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Tempo psicanalitico
versão impressa ISSN 0101-4838versão On-line ISSN 2316-6576
Resumo
SANTANA, Luiz Henrique Costa de. Metateatro (?) e genocídio na trilogia do confinamento, de Aldri Anunciação. Tempo psicanal. [online]. 2022, vol.54, n.2, pp.102-129. ISSN 0101-4838.
A incursão do dramaturgo Aldri Anunciação pela literatura dramática na Trilogia do confinamento é louvável. A primeira peça "Namíbia, não!" dá ênfase no lugar de pertencimento do indivíduo, a trama se desenvolve em torno de uma medida provisória que propõe levar todos os de "melanina acentuada" de volta para algum país do Continente Africano. A segunda peça "Embarque Imediato" se desenvolve a partir da perca da identidade e do passaporte de um doutorando negro, numa "sala clean" que fica no próprio aeroporto, esse jovem é combatido incessantemente por ideias de construções identitárias e é levado a refletir acerca da sua identidade. A terceira peça "Campo de batalha: A fantástica história de uma guerra bem sucedida" retrata por um viés mais brando e mais humanitário, que a guerra não tem cor e que o fim é o mesmo para todos os indivíduos que ousam existir. Assim por meio do método de revisão bibliográfica emerge este trabalho, tendo como aporte teórico: Nilson P. de Carvalho (2017), que pesquisa acerca da metaliteratura, e o teórico Abdias de Nascimento (2016), que pesquisa sobre o genocídio do negro brasileiro. O objetivo deste trabalho é compreender como esses conceitos podem ser percebidos nessa obra dramática. Portanto, é possível notar que em todas essas peças há a despersonalização e a descaracterização do negro, unindo os conceitos de metaliteratura e genocídio, pois a narrativa que perpassa as três peças reverbera sobre os rastros do colonialismo no negro.
Palavras-chave : Dramaturgia Brasileira; Metaliteratura; Genocídio na Trilogia do confinamento; Aldri Anunciação.