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Revista Brasileira de Psicanálise
versão impressa ISSN 0486-641X
Resumo
BUSCHINELLI, Cintia. Não me abandone jamais: memória e esquecimento - representando o irrepresentável (diálogo entre arte e psicanálise). Rev. bras. psicanál [online]. 2015, vol.49, n.4, pp.193-202. ISSN 0486-641X.
O antimonumento, expressão artística contemporânea, trabalha a memória de acontecimentos traumáticos e sua contrapartida, o esquecimento, de maneira bastante peculiar e próxima da experiência psicanalítica. São acontecimentos que muitas vezes não encontram possibilidade de representação, e a eles se dedicam os artistas alemães Horst Hoheisel e Andreas Knitz, assim como a artista brasileira Fulvia Molina. O trabalho destes artistas propõe a quebra da saturação de representação que certos objetos artísticos detêm, pelo convite a que os espectadores o completem com o próprio corpo e memória. Iniciaram, assim, essa nova prática artística, a construção de um monumento vivo, impermanente. Este texto, como se fora um antimonumento, foi elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea com os três artistas e de consulta a um artigo de Márcio Seligmann-Silva. É um texto, portanto, construído por vários autores.
Palavras-chave : memória; esquecimento; representação psíquica; antimonumento; psicanálise e arte.