EDITORIAL

Manter as revistas científicas atualizadas e com a qualidade necessária para que as publicações brasileiras tenham reconhecimento internacional não tem sido fácil para nós editores. A elaboração de cada número requer muito tempo, além de ser uma tarefa de extrema responsabilidade e compromisso com a comunicação científica. As agências de fomento parecem não reconhecer o quanto é árduo o trabalho intelectual dos editores. É preciso ressaltar que as instituições de ensino e pesquisa nacional, ainda que cientes da importância de suas revistas científicas, têm seus limites financeiros e de pessoal especializado. Não esconsideramos a abertura de editais que o MEC, em parceria com o CNPq, disponibiliza para as revistas científicas, mas é necessário que as agências de fomento abram editais que contemplem bolsas de incentivo ao trabalho do editor e dos demais participantes da equipe. Como destacado no número anterior de nossa revista, a ABEC e a ABECIP são exemplos de parcerias incondicionais na formação, no aperfeiçoamento e no trabalho de editores e de futuros editores científicos, porém capacitação é custo para estas associações. Precisamos desta parceria com os órgãos de fomento federal e estadual, pois só assim poderemos garantir o aperfeiçoamento de nossas revistas científicas e, consequentemente, que os trabalhos de nossos pesquisadores sejam, cada vez mais, reconhecidos na esfera internacional da comunicação científica, o que reafirma a importância de publicar nas revistas brasileiras.

Sebastião Rogério Góis Moreira
Editor da Revista