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Boletim - Academia Paulista de Psicologia
versão impressa ISSN 1415-711X
Resumo
ROMEIRO, Joyce Borges e MELCHIORI, Lígia Ebner. Os vínculos afetivos de adolescentes em acolhimento institucional: permanências, expansão e rupturas. Bol. - Acad. Paul. Psicol. [online]. 2017, vol.37, n.93, pp.186-205. ISSN 1415-711X.
O acolhimento institucional é uma medida protetiva, excepcional e provisória destinada a crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social e pessoal. O Estatuto da Criança e do Adolescente afirma que o objetivo precípuo dos serviços de acolhimento deve ser a preservação e o fortalecimento dos vínculos afetivos familiares. Pensando nesta questão, este trabalho teve como objetivo investigar como os vínculos afetivos do adolescente acolhido são mantidos, expandidos e/ou rompidos no contexto da família, do abrigo e da escola. Participaram desta pesquisa três adolescentes que estavam acolhidas em um abrigo institucional, suas mães, uma avó e uma tia materna. Do abrigo, participaram a coordenadora da instituição, a psicóloga e uma auxiliar de educadora. Do contexto escolar participaram uma vice-diretora, uma coordenadora pedagógica e uma professora coordenadora. Foram utilizados como instrumentos dois questionários, três roteiros de entrevistas semiestruturadas e a técnica do modelo esquemático do tapete. Concluiu-se que os vínculos afetivos familiares foram mantidos com a mãe, irmãos e tios e que algumas dessas pessoas significativas visitavam as adolescentes semanalmente. No contexto do abrigo e da escola, as adolescentes tiveram a oportunidade de expandir suas relações afetivas. Assim, as adolescentes mantiveram preservada a capacidade de vinculação, mesmo em uma situação atípica como o acolhimento institucional
Palavras-chave : adolescente; abrigo; vínculo afetivo.