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Trivium - Estudos Interdisciplinares
versão On-line ISSN 2176-4891
Resumo
FINGERMANN, Dominique. A voz do poema: Ecos de Maurice Blanchot. Trivium [online]. 2013, vol.5, n.2, pp.33-38. ISSN 2176-4891.
A voz do poema aparece nas suas intermitências, presentifica-se como hiato, insurreição, impertinência. O poema é paradigmático do que a litter-ratura (litter rasura) faz acontecer, o risco da letra: o poema solta alíngua e fura a linguagem com suas quebras, elipses, piruetas proporcionando melhor acesso a essa voz que vem do longínquo, do além do princípio de prazer. Este trabalho percorre a obra de Maurice Blanchot (1907-2003), "...romancista e crítico. Sua vida é inteiramente dedicada à literatura e ao silêncio que lhe é próprio", com o intuito deextrair o que da voz faz poema. A voz, o sopro e suas modulações, suporte e transmite o corpoema que cada um é, por princípio, para começo de qualquer conversa. "Perguntem aos poetas!" sugeria Freud ao concluir a sua conferencia sobre a feminilidade. " Eu sou poema"lança Lacan, indicando assim o caminho do fim de análise que, por incrível que pareça, se encontra nos meios: mas por isso é preciso topar e sacá-lo dos ditos reduzidos ao "poema que faz o dizer menos besta".
Palavras-chave : Mauric Blanchot; voz; poema; dizer; risco; letra.