203), esse mundo que desabrocha, anos mais tarde, em seus poemas, contos e romances. Um silêncio habitado por metáforas e histórias para serem contadas.

Assim sendo, Mia Couto encarna aquilo que Winnicott (1945/1988, 1948/1988) está referindo quando fala na vida de vigília como uma condição que, gradualmente, vai sendo adquirida a partir de uma situação inicial do ser humano em que o sono predominava. Comenta Winnicott que, quando a rotina do mundo cansa e o contato com a realidade é muito penoso, podemos retornar ao subjetivo através dos sonhos e da lembrança dos sonhos. Muitas vezes, esse território onírico é, ao longo da vida, suplementado pela criação artística. Winnicott, a respeito disso, desenvolve uma valiosa compreensão: assim como os resíduos dos acontecimentos do dia a dia são importantes para os sonhos como ponte para a realidade dos problemas que necessitam resolução no mundo interno, as imagens oníricas são fundamentais para a vida ao estabelecerem, nesta mesma ponte, o sentido que vai da fantasia do mundo interno até a realidade externa. Assim vistos, o sonho e a arte são guardiães de um contato vital com o subjetivo.

 

8. O resgate do objeto estético

No exercício da psicanálise, os momentos inspirados do processo se oferecem aos nossos sentidos como objetos de incrível beleza. Mas são tantas as vicissitudes que nos impelem para fora do ambiente protetor do setting analítico que isso pode contribuir para uma diminuição da resposta apaixonada ao objeto - ou seja, para o embotamento do olhar dirigido ao processo psicanalítico em sua qualidade de objeto estético. Um dos predicados de um bom texto - e penso ser isso que Ogden persegue e que Mia Couto obtém - é o que Meltzer (1988/1991) descreve como o resgate do objeto em seu íntimo mistério e beleza. Penso no quanto, nesse esforço de produção de um texto que comova o leitor, tenta-se amenizar a melancólica e, ao mesmo tempo, realista avaliação de Meltzer:

Comparadas com a complexidade do que acontece em nossos consultórios, nossas descrições a respeito são contos de fadas, tanto por sua simplicidade quanto por sua crueza ... E não serão úteis as gravações ou vídeos, porque o cerne da questão com relação ao que aconteceu ... é infras-sensorial, intangível e, além disso, tão complicado, que ... a consciência só pode, no melhor dos casos, registrar seus marcos mais grosseiros, como são os sonhos e as associações (p. 29).

Ao construir as bases dessa imensa rede simbólica que designou "psicanálise", Freud muitas vezes salientou o apreço que sentia pelos artistas e por seus insights intuitivos a respeito do funcionamento psíquico. Essa é a razão pela qual, em vários de seus escritos, apoiou-se em obras literárias, mostrando que o observado na clínica nada mais era do que manifestação de algo inerente à natureza humana e já captado pelos poetas. Seguindo o modelo de seu fundador, a psicanálise tem contado com a literatura como ponto de apoio no entendimento do mundo interno, valorizando o quanto esses instantes criativos do artista sensível estabelecem um contato privilegiado com as profundezas do psiquismo. Isso permitiu que, ao longo do tempo, tenha se firmado, entre a psicanálise e a literatura, um processo de mútua colaboração na construção de significados para o que nos cerca. Essa entrevista de Mia Couto - ao nos indicar alguns dos requisitos do estado mental propício à produção de um texto eficiente - é um bom exemplo disso.

 

9. A moeda profunda

Retorno, agora, à epígrafe de Cortázar. Ela anunciava que o projeto central do meu ensaio renderia homenagens ao esforço de Mia Couto, na poesia, e de Thomas Ogden, na psicanálise, de devolver à vida a moeda profunda dos sonhos. Espero ter conseguido transmitir essa concepção ao leitor. Jorge Luis Borges, no ano de 1967, em uma de suas conferências na Universidade de Harvard, lamenta as belas metáforas que deixará de citar. E avisa que se alguém na plateia, à meia-voz, censurá-lo por alguma omissão, ele só poderá "gaguejar e pedir desculpas" (1967-1968/2000, p. 44). Penso que é uma bela maneira de concluir meu comentário: desse cosmo poético criado por Mia Couto e da profundidade textual elaborada por Thomas Ogden, certamente deixei escapar muitas ideias e imagens fascinantes. Mas não me desculparei. Afinal, ninguém bebe o mar.

 

Referências

Bion, W. R. (1995). Attention and interpretation. London: Jason Aronson. (Trabalho original publicado em 1970).         [ Links ]

Borges, J. L. (2000). Esse ofício do verso (J. M. M. de Macedo, trad.). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1967-1968).         [ Links ]

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Giannetti, E. (2010). A ilusão da alma: biografia de uma ideia fixa. São Paulo: Companhia das Letras.         [ Links ]

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Ogden, T. H. (2010). Sobre a escrita psicanalítica. In T. H. Ogden, Esta arte da psicanálise (D. Bueno, trad., pp. 139-154). Porto Alegre: Artmed. (Trabalho original publicado em 2005).         [ Links ]

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Correspondência:
Juarez Guedes Cruz
Rua Dr. Timóteo, 743/503
90570-041 Porto Alegre, RS
Tel.: (51) 3331-1341
jgcruz@pro.via-rs.com.br

Recebido em 14.11.2013
Aceito em 26.11.13

 

 

1 Tradução minha, assim como nas demais citações de obras consultadas em espanhol.

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