EDITORIAL

Caro leitor,

É com prazer que publicamos este novo número de Psicologia em Revista, com artigos quem traduzem questões atuais e pertinentes no campo da Psicologia, mantendo nosso caráter um espaço de pulgação científica aberto a todos os pesquisadores e profissionais em Psicologia, brasileiros e estrangeiros.

Neste número, você poderá constatar a persidade que o campo da Psicologia comporta em suas diferentes abordagens. Temos o artigo de Marcia Müller Garcez e Ruth Helena Pinto Cohen que discute como a questão da temporalidade se apresenta no contemporâneo e como o sujeito responde a isso na singularidade de seu tempo. Para tanto, abordam os efeitos sociais do discurso capitalista, a constituição do tempo na clínica psicanlítica e a experiência da morte dentro do seio familiar tem sido abordada pela perspectiva fenomenológica de investigação, Caroline Garpelli Barbosa, Lígia Ebner Melchiori e Carmen Maria Neme realizam uma revisão sistemática da literatura a partir de resumos indexados nas bases Lilacs, PEPsic, Medline e Psycinfo. No artigo "Escolhas de vida pós-ensino médio e representações sociais da universidade pública", David A. Romeros de Assis e Carlos Henrique Souza Gerken investigam de que forma a universidade pública é representada por sujeitos que cursaram a escola pública e como essas representações sociais se relacionam com suas escolhas de vida efetivadas depois de cursarem o ensino médio. Janaína Bianca Barletta, Marcelo de Souza Gennari e Rosana Cipolotti abordam os aspectos psicossociais que mediam a qualidade da relação médico-paciente com base em uma concepção cognitivo-comportamental. Em seu artigo, Andrea Rodrigues, Rhaniele Sodré Ferreira e Angela Arruda apresentam uma leitura da territorialidade do tráfico de drogas nas favelas por meio de uma análise de letras de funk "proibido de facção". Em seu artigo "Crime passional ou homicídio conjugal?", Lucienne Martins Borges propõe uma discussão acerca dos homicídios quem ocorrem no âmbito das relações de intimidade e estabelece o termo "homícidio conjugal" para delimitar melhor o campo de estudo desse tipo de crime. Maria Lucia Miranda Afonso, no artigo "Notas sobre sujeito e autonomia na intervenção psicossocial", busca fazer uma revisão teórica que possa subsidiar o conceito de autonomia do sujeito na intervenção psicossocial e aborda a relação entre o sujeito, a linguagem e os discursos sociais. Gerusa Menezes de Carvalho e Rosângela Dutra de Moraes, no artigo "Sobrecarga de trabalho e adoecimento no trabalho no Pólo Industrial de Manaus", buscam compreender o processo de adoecimento no trabalho no Pólo Industrial de Manaus (PIM), partindo da fundamentação teórica da psicodinâmica do trabalho, que estuda os processos intersubjetivos mobilizados no trabalhar e os destinos possíveis do sofrimento. No artigos, "Inter-relações entre forças influenciadoras e cultura organizacional", Sônia Veiga e Marília Novais da Mata Machado discutem a afirmação da teoria de adequação cultural de Handy, segundo a qual forças influenciadoras (tamanho da empresa, ciclos de vida, padrões de trabalho e pessoas) relacionam-se diferentes combinações culturais. Márcia Stengel, no artigo "O exercício da autoridade em famílias com filhos adolecentes", discute o impacto das mudanças no interior da família contemporânea localizado no relacionamento paterno-filial. Nesse cenário, o exercício da autoridade tem sido percebido como cada vez mais complexo. Os pais precisam buscar formas de manter a autoridade em um contexto familiar mais igualitário.

Trazemos ainda, na Seção Aberta, o artigo "O casamento da histérica com o obsessivo", de Francisco Paes Barreto, analista membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, e o resumo da dissertação de mestrado de Maria Regina Greggio, orientada pelo Prof. José Newton Gargia no Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUC Minas, "O percurso dos trabalhadores afastados das fábricas em decorrência de adoecimento psíquico: caminhos e descaminhos dos trabalhadores do setor automotivo em Betim-MG".

Agradecemos a cada um dos autores por suas preciosas contribuições. São elas que garantem a riqueza e a qualidade da nossa revista. Agradecemos também a toda a nossa equipe de editoração, ao corpo editorial científico e aos pareceristas.

Desejamos a todos uma boa leitura.

A Comissão Editorial.