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Revista Mal Estar e Subjetividade

versão impressa ISSN 1518-6148versão On-line ISSN 2175-3644

Resumo

DUNKER, Christian Ingo Lenz  e  KYRILLOS NETO, Fuad. Identidade e a degradação da carne. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2006, vol.6, n.1, pp.111-124. ISSN 1518-6148.

A modernidade caracteriza-se por um duplo movimento na construção do corpo. Seu desencantamento e progressiva colonização como espaço homogêneo à natureza se faz acompanhar de um reencantamento de sua superfície como imagem. Neste movimento, o corpo surge como matriz última do indivíduo ideologicamente naturalizado e esteticamente artificializado. O presente estudo procura mostrar como há elementos críticos a esta concepção de corpo que residem na noção medieval de carne, entendida misticamente como exterioridade. Tal noção reaparece em Merleau-Ponty e em Lacan como forma de subversão do dualismo moderno. Nosso objetivo é mostrar como a carne reaparece em certas experiências limites retratadas pela estética contemporânea as quais mostram a degradação do corpo como uma forma de situar a paradoxalidade do objeto que supostamente representa.

Palavras-chave : corpo; psicanálise; identidade; modernidade; ideologia.

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