EDITORIAL

Pedro F. Bendassolli^I; Ana Carolina de Aguiar Rodrigues^II; Maria do Carmo Fernandes Martins^III; Mary Sandra Carlotto^IV

^IEditor-Chefe - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
^IIEditora Associada - Universidade de São Paulo (FEA-USP)
^IIIEditora Associada - Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)
^IVEditora Associada - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)

Iniciamos o volume 16 da rPOT retomando, como já havíamos feito início do ano passado, as informações de tramitação da revista ao longo desse período. Em 2015, do total de manuscritos recebidos, ao redor de 64% foram rejeitados, quer sumariamente (nas primeiras etapas do processo editorial), quer pelos pareceristas. No primeiro caso, entre as principais razões destaca-se a incompatibilidade com a linha editorial da revista, incluindo problemas de forma e consistência de conteúdo.

Foram aprovados 18% de todo o universo de manuscritos submetidos. A rPOT publicou 33 artigos nos quatro números do volume 15, alguns dos quais oriundos do ano anterior (2014). Os demais (18%) continuam em processo de tramitação regular.

Uma notícia positiva é que a taxa de rejeição de 2015 ficou ligeiramente abaixo da de 2014, respectivamente 64% e 70%. Embora discreta, pode significar o incremento na qualidade dos manuscritos, o que, em termos mais amplos, é um aspecto positivo para a área como um todo. Ainda assim, como destacamos logo a seguir, a qualidade dos manuscritos segue como um dos principais desafios do periódico.

Outro dado muito positivo foi de que a lista de pesquisadores que aceitaram emitir pareceres para a rPOT aumentou de 64, em 2014, para 106 em 2015. Como todos sabem, o trabalho desses profissionais é aspecto decisivo não só para a qualidade do material publicado como também para a agilidade do processo editorial, o qual segue ágil na rPOT desde que mudanças foram realizadas na revista ao longo dos últimos anos.

Em conjunto, essas informações reforçam algumas constatações que vimos fazendo nos editoriais da rPOT. Em particular, de que a qualidade geral dos artigos da área ainda é um aspecto sério a ser equacionado por todos os envolvidos na produção de conhecimento científico. Por ser revista de nicho, portanto bastante específica, a rPOT parece mais sensível às oscilações nos níveis dessa qualidade - algo que se reflete tanto no fluxo cotidiano de cada número, como, e isto é mais sério, no nível de citação dos artigos publicados pela revista (e, naturalmente, na expansão da própria área). Esse é um problema cujo equacionamento passa por uma cadeia complexa de componentes, mas da qual não podemos nos privar como pesquisadores.

Neste número, o leitor terá acesso a oito artigos que compõem um quadro bastante diversificado: gestão de talentos nas organizações; intenção empreendedora entre universitários; planejamento da aposentadoria; a atuação do psicólogo nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador; medicalização e uso de substância por trabalhadores; e também três artigos de revisão: um sobre carreira nas organizações, outro sobre antecedentes da retenção de pessoas nas organizações, e por último, um sobre significado e sentido do trabalho.

Desejamos a todos um excelente ano acadêmico e uma proveitosa leitura.