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Perspectivas em análise do comportamento
versão On-line ISSN 2177-3548
Resumo
SANTANA, Luiz Henrique. Dois desafios da analogia selecionista à teoria da seleção por consequências. Perspectivas [online]. 2015, vol.6, n.1, pp.40-47. ISSN 2177-3548.
O sistema explicativo desenvolvido por Skinner culminou com a reformulação de um mecanismo explicativo que deveria abordar o comportamento segundo uma analogia entre a seleção natural de Darwin e o condicionamento operante. Skinner defende que esta analogia seria suficiente para ordenar as disciplinas comportamentais em três níveis explicativos: filogenético, ontogenético e cultural. Sem embargo, antes da teoria de Darwin se tornar um paradigma universal para a biologia foi necessário encontrar um substrato sobre o qual a seleção pudesse atuar para assim testar os limites e o alcance da reformulação darwiniana, i.e., as descobertas de Mendel acerca das leis da genética e da transmissão dos caracteres hereditários. Para além da síntese neodarwinista, a Análise Experimental do Comportamento ainda hoje não possui um substrato biológico que permita o teste da hipótese de Skinner sobre a seleção do comportamento operante como um análogo da seleção natural. Tampouco há um modelo matemático para prever a distribuição da variabilidade do repertório individual, em um análogo do princípio de Hardy-Weinberg. Qual o impacto dessas incompatibilidades na teoria da seleção por consequências? Antes de aceitar a analogia entre seleção natural e condicionamento operante é necessário entender as leis da variação e retenção do comportamento e explicar como ocorre essa sensibilidade e como isso afeta o comportamento.
Palavras-chave : condicionamento operante; seleção natural; neodarwinismo; seleção por consequências.