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Ide

versão impressa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.42 no.69 São Paulo jan./jun. 2020

 

EM PAUTA | O VALOR DA VIDA

 

Escuta psicanalítica de imigrantes: uma proposta clínica

 

Psychoanalytic listening of immigrants: a clinical propose

 

 

Weidila Nink Dias

Psicóloga. Pesquisadora membro do Grupo de Pesquisa Migração, Memória e Cultura na Amazônia Brasileira (MIMCAB) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e membro do Movimento Psicanalítico Rondônia/Acre. E-mail: weidilanink@gmail.com

Correspondência

 

 


RESUMO

O presente texto dialoga sobre uma proposta clínica que considere as incidências do desamparo discursivo na subjetividade do imigrante. A leitura que alçamos tem como aporte teórico a psicanálise de Freud e Lacan, nas articulações com outros autores, fundamentais para compreender a relação entre subjetividade e cultura que tangencia a clínica. Este estudo se justifica por possibilitar uma inscrição de uma posição ética frente às demandas sociais, com a construção de caminhos para uma clínica que considere as especificidades do imigrante, com vistas a garantir uma escuta ética que contribua para a construção de uma clínica que atenda às especificidades do imigrante frente ao desamparo discursivo.

Palavras-chave: Escuta clínica. Psicanálise. Imigração. Desamparo discursivo.


SUMMARY

This text discusses a clinical proposal that consider the incidences of discursive helplessness on the immigrant's subjectivity. The reading that we raise has theoretical basis on the psychoanalysis of Freud and Lacan, in the articulations with other authors, fundamental for understanding the relation between subjectivity and culture that touches the clinic.This study is justified by allowing a subscription of an ethical position in the face of the social demands, constructing paths for a clinic that considers the specificities of the immigrant, with the aims to ensuring an ethical listening that contributes to the construction of a clinic that attends the specificities of the immigrant in front of the discursive helplessness.

keywords: Clinical listening. Psychoanalysis. Immigration. Discursive helplessness.


 

 

Introdução

O presente texto busca tecer contribuições para a construção de uma clínica que considere as incidências do desamparo discursivo na subjetividade do imigrante. Entendo como desamparo discursivo as condições de fragilização dos discursos a que algumas pessoas são submetidas nas relações de poder, em que há falha da regulação simbólica que suporta o velamento do real e expõem o sujeito ao traumático (Pajó, 2000; Rosa, 2009).

Como proposta, baseada em escutas psicanalíticas de imigrantes, nas experiências de participações em programas e projetos de extensão universitária de atendimento à população imigrante, este escrito visa contribuir com a fundamentação teórica a respeito da imigração, seus laços discursivos e solidificar as práticas psicanalíticas no contexto das migrações, além de permitir elaborações e promover discussões sobre esse tema que convoca o olhar de psicanalistas, pensando uma clínica da singularização dos sujeitos.

Minha posição será a de pensar o sujeito do inconsciente na aposta de uma clínica implicada, que tenha como alicerce os movimentos ético-políticos que produzem a subjetividade e que incidem nas demandas que chegam até a clínica através do que faz semblante de desejo, seja nas instituições ou nos consultórios particulares. Defendo a pertinência de um saber como fazer relativo à migração na clínica psicanalítica, tangenciado pela crescente demanda por atendimentos e pela dialética inclusão e exclusão que atravessa a experiência de migrar de tais sujeitos.

Enquanto desde a nova comunidade o imigrante vê a expressão do seu desejo obturada, no atendimento clínico, sob a transferência, há a possibilidade de mobilizar a rede de significantes, rompendo com cristalizações e fazendo do sujeito questão, entrevendo a estrutura diacrônica do inconsciente a partir dos discursos. Com isso, compreender a dialética dos discursos é fundamental, supondo um sujeito do inconsciente, cujo estatuto é ético, por ser justamente na dimensão das relações e da posição discursiva que ele se constitui.

O desejo de saber sobre incidências do desamparo discursivo na subjetividade do imigrante, suas vicissitudes na clínica psicanalítica e o compromisso desta com a ética do desejo são a pedra angular deste trabalho. Fundamentada na psicanálise de Freud e Lacan, tendo como eixo a clínica ampliada, lançamos um olhar singular para o imigrante.

 

O imigrante e a experiência de migrar

Desde Freud, a psicanálise dedica-se a empreender análises da função da cultura e da sociedade na constituição da subjetividade. Segundo Freud (1921/2011), a suposta distância entre a psicologia social e individual se reduz à medida que é observada mais detidamente a relação do sujeito com o Outro, o que justifica afirmar que toda psicologia individual é também social. Para ele, a cultura, a tradição, as leis e os mitos agenciam a satisfação dos desejos do sujeito e o colocam em posição de renúncia.

Freud (1913/2012) entendia que as exigências sociais promovem a repressão dos instintos do Eu. Nesse sentido, a educação e o exemplo reforçam a docilidade em respeito aos costumes da civilização, repetindo a história da humanidade, referenciada na produção do sentimento de culpa pelo assassinato do pai da horda paterna no mito freudiano, a origem primitiva da civilização. Sendo assim, o interesse da psicanálise pela cultura é explicado pelo regulamento social da subjetividade.

Essa visão é retomada por Lacan. Para ele (Lacan, 1986/2008a), o sujeito se constitui a partir da linguagem, que veicula a cultura, a tradição, a história do sujeito e da comunidade em que ele vive. É na linguagem que o inconsciente se estrutura, confirmado na máxima de que o estatuto do inconsciente é ético e não ontológico, substancial ou localizado no corpo. Seu caráter é assim relacional, está no entre das relações do sujeito com o outro.

Desse modo, a psicanálise não pode ser alheia à cultura e à política. A produção da subjetividade, dos sintomas de que ouvimos indícios na clínica e as angústias frente ao que faz semblante de desejo são pertinentes ao campo sociopolítico das relações e justificam estudos dessas temáticas sob o olhar psicanalítico (Costa & Costa-Rosa, 2020).

A psicanálise entrevê o sujeito da cultura e da linguagem no lugar em que se articulam os discursos. Pajó (2000) define discurso como o que rege a circulação dos valores, crenças, tradições de uma cultura e que media as incidências do real.

Destarte, essa trama discursiva sofre mudanças à medida que os laços e as relações de poder se modificam. É o caso das novas tessituras culturais na lógica do capital.

O sujeito enredado na maquinaria do poder é aquele constituído por esse discurso que pode supor um Outro não barrado, discurso social que não admite o equívoco, a separação, a falta ou a diferença. O "todos somos iguais", a imagem, a auto-estima e a onipotência do "eu me basto e não preciso dos outros para tocar a minha vida" são os emblemas e pilares desse discurso (Costa & Costa-Rosa, 2020, p. 14).

Na sua relação com um Outro totalitário, controlador dos corpos e do acesso aos bens de consumo, o sujeito se experimenta gozado. Esse controle excessivo e a privação dos bens e da satisfação exacerbam uma vivência individualizada, massificam os corpos e expõem o sujeito ao traumático. Entendo trauma não como um atributo do que é vivenciado, mas, sim, de algo que está fora do sentido e da significação (Rosa, 2004) e que indica o lugar ocupado pelo sujeito na trama social, sentido frequentemente como um lugar de resto.

Decididamente, faz-se importante tecer contribuições que habilitem psicanalistas a perceberem "as sutis malhas da dominação e não confundirem seus efeitos com o que é próprio do sujeito" (Rosa, 2004, p. 149), o que requer construção de saberes que subsidiem a edificação de uma clínica implicada, entendida como lugar privilegiado de escuta do inconsciente, por considerar a face ético-política na singularidade, principalmente no contexto da migração.

O migrante é o sujeito que sai do seu país em busca de uma nova filiação, seja ele documentado ou não, refugiado ou imigrante. Sayad (1998) discute o sentido ignorado da permanência do migrante, que fica sob o aviso de um desligamento abrupto caso a fórmula econômica ideal da sua presença não se cumpra, isto é, mais lucro, menor custo. Na análise dele, o imigrante é visto pelo país a que se dirige fundamentalmente como uma força de trabalho, mão de obra provisória, em trânsito, o que indica de antemão o lugar que o sujeito da imigração ocupa no laço social.

Segundo Sayad (1998), há nos conflitos do contexto da entrada em um novo país uma dívida que a sociedade cobra do imigrante e que atravessa as relações que ele estabelece desde o lugar, que é tanto de ordem econômica quanto de ordem simbólica. O conflito da nova filiação está imbuído nessa dívida.

Melman (1992) aponta que para o imigrante a realidade é sustentada por um desejo pelo qual não se paga, pois o próprio desejo é estrangeiro à realidade do novo país. Assim, ainda que o sujeito se coloque na condição de prestar sacrifícios sem cessar para ser aceito como participante, ainda que se submeta ao novo pai - metáfora da função paterna abordada por Melman (2000) -, nunca é suficiente, pois, efetivamente, "não basta pagar" (Melman, 1992, p. 27). Daí surge uma série de conflitos para que o sujeito se reconheça numa nova filiação.

Conforme observam Cesa et al.:

Para poder participar da comunidade na qual ele entre e ser aceito por ela, o imigrante é levado a recalcar elementos que o distinguem como pertencendo à determinada origem, mas o que é recalcado faz o seu retorno e os lapsos que ele venha a produzir denunciam sua origem (2000, p. 146).

Na visão de Melman (1992), a questão da filiação atinge a língua materna, que ele designa como aquela em que há o interdito da mãe, onde ocorre a incisão do Nome-do-Pai, que coloca um ponto de estofo na cadeia de significante. É o que permite que constitua para o sujeito um lugar no Outro e que estrutura o objeto a, que é relativo à falta. Tem-se que com a mudança o sujeito não é falado na nova língua e já não fala em lugar de mestria. O dito sobre seu desejo é falho.

Tais fatores corroboram com uma sensação de desproteção: a falha na intercomunicação, o lugar de infamiliar em que o sujeito é colocado, o desejo pelo qual não se paga e tampouco é suficiente pagar, enfim, o sujeito fica exposto ao gozo do Outro, na teia da dominação. Ao migrar o sujeito muda sua posição dentro da trama das relações de dominação e poder e, mais ainda, dentro da cultura e da linguagem. Ele cumpre efetivamente o lugar de Outro para a nova comunidade (Melman, 1992).

Essa desproteção discursiva atualiza o desamparo inicial, esse momento em que o infans na sua condição de impotência, inerente à incompletude do aparelho psíquico do bebê no nascimento, não pode sobreviver exceto pelo amparo do Outro da maternagem, de onde resulta a alienação do seu desejo (Lacan, 1966/1998, 1975/1986). Em outras palavras, "por aí que se introduz essa falha especial que se perpetua nele na relação a um outro infinitamente mais mortal para ele que para qualquer outro animal" (Lacan, 1975/1986, p. 175).

Para o sujeito, essa exposição é mortal no sentido de que obtura seu desejo, coloca-o numa posição de impotência, de onde não aparece na sua condição desejante, já que seu desejo só pode ser satisfeito a partir do Outro com a condição de oferecer-lhe dons. Portanto romper com esse silenciamento é imprescindível para um sujeito menos alienado em relação ao seu desejo, a esse Outro que, como supõe a análise, não existe exceto nessa função significante.

Portanto articular a migração através do olhar psicanalítico possibilita uma inscrição de uma posição ética frente às demandas sociais, com a construção de caminhos para uma psicanálise implicada, em uma clínica que considere as especificidades do imigrante, o sujeito que faz interrogação para meu desejo de saber.

 

Clínica do imigrante: uma cena possível?

A psicanálise é uma ciência do singular (Lacan, 1975/1986), cujos princípios éticos são indissociáveis da prática e da pesquisa. Freud aponta que, na psicanálise, prática e pesquisa coincidem e que a

distinção entre as duas atitudes [pesquisa e prática] não faria sentido se já tivéssemos todos os conhecimentos - ou pelo menos os essenciais - sobre a psicologia do inconsciente e sobre a estrutura das neuroses, que podemos adquirir no trabalho psica-nalítico (1912/2010, p. 115).

Mais de cem anos depois e nós ainda não portamos todo o conhecimento. Por isso a posição do analista deve ser a de uma douta ignorância, o que implica uma postura ética. A todo momento "temos de saber qual deve ser nossa relação efetiva com o desejo de fazer bem, o desejo de curar. Temos de contar com ele como algo suscetível de desencaminhar-nos" (Lacan, 1986/2008b, p. 262). O desejo ocupa, assim, um lugar crucial na prática clínica, constituindo um não-desejo de curar, que indica um compromisso com a ética do inconsciente.

Constantemente somos levados a questionamentos sobre a clínica e o saber-fazer relativo ao mal-estar da cultura e da sociedade que se endereça à clínica. Isso lembra a bem-humorada citação ao Picasso que faz Lacan para dizer que ele não procura, acha (Lacan, 1986/2008a). Na escuta analítica, efetivamente não se trata de procurar: "Levamos, de preferência, nossa psicanálise conosco e, imediatamente, ela nos dirige para pontos bem localizados, denomináveis, da práxis" (Lacan, 1986/2008a, p. 14). Ela leva de encontro ao desejo do sujeito para quem sustentamos o lugar de analista.

O sujeito de que se trata em psicanálise é enredado na dimensão ético-política, e as pesquisas "são relançadas para diagnosticar, não o indivíduo, mas os laços sociais que atualizam os processos de exclusão em curso, e buscar reverter e inverter a direção das práticas, de modo a permitir a todos a elaboração de seu lugar na cena social" (Rosa, 2012, p. 31), sobretudo no que tange a migração, com suas atualizações de traumáticos e obturações do desejo.

Da mesma forma que o saber da psicanálise é não-todo e implica despencar do lugar de mestria, aquilo que aparece como demanda na clínica, seja no consultório clássico ou nas escutas psicanalíticas em instituições, aponta para a impossibilidade de um saber que seja todo e convoca, principalmente, no que diz respeito ao campo ético-político e às vicissitudes clínicas do mal-estar da cultura. É o caso das migrações, que surgem como um tema emergente para a psicanálise.

A preocupação em construir uma clínica para o imigrante se conjuga às crescentes demandas clínicas e institucionais de imigrantes frente às incidências subjetivas da experiência de migrar, no que pese as relações sociais e a indicação especular do lugar do sujeito no novo país. Nesse artifício das relações de dominação, o corpo do imigrante é sinalizado como aquele que está apenas temporariamente, cuja presença é autorizada mas pode ser revogada tão logo a comunidade se sinta ameaçada (Sayad, 1998).

Há, portanto, para além do que é constituinte, da falta inerente aos sujeitos e que agencia o desejo, e o que é da ordem da dialética proteção/desproteção. Para o imigrante, de um lado existem as questões da linguagem, dos lapsos e das falhas que não imprimem os indícios do desejo, porque efetivamente o imigrante não é falado pela língua do novo país, isto é, ele não fala mais num lugar de mestre da cultura e da linguagem. Por outro, há a função de excesso do real que expõe o sujeito ao traumático, aquilo que está fora de sentido, sejam os processos violentos, a demanda de uma submissão, a xenofobia, o racismo, a marginalização etc.

Esse desamparo discursivo aparece na clínica como testemunha a fala de um imigrante haitiano que se viu afetado pela falta de posicionamento do Estado sobre a morte de um conterrâneo que também morava no Brasil, pela sensação de desproteção e de desvalorização da vida dos imigrantes negros. Isso mostra que o lugar que o sujeito ocupa no laço social dá seus indícios naquilo que faz questão para ele. Mais ainda, sustentar uma escuta entendendo o que do real incide na cena analítica é difícil, deixa vestígios no analista: é colocar-se como testemunha da palavra, sendo suporte do relato do traumático (Rosa, 2004, 2009).

 

Para além do particular

A concepção de uma clínica que se limita em atender as queixas de um indivíduo como unitário, descolado da sociedade, está bem distante da psicanálise. Desde os textos freudianos, retomados por Lacan nos seminários, vê-se a constante referência ao Outro como constituinte da subjetividade dos sujeitos. Só constitui sujeito porque há um Outro, não um qualquer, mas um Outro falante (Lacan, 1975/1986), porquanto a humaniza-ção só acontece na medida em que o sujeito é falado pela língua materna. Como conceber, pois, a condição do imigrante sem colocar a pluralidade em questão?

Construir uma clínica específica para o sujeito imigrante é uma questão social, política e ética, uma vez que se há demanda endereçada aos psicanalistas e, se a constituição dos sujeitos perpassa pela cultura e pelo campo da linguagem, a psicanálise não pode ser alheia a tais assuntos.

Uma palavra a mais para finalizar. Freud desde o princípio planejou o engajamento da psicanálise em campos para além da clínica particular, demonstrando que o setting terapêutico, erroneamente entendido como a configuração obrigatória da sala de atendimento de um psicanalista ortodoxo, é na verdade a transferência.

"O começo e o fim são sempre a transferência" (Lacan, 2005, p. 50) e, portanto, conservados os princípios éticos em que se pauta a psicanálise, a atuação é possível em qualquer espaço. Se hoje mais do que há alguns anos demandas institucionais convocam as reflexões de analistas é porque a psicanálise se tornou mais abrangente, preenchendo espaço nas instituições e lançando seu olhar para os sujeitos além do consultório particular. Via de mão dupla, pois se ela está chegando a novos territórios é porque foi demandado a ela, prova do reconhecimento da psicanálise.

Como filhos de uma pátria, somos convocados a migrar para novas clínicas, construir novas identidades, sustentar nosso desejo e redescobrirmo-nos numa outra língua. Com tantos temas importantes que foram historicamente relegados dos debates, chega o momento de tirar os questionamentos das gavetas e construir uma psicanálise implicada e comprometida ética e politicamente com os sujeitos e com a sociedade. Este é meu desejo: uma psicanálise que escute o singular no plural.

 

Referências

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Correspondência:
WEIDILA NINK DIAS
Av. Eng. Anysio da Rocha Compasso, 4405
76821-331 - Porto Velho/RO
Tel.: 69 98441.2484

Recebido 05.10.2020
Aceito 27.10.2020

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