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Imaginário

versão impressa ISSN 1413-666X

Resumo

SOUSA, Rafael Lopes de. O movimento hip-hop: a anticordialidade da “república dos manos” e a estética da violência. Imaginario [online]. 2006, vol.12, n.12, pp.251-278. ISSN 1413-666X.

Procuro, nesse estudo, analisar e esclarecer a natureza ambivalente de determinadas conformações juvenis que, com brilhante jogo de encenação e com uma indiscutível capacidade de fazer e desfazer aparências, dificultam o entendimento de suas organizações e, conseqüentemente, de suas intenções. Busco, assim, trazer à tona aspectos da lógica interna, que via de regra orientam o andamento de tais conformações. Priorizo, para tanto, um recorte analítico sobre o movimento hip-hop e seu mais ilustre representante, o “rap”, que, ao colocar em questionamento a deterioração e/ou banimento do espaço público, oferece pistas que permitem repensar determinados valores consagrados do Brasil contemporâneo. A postura radical e, muitas vezes, intransigente do movimento hip-hop levou os meios de comunicações à classificá-lo como uma organização violenta. Este artigo tem como objetivo lançar luz sobre os aspectos originais e constitutivos dessa coletividade, buscando, assim, uma reavaliação de sua natureza por meio de suas próprias especificidades.

Palavras-chave : Juventude; Música; Lazer; Hip-hop; Rap; Conflito urbano; Violência; Pobreza; Preconceito; Periferia; Público e privado.

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