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Tempo psicanalitico

versão impressa ISSN 0101-4838versão On-line ISSN 2316-6576

Tempo psicanal. vol.48 no.2 Rio de Janeiro dez. 2016

 

EDITORIAL

 

A nova edição da revista Tempo psicanalítico apresenta a costumeira variedade nas abordagens e pesquisas sobre a psicanálise.

Em "Congelar o tempo: a tentação adolescente do tempo imóvel", Isée Bernateau fala a respeito da depressão adolescente como resposta à demanda excessiva do Outro.

Já o artigo "Do fenômeno à estrutura, da estrutura à domesticação do gozo: os recursos da "foraclusão estrita"", Carlos Alberto Ribeiro Costa investiga a dialética entre fenômeno e estrutura como ferramenta para a compreensão da clínica da psicose.

Em "Inconsciente e desejo na escrita do infantil: uma leitura de Alice no país das maravilhas" e de "A travessia do espelho, de Lewis Carroll", Joel Birman investiga as relações entre psicanálise e estética, através da hipótese de que a obra literária de Lewis Carrol apresentaria lógica semelhante àquela que Freud apontou como sendo a do inconsciente.

Em "La fonction du phénomène élémentaire dans la clinique infantile", Angélique Christaki, refelete sobre o que a autora chama de "fenomeno elementar", na clínica infantil, relacionada à relação entre mãe-bêbe.

Carlos Andrés Mesa Garza, em "Los idiomas del cuerpo: un estudio de caso sobre una paciente con epilepsia bifocal fármacorresistente", realiza um estudo clínico acerca de um paciente que apresenta um quadro epilético, investigando as relações entre o aumento dos transtornos de ordem narcísica e forte incidência, nestes, de patologias de caráter psicossomático.

Issa Damous Perla Klautau, em "Marcas do infantil na adolescência: automutilação como atualização de traumas precoces", examinam o conceito psicanalítico de trauma em sua articulação com as falhas precoces cumulativas da função estimulante-contentora do ambiente. A partir da situação clínica de automutilação na adolescência, buscam encontrar um valor mensageiro no ato, e compreende-lo como tentativa de elaboração de traumas precoces.

Em "Psicoterapia psicanalítica focada nas emoções", António Pazo Pires debruça-se sobre o que o autor aponta como uma "nova forma de fazer psicoterapia psicanalítica e psicanálise": a exploração das emoções como meio de mudança.

Finalmente, em "Trauma, cultura e criação: Ferenczi com Christoph Türcke", Jô Gondar nos oferece uma reflexão sobre o papel do trauma na obra de Ferenczi, relacionando os conceitos de trauma, repetição e criação para pensar a emergência da cultura, e explorando as afinidades entre Christoph Türcke e Sándor Ferenczi.

 

Comissão Editorial

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