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Revista da SBPH
versão impressa ISSN 1516-0858
Rev. SBPH vol.17 no.2 Rio de Janeiro dez. 2014
ARTIGOS
Influência da espiritualidade em pacientes pós transplante hepático: um estudo transversal
Influence of spirituality in patients after liver transplantation: a cross-sectional study
Monique Taíse do Santos1; Leopoldo Nelson Fernandes Barbosa2; Carlos Eduardo Souza dos Santos3; Sara Maria Teles Lima4; Priscilla Machado Moraes5; Fábio Mesquita Moura6
Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE
RESUMO
Objetivos: Descrever a relação da espiritualidade no enfrentamento da doença hepática de pacientes que realizaram transplante hepático. Método: Estudo descritivo transversal. Resultados: Foram entrevistados 34 pacientes pós transplante hepático, masculino (79,4%), a média da idade 55,56 anos; casados (64,71 %); com ensino fundamental incompleto (47,06%), e sem trabalho no momento atual (70,59%). A religião predominante foi a católica (55,88%), seguida de 26,47% protestantes ou evangélicos. Todos consideraram a espiritualidade importante para o enfrentamento da doença. Para 14,71 %, em algum momento a doença foi considerada como punição ou castigo divino/sagrado/espiritual. Conclusão: A maioria considerou a espiritualidade importante para o enfrentamento da doença, bem como a necessidade da equipe abordar a temática na consulta. A compreensão da relação entre espiritualidade e enfrentamento no tratamento pode trazer subsídios importantes para o manejo dos pacientes de forma integral pelas equipes de saúde.
Palavras-chave: espiritualidade; crenças religiosas; transplante hepático.
ABSTRACT
Objectives: Describe the relationship of spirituality in coping with liver disease of patients who underwent liver transplantation. Method: Cross-sectional descriptive study. Results: We interviewed 34 patients after liver transplantation, male (79,4%), mean age 55.56 years; married (64,71%); with incomplete primary education (47,06%), and no work at present (70,59%). The predominant religion was Catholic (55,88%), followed by 26,47% protestant or evangelical. All considered important spirituality to cope with the disease. To 14.71%, at some point the disease as punishment or divine / sacred / spiritual punishment. Conclusion: The majority considered it important to confront the disease spirituality, as well as the need for staff to address the topic in the query. Understanding the relationship between spirituality and coping in treatment can bring important benefits for the management of patients in a comprehensive manner by health teams.
Keywords: spirituality; religious beliefs; liver transplantation.
Introdução
As implicações da espiritualidade e religiosidade têm sido foco de pesquisas em todo o mundo e diversos artigos documentam a relação entre o bem-estar espiritual e a saúde física de pessoas que estão em situação de adoecimento.
Cabe inicialmente diferenciar esses termos considerando que muitas vezes são tomados erroneamente como sinônimos. Assim, enquanto a espiritualidade é definida como a relação com o sagrado, transcendente, também dita como referente ao domínio do espírito, algo invisível e intangível que é a essência da pessoa, a religião é descrita através de um sistema organizado de crenças, práticas e símbolos desenvolvidos para facilitar a proximidade com o sagrado ou transcendente. A religiosidade é o quanto o individuo acredita, pratica e segue uma determinada religião (Hufford, 2005; King & Koenig, 2009).
Publicações na área de saúde têm associado espiritualidade à melhor qualidade de vida e menor número de internações e mortalidade (Chida, Stepto & Powell, 2009). Substâncias imunológicas como a interleucina 6 e o cortisol também foram mencionadas em níveis mais baixos nos pacientes que frequentavam alguma atividade religiosa (Guimarães & Azevedum, 2007; Dal-farra & Geremia, 2010). Esse tema também tem sido abordado com importância nos cuidados paliativos (Guerrero, Zago, Sawada & Pinto, 2011), portadores de HIV (Ferreira, Favoreto & Guimarães, 2012), pacientes com insuficiência renal crônica (Paula, Nascimento & Rocha, 2009), em diálise (Lucchetti, Almeida & Granero, 2010) e vários autores estudaram a religiosidade e sua associação com os transtornos mentais (Moreira-Almeida, Lotufo & Koening, 2006).
Outros achados também sugerem um efeito protetor da religiosidade para as doenças cardiovasculares (Naghi, Philip, Phan, Cleenewerck & Schwarz, 2012), tais como hipertensão arterial e infarto do miocárdio, através da promoção de melhor controle de ansiedade e depressão, bem como da manutenção de hábitos mais saudáveis de vida. Em transplante cardíaco observa-se uma melhor recuperação física e psicológica que podem vir acompanhadas de um tempo reduzido de internação e menos complicações pós-operatória como também de menor incidência de depressão (Mouch & Sonnega, 2012).
Vale ressaltar que, apesar da maioria dos estudos associarem positivamente a espiritualidade ao enfrentamento de doenças, fazendo com que o indivíduo tenha a interpretação dos eventos adversos de forma mais positiva, consequentemente favorecendo a adaptação e o ajustamento à condição da doença, outros mencionam um envolvimento ineficaz com a perda de integração da pessoa em relação a suas crenças, e o sentimento que o estressor é uma punição, trazendo mais sofrimento ao paciente (Peres, Arantes, Lessa & Caous, 2007).
O transplante de fígado, um dos procedimentos mais complexos da cirurgia moderna, é o tratamento de eleição para casos de doença hepática progressiva, irreversível e terminal (Mies, 1998), sendo o Brasil o segundo em número de transplante hepático entre 31 países conforme o Registro Brasileiro de Transplante de Orgãos (2013). Considerando que a espiritualidade é uma importante estratégia de enfrentamento de doença (Batista & Mendoça, 2012), pretende-se compreender como a espiritualidade interfere na recuperação de pacientes que receberam transplante de fígado em um hospital escola de Pernambuco. Apreender tal relação pode trazer subsídios importantes tanto para o manejo com os pacientes, quanto para as equipes de saúde e toda a comunidade científica.
Método
Trata-se de um estudo descritivo tipo corte transversal, realizado no Ambulatório da Unidade Geral de Transplante Hepático do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - IMIP em Recife/ PE. A amostra foi composta por conveniência com pacientes pós transplante de fígado durante o período de Outubro de 2013 a Abril de 2014. Foram incluídos na pesquisa: 34 pacientes de ambos os gêneros, maiores de 18 anos, encaminhados ao serviço de transplante de fígado do IMIP e que estavam em acompanhamento ambulatorial. E foram excluídos aqueles que não compreenderam os objetivos da mesma no contato com os pesquisadores. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisas com Seres Humanos vide número do CAAE 20531913.5.0000.5569.
Para captação e acompanhamento dos participantes, foi realizado contato com a equipe do setor que indicou os prováveis candidatos ao estudo. Somente após esclarecimentos sobre a pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Lívre e Esclarecido (TCLE), os dados foram coletados com os pacientes.
O planejamento de coleta de dados exige procedimentos que garantam indicadores confiáveis (Alexandre & Coluci, 2011). Em relação às informações sobre dados sociodemográficos, histórico médico e aspectos clínicos da hepatopatia, as informações foram coletadas no prontuário. Já em relação às informações sobre a espiritualidade, houve dificuldade de encontrar instrumentos específicos sobre essa relação no enfrentamento da doença hepática ou mesmo no enfrentamento de doenças que pudesse ser adequado ao contexto hospitalar. Por isso, foram elaboradas questões relacionadas à temática do estudo (Anexo A).
As informações dos questionários de coleta de dados foram digitadas em banco de dados utilizando o Excel 2010, com dupla entrada, e as informações foram analisadas através da versão do Epi Info 3.5.4 CDC para Windows. A análise dos dados consistiu na descrição da distribuição das medidas de frequência das variáveis registradas.
Resultados
Dados sociodemográficos e aspectos clínicos da hepatopatia
Foram entrevistados 34 pacientes que realizaram transplante hepático sendo 79,4% do sexo masculino, 44,12% com faixa etária entre 51 e 60 anos, com média da idade 55,56 anos. A maioria casada (64,71 %), com imóvel próprio (73,53 %), autodeclarados pardos (55,99%), naturais do interior do estado (41,2%) e residentes do município de Recife (41,2%), com dois filhos (38,2%), morando apenas com companheira (23,5%), ou companheira e filhos (44,1%), totalizando de 1-3 pessoas por casa em 61,8% dos casos. Possuíam casa própria em sua grande maioria (73,5%), com 5 ou mais cômodos (57,8%), renda familiar entre 2 a 5 salários mínimos (52,94 %), aposentados ou beneficiário do INSS (52,94 %), e sem trabalho no momento atual (70,59%).
Tabela 01: Perfil Sociodemográfico de pacientes de um Hospital Escola de Pernambuco
Em se tratando da história médica, cerca de 65% dos entrevistados não possuíam doença crônica prévia, 50% eram sedentários, 97,06% não tinham hábitos etilistas e tabagistas, nem faziam uso de drogas ilícitas. Quanto à doença que levou o individuo à indicação ao transplante, a principal causa foi cirrose alcoólica (26,47%) seguida de hepatite viral (23,53%) e complicações crônicas da esquistossomose (14,71%), tendo também a associação de duas ou mais hepatopatias concomitantes (17,65%). O tempo de diagnóstico da insuficiência hepática foi entre 3-5 anos em 35,29 % dos indivíduos, e o tempo de fila de espera foi menos de 6 meses em 32,35% dos casos.
Tabela 02: Distribuição Quanto aos Hábitos Pessoais e Histórico Médico
Avaliação da espiritualidade no enfrentamento da doença
Quanto aos aspectos da espiritualidade, 55,88% dos pacientes eram católicos, 26,47% protestantes ou evangélicos e 11,76% se declararam sem religião. Antes do transplante 32,35% relataram frequentar a templo/ reuniões religiosas enquanto 67,65% não tinham esse hábito. Após o transplante, 85,29% referiram ter atividades espirituais como orações, meditações, leituras bíblicas ou outros livros considerados sagrados, 38,24% frequentavam templos/reuniões religiosas e 11,76% no momento da entrevista falaram que não estavam frequentando por conta da cirurgia recente, mas manifestaram desejo de ir.
Todos os pacientes entrevistados consideraram a espiritualidade importante para o enfrentamento da doença. Em algum momento 14,71%, consideraram a doença como uma punição ou castigo divino/sagrado/espiritual e para 2,94% a espiritualidade interferiu na condução do tratamento médico. Especificamente, 79,41% dos indivíduos consideram importante que a equipe de saúde fale sobre a espiritualidade, e 23,53% relataram que algum profissional abordou esse tema, sendo 8,82% da classe médica e 14,71% eram enfermeiros.
Tabela 03: Avaliação da espiritualidade no enfrentamento da doença
Discussão
O perfil sociodemográfico observado nesse estudo, foi caracterizado por predominância do sexo masculino (79,4%), casado (64,71%), com média de idade situada na quinta década (55,56 anos), com menos de seis anos de escolaridade concluídos (47,06% dos casos), com renda familiar entre dois e cinco salário mínimos (52,9%), não profissionalmente ativos, sendo aposentados ou beneficiários do INSS (52,9%). Outro estudo com receptores de transplante de hepático no interior paulista demonstrou dados sociodemográficos semelhantes, entretanto a maior parte dos pacientes da respectiva amostra (46%) estava trabalhando no ano analisado (Mendes et al., 2010).
Em relação às indicações mais importantes para o transplante de fígado, dados europeus citam a doença alcoólica do fígado e hepatite viral como as mais prevalentes sendo 20% e 24%, respectivamente (Verdonk, Berg, Slooff, Porte, & Haagsma, 2007). Tais achados corroboram os resultados obtidos na presente investigação, cuja prevalência de hepatopatia relacionada ao álcool foi de 26,47% e da hepatite de etiologia viral foi de 23,53%.
É também observável que pacientes em situações críticas de adoecimento, como doenças terminais ou crônicas, comumente se voltem para sua espiritualidade não só encontrando nela apoio para lidar com a situação mas também para ter mais qualidade de vida (Guerrero, Zago, Sawada & Pinto, 2011). A utilização da espiritualidade como uma forma estratégica de enfrentamento é construída pela atribuição de significado a seu processo saúde-doença, em busca de sobrevivência, com apego à fé, para minimizar seu sofrimento ou para obter esperança de cura durante o tratamento (Bonaguidi, Michelassi, Filipponi & Rovai, 2010).
Define-se como enfrentamento os esforços cognitivos e comportamentais voltados ao manejo de exigências ou demandas internas ou externas, avaliadas como sobrecarga aos recursos pessoais. Dessa forma, muitos indivíduos usam esse mecanismo para lidar com situações estressoras (Batista & Mendoça, 2012). Na presente investigação, a totalidade dos pacientes avaliados declarou que a espiritualidade foi importante para o enfrentamento da doença (n=34). Comparado a estes achados, um estudo italiano de 2010 com pacientes que receberam enxerto hepático observou maior sobrevivência pós transplante para aqueles que possuíam maior enfrentamento religioso, definido como buscar a ajuda de Deus, ter fé e confiança em Deus e tentar perceber a vontade dele na doença (Bonaguidi, Michelassi, Filipponi & Rovai, 2010).
Em consonância, um estudo com pacientes chineses receptores de transplante cardíaco avaliados no pré e pós transplante mostraram necessidades espirituais para lidar com desafios físicos e emocionais em longo prazo. Ademais, conhecendo-se que a cirurgia envolve riscos nos vários estágios de recuperação, o apoio de uma fonte espiritual foi altamente recomendável. Os cuidados espirituais ajudariam a aliviar o estresse psicológico e espiritual sofridos por esses receptores durante essas fases e, consequentemente, uma melhor qualidade e sucesso no transplante cardíaco mencionados nesse estudo (Shih, Wang, Hsiao, Tseng & Chu, 2008).
A perspectiva espiritual e o bem-estar espiritual também foi analisado em 28 mulheres após 24-48 meses do recebimento de enxerto renal. O achado desse estudo sustenta a evidência que a espiritualidade é um valioso recurso psicológico usado por pacientes que receberam transplante que estão vivendo com terapias que aumentam o risco de eventos adversos (Martin & Sachse, 2002).
Temas que refletem a dimensão espiritual foram observados em pacientes receptores de transplante de fígado em um estudo americano de 2005. A pesquisa fundamentou-se na coleta dos dados em três momentos após o recebimento do enxerto hepático. Após seis semanas da realização da cirurgia, os indivíduos relataram experimentar/receber um milagre em um momento crítico. No segundo e terceiro momentos, após seis e 12 meses respectivamente, os pacientes demonstraram uma reavaliação das prioridades e perspectivas, considerando o processo de recuperação como uma renovação espiritual (Jones, 2005).
Em termos gerais, os indivíduos da pesquisa americana mostraram uma reafirmação da fé após o recebimento do enxerto, evidenciado pela adoção de uma postura ativamente mais religiosa. No estudo atual, mensurações desta mudança de postura podem ser inferidas pelos achados da frequência de idas a templos/reuniões religiosas antes do transplante (32,35%) e após o transplante a (38,24%), cujo discreto aumento foi evidenciado. É importante mencionar que 11,8% da amostra demonstraram desejo de frequentar templo/reuniões, mas foram recomendados a não fazê-lo por recomendações médicas do pós-operatório.
Em contrapartida aos aspectos positivos da espiritualidade na saúde, efeitos negativos podem ser percebidos quando crenças ou práticas religiosas são usadas para justificar comportamentos de saúde negativos ou substituir cuidados médicos tradicionais. Pode ser usada para induzir culpa, vergonha, medo, ou justificar raiva e agressão. Como agente de controle social, pode ser restritiva e limitante, isolando socialmente aqueles em desacordo com tradições estabelecidas (Batista & Mendoça, 2012). No estudo em questão, 85,29% dos pacientes não referiram sentimentos de culpa ou vergonha, nem tiveram a doença como punição divina, mas uma parcela importante de 14,71% disseram ter experimentado tal sentimento. Para 97,06% a espiritualidade deles não interferiu na condução do tratamento médico, isso demonstra que a espiritualidade tende a promover mais experiência positivas que negativas.
Considerando a abordagem do paciente sobre a espiritualidade, o estudo mostra que eles desejam ser tratados integralmente, incluindo aspectos físico, emocional, social e espiritual (Peres, Arantes, Lessa & Caous, 2007). Nessa pesquisa, quando questionados se gostariam que a equipe de saúde abordasse sua espiritualidade, a maioria dos pacientes (79,41%) respondeu afirmativamente, e declararam que poucos membros da equipe (23,53%) falaram sobre esse tema. A dificuldade a respeito dessa abordagem com os pacientes provavelmente está relacionada com a deficiência na formação dos profissionais de saúde, uma vez que os aspectos espirituais não fazem parte do currículo, tampouco elementos importantes para aprimorar o cuidado do ser humano no estado de saúde e doença, deixando os profissionais desconfortáveis para falar nesse assunto de valia importância (Peres et al., 2007; Dal-farra & Geremia, 2010).
Conclusão
Esse estudo revelou que a espiritualidade foi referida pelos pacientes como importante no enfrentamento do transplante hepático e em sua recuperação. Assim, a abordagem holística desses pacientes deve ser considerada como uma possibilidade por toda a equipe de saúde.
Diante da relevante influência da espiritualidade na recuperação do paciente, é incontornável que profissionais de saúde estejam atentos a tais dimensões, inclusive solicitando a colaboração de representantes religiosos ou profissionais especializados nessas questões para que os pacientes não apresentem tantos sofrimentos psicológicos trazendo-os sensação de abandono, desamparo e baixa auto-estima.
Seguramente, a inclusão da espiritualidade na prática de saúde e mesmo na formação de profissionais ainda é um grande desafio, haja vista a falta de preparação para abordar a dimensão espiritual dos pacientes, assim como o receio de influenciar suas crenças.
A discussão do tema não se encerra e mais estudos são necessários a fim de conhecer melhor os mecanismos pelos quais a espiritualidade influencia a recuperação de doenças e a sua utilização na prática clínica. O estudo apresenta a limitação da pequena quantidade de pacientes entrevistados, dificultando assim a generalização dos resultados, porém, reflete uma realidade comum no dia a dia das equipes de saúde. Espera-se que outros estudos possam dar seguimento a esse tema, bem como a futuras propostas de instrumentos específicos sobre a espiritualidade e o enfrentamento de doenças no contexto hospitalar.
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Anexos
A- Ficha de Coleta de dados
ESPIRITUALIDADE EM PACIENTES PÓS TRANSPLANTES-HEPÁTICO - QUESTIONÁRIO
Data: ______/_____/_______
Número de Registro: ______
Número de Prontuário: _________________
I. Dados dociodemográficos
1. Idade: ______
2. Sexo:
☐Masculino
☐Feminino
3. Cor:
☐Branco(a)
☐Pardo(a)
☐Preto(a)
☐Indígena
☐Amarelo(a)
4. Naturalidade:
☐Recife
☐Região Metropolitana
☐Interior do estado de Pernambuco
☐Outros estados
5. Local de moradia:
☐Recife
☐Região Metropolitana
☐Interior do estado de Pernambuco
☐Outros estados
6. Estado civil:
☐Solteiro(a)
☐Casado(a)
☐Divorciado(a)/Separado(a)
☐Viúvo(a)
☐União estável
7. Quantidade de filhos(as):
☐Nenhum
☐Um(a)
☐Dois(duas)
☐Três
☐Quatro ou mais
8. Reside com:
☐Sozinho(a)
☐Companheiro(a)
☐Filhos(as)
☐Companheiro(a) e filhos(as)
☐Familiares
☐Outras pessoas além de companheiro(a), filhos(as) e/ou familiares
☐Outro(s)
9. Quantidade de pessoas que vivem na casa:
☐Uma a três
☐Quatro a sete
☐Oito a dez
☐Mais de dez
10. Imóvel:
☐Próprio
☐Alugado
☐Cedido/Funcional
☐Outro
11. Habitação:
☐Alvenaria
☐Taipa
☐Madeira
12. Números de cômodos na casa:
☐Um
☐Dois
☐Três
☐Quatro
☐Cinco ou mais
13. Água encanada:
☐Sim
☐Não
14. Escolaridade:
☐Não alfabetizado(a)
☐Ensino fundamental incompleto
☐Ensino fundamental completo
☐Ensino médio incompleto
☐Ensino médio completo
☐Ensino superior incompleto
☐Ensino superior completo
☐Pós-graduação
15. Renda familiar mensal:
☐Nenhuma renda
☐Menos de 1 salário mínimo
☐Até 1 salário mínimo
☐Entre 1 e 2 salários mínimos
☐Entre 2 e 5 salários mínimos
☐Entre 5 e 10 salários mínimos
☐Mais de 10 salários mínimos
16. Situação ocupacional:
☐Nunca trabalhei
☐Trabalho, estou empregado com carteira de trabalho assinada
☐Trabalho, com carteira de trabalho assinada, mas estou afastado por causa da doença
☐Trabalho, mas não tenho carteira de trabalho assinada
☐Trabalho, sem carteira de trabalho assinada, mas estou afastado por causa da doença
☐Trabalho, mas devido à doença, estou trabalhando em outra atividade
☐Já trabalhei, mas não estou trabalhando (desempregado)
☐Já trabalhei, mas não estou trabalhando (Aposentado/Benificiário do INSS)
17. Profissão/ Ocupação:
☐Não trabalho
☐Profissional liberal
☐Empresário(a)
☐Servidor(a) público(a)
☐Empregado(a) de empresa privada
☐Proprietário(a) rural
☐Outro
II. Hábitos de vida e história clínica da hepatopatia
18. Doença(s) atual(is):
☐Nenhuma
☐Hipertensão arterial
☐Diabetes
☐Patologia psiquiátrica
☐Cardiopatia
☐Outra(s)
19. Atividade física regular:
☐Sim
☐Não
Qual?
20. Frequência de atividade física moderada por semana, durando pelo menos 30 minutos: _______
☐ Não se aplica
21. Bebida alcoólica:
☐ Sim
☐ Não
☐Pregresso
Qual?
22. Frequência do uso de bebidas alcoólicas:
☐ 1 vez por mês ou menos
☐ 2-4 vezes por mês
☐ 2-3 vezes por semana
☐ 4 ou mais por semana
☐ Não se aplica
23. Fumante:
☐ Sim
☐ Não
☐Pregresso
24. Quantidade de cigarros que fuma por dia:
☐ 1-9
☐ 10-19
☐ 20-39
☐ 40 ou mais
☐ Não se aplica
25. Droga(s) ilícita(s):
☐ Sim
☐ Não
☐ Pregresso
Qual?
26. Frequência do uso de droga(s) ilícita(s):
☐ 1 vez por mês ou menos
☐ 2-4 vezes por mês
☐ 2-3 vezes por semana
☐ 4 ou mais por semana
☐ Não se aplica
III. Outras informações sobre a doença hepática
27. Qual é a doença hepática para indicação do transplante?
☐ Cirrose biliar primária
☐ Colangite esclerosante primária
☐ Atresia de vias biliares
☐ Hepatite crônica autoimune
☐ Insuficiência hepática aguda grave
☐ Cirrose alcoólica
☐ Cirrose hepática de etiologia viral
☐ Não soube informar
☐ Outra
28. Quando foi diagnosticada a insuficiência hepática?
☐ Menos de 6 meses
☐ Entre 6 e 12 meses
☐ Entre 1 e 2 anos
☐ Entre 3 e 5 anos
☐ Entre 6 e 10 anos
☐ Mais de 10 anos
29. Há tempo você foi encaminhado para a fila de espera?
☐ Menos de 6 meses
☐ Entre 6 e 12 meses
☐ Entre 1 e 2 anos
☐ Entre 3 e 5 anos
☐ Entre 6 e 10 anos
☐ Mais de 10 anos
IV. Informações sobre espiritualidade e crenças.
30. Qual a sua religião?
☐ Católico(a)
☐ Protestante ou Evangélico(a)
☐ Espírita
☐ Umbanda ou Candomblé
☐ Sem religião
☐ Outra_____________________
31. A sua espiritualidade o ajuda a manter uma vida mais estável e equilibrada? (A espiritualidade é definida como a relação com o sagrado, com o ser superior. A religiosidade é uma instituição, como igrejas, templos, terrenos, entre outros).
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
32. Durante o seu processo de adoecimento, a espiritualidade ajudou a lidar melhor com sentimentos ruins/negativos?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
33. Antes do transplante você frequentava templo, igreja, reuniões religiosas?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
34. Após o transplante você passou a frequentar ao templo, igreja, reuniões religiosas?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
☐ Tenho vontade, mas estou ainda no processo de recuperação pós transplante
35. Depois do transplante você exerce atividades espirituais, tais como orações, meditações, leitura bíblica ou outros livros sagrados?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
36. Considera a espiritualidade importante no enfrentamento da doença?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
37. Em algum momento você pensou que a doença seria castigo ou punição divina/sagrada/espiritual?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
38. Em algum momento sua espiritualidade interferiu na condução do seu tratamento?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
39. Você considera importante que a equipe de saúde fale sobre a sua espiritualidade?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
40. Algum profissional falou sobre o tema de espiritualidade com você?
☐ Sim
☐ Não
☐ Não pensei sobre isso
41. Qual(is) profissional?
☐ Médico
☐ Fisioterapeuta
☐ Nutricionista
☐ Enfermeiro
☐ Auxiliar de enfermagem
☐ Psicólogo
☐ Assistente Social
☐ Voluntário
☐ Outro(s)
1 Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE. E-mail: moniquetaise1988@hotmail.com
2 Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE. E-mail: leopoldopsi@gmail.com
3 Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE. E-mail: eduardosouzapsi@hotmail.com
4 Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE. E-mail: sarinhateles@hotmail.com
5 Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE. E-mail: pris25@globo.com
6 Faculdade Pernambucana de Saúde – Recife – PE. E-mail: mouraffabio@uol.com.br
Errata
Na página 24, onde se lia:"Monique Thaíse dos Santos"
Leia-se:
"Monique Taíse do Santos"