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Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

versão impressa ISSN 1517-5545

Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.15 no.2 São Paulo ago. 2013

 

EDITORIAL

 

Prezados leitores,

A Revista Brasileira de Terapia Comportamental Cognitiva (RBTCC) completa dois anos de periodicidade quadrimestral! Para o Conselho Editorial esse é um indicador que envolve bastante otimismo, pois o aumento na periodicidade veio diretamente acompanhado por um aumento nas submissões de artigos. Antigos e novos autores têm elegido a RBTCC como uma revista científica privilegiada para a publicação de suas pesquisas. Gradativamente ao longo desses dois anos foi possível aumentar o número de pesquisas inéditas, não somente relacionadas à psicoterapia, mas também a outras áreas, em diferentes aplicações, na pesquisa de base e ainda nas investigações filosófico-conceituais.

O presente volume traz artigos originais e de revisão. Tatiana Martins, Marcus Bentes Neto e César Mayer abrem o volume abordando a polêmica discussão sobre o uso do controle aversivo, identificando aspectos positivos e negativos, listados em diferentes obras de Skinner. A novidade desse trabalho parece residir no esforço para dirimir as posições ideológicas precipitadas que tradicionalmente localizam em Skinner um posicionamento ético e tecnológico único.

Joana Singer Vermes e Roberto Alves Banaco apresentam estudo sobre as relações funcionais no Transtorno Obsessivo-compulsivo. Observaram as múltiplas funções operantes neste transtorno.

Alex Mesquita traz um artigo em que avalia a eficácia ao longo de dois anos de um programa público de tratamento do tabagismo. O tabagismo tem sido o campo de trabalho do terapeuta cognitivo e comportamental que de certa forma mais avançou na interdisciplinaridade. O protocolo estudado consistiu na aplicação de terapia cognitivo-comportamental em grupo, associada à reposição de nicotina e à administração da bupropiona. Os resultados foram bastante animadores, mostrando que muitos dos problemas de comportamento podem requerer intervenções conjuntas para obterem melhores resultados, como a psicoterapia somada às intervenções farmacológicas.

Ainda, Samir Mussi, Maria Soares e Renata Grossi analisaram um programa de psicoeducação em pacientes com diagnóstico de transtorno bipolar. A psicoeducação, conforme empregada nesse estudo, demonstrou eficácia para fomentar respostas relacionadas à adesão a terapia e a medicação.

Nos artigos de revisão, Aline Romani-Sponchiado, Cristiane da Silva e Christian Kristensen apresentaram um artigo que tentou identificar a estratégia mais efetiva dos programas cognitivo-comportamentais para o tratamento do Transtorno de Estresse Agudo (TEA). Sua conclusão parece vir de encontro às análises de outros estudos preocupados em identificar a melhor intervenção para os transtornos de ansiedade. No artigo, os autores identificaram a terapia de exposição como a apresentando os melhores resultados no tratamento do TEA.

Por fim, Lucas Freitas caracterizou os estudos experimentais na área do Treinamento de Habilidades Sociais publicados em periódicos nacionais entre 2004 e 2012. O autor encontrou que a maioria dos estudos empregou participantes com características clínicas, focando a caracterização do repertório de habilidades sociais e da competência social. Uma outra modalidade de investigação encontrada nessa revisão foi a dos estudos que aferiram a efetividade de programa de intervenção com estudantes universitários.

Convidamos o leitor a entrar em contato com esses trabalhos, de cuja leitura cuidadosa certamente resultará no enriquecimento do repertório verbal (e por que não, também o não-verbal!) de conhecimentos.

 

Comissão Editorial

Paulo Abreu
Francisco Lotufo-Neto
Eduardo Cillo

Marcos Garcia
Pedro Faleiros