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Boletim - Academia Paulista de Psicologia
versão impressa ISSN 1415-711X
Bol. - Acad. Paul. Psicol. v.27 n.2 São Paulo dez. 2007
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Sobre Clemente Quaglio (1872-1948): notas de pesquisa Patrono da Cadeira nº 31 "Clemente Quaglio"
Clemente Quaglio (1872-1948): research notes Patron of Chair 31 "Clemente Quaglio"
Carlos Monarcha1
Universidade Estadual Paulista
RESUMO
Notas de pesquisa sobre a obra científica do professor Clemente Quaglio, aqui considerado expoente do movimento pedológico brasileiro.
Palavras-chave: Clemente Quaglio, Pedologia, Psicologia Experimental.
ABSTRACT
Notes of research on the scientific workmanship of professor Clemente Quaglio, considered here illustrious representative of the Brazilian pedological movement.
Keywords: Clemente Quaglio, Pedology, Experimental Psychology.
Clemente Quaglio nasceu em 7 de junho de 1872, em Villa d'Adige, província de Rovigo, Itália, e faleceu em 16 de maio 1948, em São Paulo, Brasil. Ao chegar ao nosso país, em 1888, fixou-se na cidade de Serra Negra, SP; em 1891, aceitou a grande naturalização instituída pelo Governo Provisório da República, liderado por Deodoro da Fonseca.
Intelectual autodidata, Quaglio não dispôs de títulos acadêmicos de qualquer espécie, foi nomeado, em 1895, Professor Primário após exames de ingresso no magistério público, sendo indicado para uma escola isolada, na cidade de Serra Negra; na seqüência, foi nomeado professor-adjunto do Grupo Escolar Luiz Leite, fixando-se, por fim, no Grupo Escolar Rangel Pestana, no município de Amparo, São Paulo2.
Na virada do século, sairia do anonimato para projetar-se como autoridade científica nos meios educacionais paulistas. Assomava então, na cena cultural, um sujeito sumamente envolvido com a Pedologia, um saber filiado a uma extensa e controversa linhagem de conhecimento, empiricamente fundada no paralelismo psicofisiológico e inteiramente dedicado ao estudo sistemático e científico da criança. De fato, como sabemos, Pedologia, neologismo criado no século XIX por Oscar Chrisman (Barnes, 1932), constituía um domínio disciplinar que, ao lado de outros, antropologia pedagógica (Ugo Pizzoli), pedagogia científica (Maria Montessori), psicologia pedagógica (Edouard Claparède), pedotecnia (Ovide Decroly) e pedanálise (Oskar Pfister), nascera em resposta às pressões e urgências originadas no largo ciclo histórico que assistiu ao advento da escola de massas e sua obrigatoriedade como questão de Estado; com efeito, para Hobsbawm (1989, p.13): Em termos educacionais, portanto, a era de 1870 a 1914 foi, na maioria dos países europeus, acima de tudo a era da escola primária. De outra forma, precedido da observação infantil, do Child study movement e da antropologia pedagógica, o movimento pedológico irradiou-se pelos países europeus e extra-europeus.
De par com a concentração de capital produtivo e de massas humanas, dados constitutivos das sociedades alicerçadas no trabalho coletivo, os cultores da Pedologia, com sua confiança ilimitada nas ciências da natureza, tinham em mente a expansão das práticas positivas nos domínios da Educação, visando ao melhoramento do homem inserto numa ordem idealizada; nesse imaginário científico reconstrutor, a escola apareceria como causa primeira da sociedade.
Tal fato permite-nos afirmar que, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, a cultura psicopedagógica, nomeada vagamente de Educação Nova ou Escola ativa ou ainda Escola Nova, uma cultura assentada na compreensão do entrejogo do organismo e meio circundante, armou-se com o rigor epistemológico próprio da ciência analítica, isto é, ferramental de laboratório, observação dos fatos, manejo do método experimental, quantificação e generalização da experiência para, com isso, dar suporte empírico às decisões administrativas e, claro, prever e evitar possíveis comoções sociais, conforme bem indicam autores como Muel (1975) e Pinell (1977).
Em estudo anterior, abordei e relevei a figura pioneira de Clemente Quaglio como teórico da pedologia enquanto ramo especializado da então Psicologia Experimental, finamente idealizado para solucionar as demandas originadas pela implantação da escola de massas, no Brasil (Monarcha, 1999). Já, em publicação recente, o historiador da Psicologia Carlo Trombetta (2002) não hesitou em situar Clemente Quaglio com um dos divulgatori e sostenitori dela pedologia colocando- o ao lado de figuras expressivas na cena mundial: Eugène Blum, Iosefa Ioteyko, Tobie Jonkheere, Gabriel Persigout, Vladimir Ghidionescu, Ramon Meza, Juan Jaén, José Peinado e Domingo Barnes. Com efeito, tornado pedologista reconhecido, quer dizer, competente escrutinador antropológico, fisiológico e psicológico, Clemente Quaglio produziu uma obra científica revestida de utilidade prático-teórica, em décadas que assistiram à evolução crescente da matrícula escolar, ainda que insatisfatória, acompanhada de aumento dos gastos públicos. Esses fenômenos reforçaram ainda mais a necessidade de aumentar a eficiência da chamada machina escholar. Noutras palavras, a expressiva atuação prática e teórica de Clemente Quaglio é contemporânea do crescente interesse pela instrução popular e seus problemas e participação de professores primários no sistema intelectual, ora como teoristas de modelos de educação e propositores de métodos de ensino, ora como autores de literatura didática, ora, ainda, como administradores investidos de poder político.
Positivista por temperamento e convicção, porquanto movido por uma atitude científica em relação ao homem, à natureza e aos métodos de investigação, esse professor primário implantou, em 6 de maio 1909, nas dependências de uma escola de sua propriedade, situada na modesta cidade de Amparo, um dos primeiros gabinetes de Antropologia Pedagógica e Psicologia Experimental no Brasil, acontecimento que, certamente, configurou o ponto inicial da voga ascendente de implantação de laboratórios anexos às escolas normais paulistas, como por exemplos, na Escola Normal da Praça e nas escolas normais de São Carlos, Itapetininga e Pirassununga.
No também modesto Gabinete de Antropologia Pedagógica e Psicologia Experimental deu vazão à atração pessoal pela pesquisa, ao promover estudos analíticos sobre a infância, com destaque para experiências sensório-motoras e surmenage, cujos resultados foram expostos à apreciação pública nas páginas da prestigiosa Revista de Ensino, órgão da Associação Beneficente do Professorado Público de São Paulo.
Em face da repercussão das explorações antropológicas, fisiológicas e psicológicas, Oscar Thompson, diretor da Escola Normal da Praça e diretor- geral da Instrução Pública, um professor engajado com a renovação epistemológica da educação e do ensino - é dele o brado O futuro da pedagogia é scientifico (Thompson, 1914) -, nomeou Quaglio, na data de 9 de abril de 1909, para o cargo de Encarregado da Primeira Seção Administrativa da Diretoria Geral, com o firme propósito de instalar um gabinete na citada Escola Normal para efetuar medidas e avaliações antropológicas, fisiológicas e psicológicas das populações escolares.
Para a pedagogia que se queria realista, o desafio estava em desfazer o anonimato das paisagens humanas formadas por fisionomias desconhecidas - fenômeno próprio de aglomerações marcadas pela diversidade étnica, cultural e lingüística. Subitamente, Clemente Quaglio vinculou-se às vozes oficiais gestoras do aparelho escolar e adquiriu notoriedade: Au Brésil la pédologie est peu representée; à S.Paulo, Quaglio, auteur d'un Compendio de Pedologia (1911) travaille á son developpement, escrevia o grande Edouard Claparède, no monumental Psychologie de l'enfant et pédagogie experimentale (1915).
No sistema científico, às voltas tanto com a compreensão da cognição humana e as relações enigmáticas do dualismo corpo-mente, quanto com a especialização do conhecimento em ramos autônomos dotados de objetos e métodos próprios, Clemente Quaglio defendia um programa extenso de ação: criação de asilos-escola (internatos) dotados de gabinetes de antropologia pedagógica e psicologia experimental e de cursos especiais anexos às escolas normais, destinados a formar professores para ensino dos anormais psíquicos. E foi dele, Quaglio, a decisão controversa de aplicar a escala métrica de inteligência de Binet-Simon a populações escolares da Capital, sem dúvida, primeira aplicação coletiva desse instrumento, em nosso país, cujos resultados constam no livro A solução do problema pedagógico social da educação da infância anormal de inteligência no Brasil (1913). A essa altura, já ocupava o cargo de Encarregado de Estudos do Gabinete de Antropologia Pedagógica e Psicologia Experimental da Escola Normal da Praça.
Creditamos a Clemente Quaglio a indicação do nome do médico- pedagogista italiano Ugo Pizzoli (1863-1934), para chefiar o Gabinete da Normal da Praça. Catedrático de Psicologia Pedagógica e Ciências Afins, na Universidade de Modena, diretor da Escola Normal Masculina da mesma cidade e outrora protegido do ministro da instrução, Giuseppe Sergi, Pizzoli fundara, em 1899, um pioneiro laboratório de pedagogia científica em Crevalcore, Itália. Sob sua influência, diversas cidades italianas montaram laboratórios atuantes em estreita relação com as escolas primárias; sua reputação cresceu mais ainda, ao publicar Pedagogia Scientifica (1910), obra de título análogo ao de Maria Montessori, editada em 1909 - Il metodo della pedagogia scientifica applicato all'educazione infantile nelle Case dei Bambini (Città di Castello: Case Editricie S. Lapi). Quanto ao pensamento e atuação do médico-pedagogista Ugo Pizzoli, seja no Brasil, seja na Itália, convém lembrar os significativos estudos nacionais e internacionais realizados por historiadores da Psicologia, como, Gandini (1992), Trombetta (1992) e Centofanti (2002; 2006).
Em 1914 Altino Arantes, presidente do Estado de São Paulo, contratou Ugo Pizzoli, pelo período de seis meses, para ministrar cursos de alta cultura pedagógica, assim se dizia, para os diversos graus de hierarquia do magistério primário. Salvaguardado por Thompson e secundado por Quaglio, o apostolo della pedagogia scientifica ministrou um curso livre e popular de antropologia pedagógica e psicologia experimental para um grupo de professores do interior do Estado, e outro, de alta cultura pedagógica, para diretores de grupos e inspetores escolares.
No Relatório sobre o curso de Cultura Pedagógica professado perante os professores de pedagogia, inspetores escolares e diretores de grupos pelo Professor Dr. Ugo Pizzoli, (Pizzoli, 1914) encontramos em detalhe as idéias expostas num ciclo de quarenta e seis lições, com o escopo de difundir idéias claras sobre a personalidade normal e anormal da criança.
Conforme a tradição científica italiana, em parte partidária da filosofia social e, sobretudo, do método positivo de Augusto Comte, Ugo Pizzoli priorizou, nos cursos ministrados, os estudos antropométricos, entre eles a cefalometria, e medidas sensório-motoras elementares: avaliação da sensibilidade externa e interna, audição, tato e senso muscular, gosto e olfato e, por fim, grafismo, memória cinética, raciocínio infantil e associação de idéias.
Entretanto, nos anos seguintes, sua orientação objetiva não prosperaria como se esperava, certamente pelo fato de uma evolução exigir a realização de experimentos em condições de controle laboratorial rigoroso dificilmente replicável no universo molecular da escola. Como sabemos, na citada tradição, as provas de reatividade mental eram aplicadas individualmente, ou seja, o sujeito em exame não era avaliado em relação à "média" estatística. Mas isso não significa dizer que Ugo Pizzoli não tenha deixado discípulos bem formados e instigadores. Pelo contrário, a adesão irrestrita a um modelo de ciência flexível à produção de conhecimento com finalidade utilitarista, a saber, as práticas biométricas, fosse para o incremento das forças produtivas, fosse para o jogo das decisões políticas, propiciada por Quaglio e Pizzoli, contribuiu para o aparecimento de um corpo de profissionais especializados dotado de expectativas, saber e linguagem comuns.
Por exemplo, freqüentador, nos idos de 1914, do Curso de Alta Cultura Pedagógica, o ex-professor de Pedagogia e Psicologia Experimental na Escola Normal de Casa Branca, interior paulista, e depois inspetor-escolar no Distrito Federal, no quadro da reforma liderada por Fernando de Azevedo, o insigne Pedro Deodato de Moraes, ministrou, na antevéspera da Revolução de 1930, o concorrido Curso Superior de Cultura Pedagógica, intitulado Escola Ativa Brasileira do Estado do Espírito Santo, certamente, um dos marcos capitais da reforma capixaba executada por Atílio Vivacqua (cf. Moraes, 1930). E, ainda que as especulações de Pizzoli interpenetrassem de maneira controversa análises antropológicas e psicológicas com a semiologia psiquiátrica, de modo geral elas impressionaram favoravelmente intelectuais de orientação ideológica diversificada entre si, como era o caso do adepto do socialismo evolutivo, Antonio Piccarolo, ou da feminista e libertária Maria Lacerda de Moura.
Quanto a Clemente Quaglio, este permaneceu como encarregado do gabinete até 1930, ano de sua aposentadoria. Na mesma década, o laboratório, cuja aparelhagem fora artística e engenhosamente projetada por Pizzoli, foi incorporado à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Todavia, vale lembrar que desde 1925, Manoel Bergström Lourenço Filho, professor de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal da Praça, já ocupava as instalações do referido gabinete. De fato, Lourenço Filho e colaboradores, Noemi Marques Silveira (ex-ocupante da C.2 desta Academia) e João Batista Damasco Pena (ex-ocupante da C.18), ali desenvolveram investigações que resultaram na conclusão dos celebrados "testes ABC" para verificação da maturidade necessária à aprendizagem da leitura e escrita E nestas dependências, em 1927, ele, Lourenço Filho, recepcionou o eminente Henri Piéron que ali realizou experimentos e demonstrações práticas (Monarcha, 2001).
Ora, ao lado das iniciativas e realizações anteriormente citadas, Clemente Quaglio, inserto ativamente em conjuntura a um tempo apreensiva e esperançosa, entre 1918 e 1931, diversificou e ampliou de modo independente seu campo de atuação, nas seguintes direções: (i) fundou e dirigiu uma singular Faculdade de Pedologia, criada em 1918, para oferecer cursos de aperfeiçoamento ao magistério público e particular, conforme cânones da moderna ciência psicológica, a partir de então apresentava-se como professor de Pedagogia e Psicologia Experimental; (ii) publicou livros e opúsculos com os selos da Faculdade de Pedologia e do Centro de Alta Cultura Filosófica; (iii) participou com destaque no Primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância com teses sobre psicologia infantil, finalidades da educação e métodos de leitura; (iv) publicou, em 1921, a Cartilha brasileira, ensino rápido da leitura, premiada com menção honrosa no concurso de obras de divulgação do ensino primário, promovido pela Academia Brasileira de Letras (ABL); em 1924 foi novamente premiado pela ABL com a publicação de Economia doméstica. Livro para o 3º. ano primário dos Grupos Escolares; (v) na década de 1930, passou a apresentar- se como professor de Filosofia e fundador do Centro Brasileiro de Alta Cultura Filosófica de São Paulo, período em que se dedicou à crítica da cultura, publicando os títulos: Civilisation et machinisme la débâcle de la psicotequinique e Filosofia dell'arte pura, ossia; L'arte in interiore homine, além de expressar apoio ideológico ao governo getulista, com o livro Nova orientação do Estado Novo para a formação da nova mentalidade brasileira; (vi), por fim, na maturidade, Quaglio, como outros luminares da pedagogia psicológica, o grande Adolphe Ferrière, por exemplo, autor de A ciência e a fé, O mistério da pessoa, A influência dos astros e A ontogênese humana ou a ascensão para o espírito, inclinou-se para um espiritualismo místico.
É desse momento de maturidade seu interesse pelas religiões esotéricas, ver os sugestivos A nova religião alemã e a guerra da Alemanha contra Roma e o cristianismo e Krishnamurti e a nova filosofia; e pelo oculto, dedicando-se com afinco ao estudo da mediunidade e espiritismo, assuntos - lembremo-nos - sancionados e freqüentados pela teoria psicanalítica e pela psicopatologia, tendo publicado os títulos Não existem espíritos desencarnados e O espiritismo não é ciência, solução do magno problema dos espíritos. (Cf. Apêndice - Livros e opúsculos de Clemente Quaglio)
Nesses mesmos anos de 1930, proferiu conferências em espanhol, italiano, alemão e esperanto, em capitais culturais estrangeiras, a saber: Nova filosofia, em Lisboa, Nuova teoria della conoscenza em Buenos Aires, Was ist kultur? (Cos'é la cultura?), em Berlim, e Filosofia dell'Arte Pura ossia L'Arte in interiore homine, em Roma. Em sinal de reconhecimento à sua autoridade intelectual e científica, foi eleito conselheiro do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura de São Paulo, sócio honorário da Biblioteca Partenopeu de História, Ciência, Letras e Arte "Ernesto Palumbo", de Nápoles, e recebeu o título de Grande Officiale di Grazia Registrale da Ordem Militar de Santa Brígida, Svezia, Itália.
Por fim, as realizações de Clemente Quaglio concretizaram-se em circunstâncias intelectualmente efervescentes e socialmente instáveis, protagonizadas por sujeitos históricos dotados de exuberante consciência social e de ruptura. Em síntese: a totalidade de sua obra explicita uma produção original, ampla e interdisciplinar, concretizada por um professor primário autodidata, porém em conexão aberta com as verdades conquistadas pela ciência experimental.
Referências bibliográficas
• Barnes, Domingo (1932). Paidologia: parte general. Madrid: Ediciones de la Lectura. [ Links ]
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• Pizzoli, Ugo (1914). Relatório sobre o Curso de Pedagogia. In: O Laboratório de Pedagogia Experimental. São Paulo: Typographia Siqueira, Nagel & Comp. [ Links ]
• Thompson, Oscar (1914). O futuro da pedagogia é scientifico In: Escola Normal Secundaria de São Paulo. O Laboratório de Pedagogia Experimental. São Paulo: Typographia Siqueira, Nagel & Comp. [ Links ]
• Trombetta, Carlo (2002). Psicologia dell'educazione e pedologia. Contributo storico-critico. Edizioni Franco Angeli. (Serie di psicologia). [ Links ]
Endereço para correspondência
E-mail: monarcha@sunline.com.br
Enviado em: 22/01/2007
Aceito em: 15/03/2007
1 Professor Adjunto (Livre Docente em História da Educação) na Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista - campus de Araraquara. Organizador, com Ruy Lourenço Filho, da Coleção Lourenço Filho publicada pelo Inep-MEC & disponível na Internet www.inep.gov.br
2 Um dos raros esboços biográficos de Clemente Quaglio consta em D´Ávila (1981).
Apêndice
Livros e opúsculos de Clemente Quaglio
(1900) Amparo. Pequeno compendio destinado á infancia. Amparo: [s.n.].
(1901) Compendio de ortographia pratica em 34 lições por ordem alphabetica, para uso das escolas primarias. Amparo: Typographia Popular-Casa Edictora.
(1904) A comedia de equivocos. Amparo: Typographia Pindorama. (Versão do inglês da obra de Shakespeare por Clemente Quaglio)
(1911) Compendio de pedologia: guia do professor para a execução da Pholha Biographica nas escolas primarias. São Paulo: Typographia Siqueira.
(1912) Como corrigir os exercicios escritos e como interrogar na leitura. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
(1913) A solução do problema pedagogico-social da educação da infancia anormal de intelligencia no Brasil. São Paulo: Typographia Espindola & Comp.
Noções de anatomia e physiologia: de acordo com o programma official para exame de suficiencia nas escolas normaes secundarias. São Paulo: Typographia Casa Minerva, 1913.
(1913) Pre-Cartilha (chave) - livro do professor. Lições exercicios physiologicos-phonicos e de linguagem do periodo preparatorio para o ensino scientifico da leitura. São Paulo: Typographia Espindola & Comp. (Obra approvada e adoptada pelo Governo do Estado de São Paulo, por acto publicado no diário Official, de 15 de Fevereiro de 1912)
(1913) Pre-Cartilha - livro do alumno. Exercicios physiologicos-phonicos e de linguagem do periodo preparatorio para o ensino scientifico da leitura. São Paulo: Typographia Espindola & comp. (Obra approvada e adoptada pelo Governo do Estado de São Paulo, por acto publicado no diário Official, de 15 de Fevereiro de 1912)
(1914) A educação ambidextra ou o ambidestrixmo sob o ponto de vista pedagogico-scientifico. São Paulo: Espindola & Comp
(1918) Typos mentaes de cem jovens professoras paulistas. São Paulo, [s.n.].
(1919) A Festa das Aves (para as creanças dos Grupos Escolares). São Paulo: Typographia Cosmos. (3ª Publicação da Faculdade de Pedologia de S.Paulo)
(1920) A imaginação nas creanças brasileiras. São Paulo: Typographia do "Diario Official". (Para o Primeiro Congresso Brasileiro de Protecção á Infancia)
(1920) Qual o methodo de ensino da leitura que mais de perto acompanha a evolução mental da creança? São Paulo: Typographia do "Diario Official". (These official do 1º Congresso Brasileiro de Protecção a Infância)
(1920) Comparação entre a psychologia da creança e a do homem feito. São Paulo: Typographia do "Diario Official". (Para o Primeiro Congresso Brasileiro de Protecção a Infância)
(1920) Os instinctos na creança: sob o ponto de vista pedagogico. São Paulo: Typographia do Diario Official. (Para o Primeiro Congresso Brasileiro de Protecção a Infancia)
(1920) Bases scientificas do ensino da leitura. São Paulo: Typographia do Diario Official. (Para o Primeiro Congresso de Protecção á Infancia)
(1920) Novo systema de educação da infancia. São Paulo: Typographia do "Diario Official" (Para o Primeiro Congresso Brasileiro de Protecção a Infancia)
(1920) Nova concepção da psychologia da creança, nova orientação pedagogica. São Paulo: Typographia do "Diario Official". (Para o Primeiro Congresso Brasileiro de Protecção a Infância)
(1920) Methodos de ensino da leitura. São Paulo: Typographia Irmãos Montoro. (4ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1921) Uniformisação dos processos de ensino da leitura. São Paulo. (IV These dos Delegados do Ensino reunidos em S. Paulo, em julho de 1921) (10ª Publicação da Faculdade de Pedologia de S.Paulo)
(1921) Cartilha brasileira, ensino rapido da leitura. (7ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo) (Premiada pela Academia Brasileira de Letras)
(1921) A Festa das Arvores, pequenos discursos. São Paulo: [s.n.].
(1922) A nova teoria de Einstein: a relatividade. São Paulo: R.A. Kn'orich.
(1922) Caderno circulante, novo subsidio didactico. São Paulo: [s.n.]. (12ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1922) A Festa do Trabalho nas escolas primarias brasileiras. São Paulo: [s.n.]. (13ª Publicação da Faculdade de Pedologia de S.Paulo)
(1922) Correspondencia escolar interestadual, guia do professor. São Paulo: [s.n.].
(1923) O methodo Montessori. São Paulo: Irmãos Montoro. (17ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1923) Nova philosophia do espirito e nova theoria da educação. São Paulo: R.A. Kn'orich. (16ª publicação de Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1923) O methodo de Dewey. São Paulo: Irmãos Monteiro. (18ª Publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1923) Como ensinar a lingua, lição modelo. São Paulo: [s.n.]. (19ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1925) Instrucção moral e civica para o 4º ano dos Grupos Escolares. São Paulo: Typographia Pallas.
(1927) O methodo analytico no ensino da leitura. São Paulo: Typographia Pallas. (24ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo) (Resumo da Conferencia realizada na Sociedade de Educação em abril de 1924) (Refutação aos Professores Tolosa, Arnaldo e Dr. Doria)
(1924) Economia domestica. Livro para o 3º ano primário dos GruposEscolares. São Paulo: Typographia Irmãos Monteiro. (22ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo) (Premiada pela Academia Brasileira de Letras)
(1925) A nova escola primaria; ou a escola viva. São Paulo: [s.n.]. (23ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo, 1925)
(1927) Phenomenos eidecticos e metamorphose psychica. São Paulo: Faculdade de Pedologia. (25ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo) (Estudo feito no Gabinete de Psychologia Experimental da Escola Normal de S.Paulo)
(1928) Methodo pratico para ensinar a ler, escrever e conversar aos cães, cavallos e outros animaes. [s.n.].
(1929) Typos mentaes de cem jovens professoras paulistas. 2.ed. São Paulo. (26ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1929) Meios de provocar a revelação das aptidões das vocações technicas profissionaes. São Paulo: [s.n.]. (27ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo) (Para a Conferencia Nacional de Educação) (Prelecção official na 3ª Conferencia Nacional de Educação)
(1930) A escola positivista, a escola activa e a escola viva. São Paulo: [s.n]. (20ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1931) Existe a educação? São Paulo: [s.n.]m (30ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1931) Qual é a relação entre Professor e Alumno na Escola Viva ou Activa? São Paulo: [s.n.]. (29ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1935) A nova religião alemã e a guerra da Alemanha contra Roma e o cristianismo. São Paulo: [s.n.]. (32ª publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1935) Krishnamurti e a nova filosofia. São Paulo: [s.n.]. (31ª Publicação da Faculdade de Pedologia de São Paulo)
(1937) Civilisation et machinisme la débâcle de la psicotequinique. São Paulo: Publication du Centre Brésilein de Haute Culture Philosophique. (Bibliothèque Brèsilienne de Philosophie)
(1939) Filosofia dell'arte pura, ossia L'arte in "interiore homine". São Paulo: Centro Brasileiro de Alta Cultura Filosofia. (Conferenza tenuta a Roma per iniziativa della Società Filosofica Italiana)
(1940) Nova orientação do Estado Novo para a formação da nova mentalidade brasileira. São Paulo: Centro Brasileiro de Alta Cultura Filosófica.
(1942) O espiritismo não é ciência, solução do magno problema dos espíritos. São Paulo: Centro Brasileiro de Alta Cultura Filosófica.
(1942) O espiritismo não é ciência, solução do magno problema dos espíritos. São Paulo: s.n. (4ª Publicação do Centro Brasileiro de Alta Cultura Filosófica)
(1944) O perigo da sociologia á luz da nova filosofia. São Paulo: Escola Filosófica Paulista. (1º livro de alta cultura para cursos universitários de aperfeiçoamento)
(1947) Não existem espíritos desencarnados. Catanduva: Typographia Pires. (6ª Publicação da Escola Filosófica Paulista e do Centro Brasileiro de Alta Cultura Filosófica).