Resumo

ANDRADE, Marcela Lança de; MISHIMA-GOMES, Fernanda Kimie Tavares  e  BARBIERI, Valéria. Vínculos familiares e atendimento psicológico: a escuta dos pais sobre a alta da criança. Rev. SPAGESP [online]. 2012, vol.13, n.1, pp.5-13. ISSN 1677-2970.

Buscando oferecer o melhor para os filhos, muitos pais procuram por um cuidado especializado, como a psicoterapia, quando acreditam ser necessário. Entre as expectativas do processo terapêutico está a esperança de que seus filhos se curem e possam ser pessoas bem-sucedidas no futuro. Nossa sociedade exige que os pais ofereçam o melhor suporte para que os filhos evoluam e estes, por sua vez, precisam corresponder às expectativas de sucesso. O grupo familiar e o meio em que a criança está inserida interferem diretamente no seu desenvolvimento, pois, apesar da tendência inata ao desenvolvimento, a criança requer a presença de um ambiente suficientemente bom. A psicoterapia, em alguns casos, não é a única opção quando se percebe que a família pode fortalecer seus vínculos e trabalhar juntamente com a criança. Porém, nem sempre essa sugestão de “alta” é facilmente aceita, e a indicação pela não psicoterapia, e sim por um trabalho familiar, pode deixar os pais angustiados e nervosos. Como exemplo, este trabalho apresenta dois casos atendidos nos quais a sugestão do não encaminhamento para psicoterapia e a possibilidade de se trabalhar com a criança no ambiente familiar foram fonte de angústias e frustração dos pais.

Palavras-chave : Família; Vínculo; Psicoterapia; Alta.

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