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versão impressa ISSN 0101-3106
Ide (São Paulo) vol.34 no.53 São Paulo dez. 2011
EM PAUTA
Transgressões, subversões e acolhimentos
Transgressions, subversions, and embraces
Cléa Palatnik Pilnik*
Sociedade Brasileira de Paicanálise de São Paulo SBPSP
RESUMO
Faço uma pequena incursão nas comunicações do meio virtual, em contraponto às invariâncias da necessidade de acolhimento do ser poético. Defendo e concordo com uma seleção de autores que preconizam a transgressão, a anormalidade, a ruptura e a subversão do pensamento na ordem preestabelecida para que haja movimento, mudança e liberdade para a criatividade. A poética é o pano de fundo da trajetória da obra de Nilton Bonder.
Palavras-chave: Transgressão, Acolhimento, Psicanálise, Poética.
ABSTRACT
I make a brief incursion into the communications in the virtual world, as a counterpart to the invariance of the need for embracing from the poetic being. I defend and agree with a selection of authors who profess the transgression, abnormality, rupture, and subversion of the thought in the preestablished order to provide creativity with movement, change, and freedom. The poetics is the background of the works by Nilton Bonder.
Keywords: Transgression, Embrace, Psychoanalysis, Poetics.
1. O meio virtual como recurso inesgotável
Poética e psicanálise, importante. Como lidar com a dor emocional sem alcatifar com as palavras? Sem amaciar o insuportável com o caudaloso caldo cultural? Só, e aí sim, pode-se discernir o significado, o signo e o significante.
Descadeirado, cadeira ou cadeirante?
Frustração, berço de todo crescimento, empurra-nos para as divinas sublimações: as artes e os fazeres.
Desejo de leitor oculto que me apreenda, tênue linha de ligação entre o nascedouro das letras e o umbigo das palavras.
As palavras espremidas numa mensagem eletrônica: Vo c q sabe findi q vem OK. Na frase condensada, estava meu desejo realizado ao decodificar a escrita da neta: Vovó, você é quem sabe, fim de semana que vem tudo bem.
A neta americana diz:
– Não vamos mais aprender letra cursiva, só vamos escrever em letra de imprensa.
Concordo: é perda de tempo e de cadernos de caligrafia. Coisa antiga e antiecológica. Melhor computador e velocidade.
Quero pesquisar o livro Psicanálise do fogo, Bachelard. Não encontro na minha biblioteca de casa, nem na do consultório. Vou aos Books da Apple Store para tentar baixar o conteúdo desejado. Indisponível. Tento, então, na saraiva.com, nada. Frustrada, consigo alguns extratos dessa obra na internet. Meus desejos ficam um pouco apaziguados.
Essas imagens trespassam meus pensamentos rapidamente e por isso me dão uma pseudossatisfação. Ou a aridez das incertezas na criação solitária ficou acompanhada do mundo virtual? Pseudoacolhimento?
Essas são comunicações condensadas que, apesar do encontro emocional de puro deleite, deixam muito a desejar quanto à poética.
Ora (gostaríeis) ouvir estrelas, fico eu parodiando Olavo Bilac, no meu devaneio.
Gastón Bachelard, como visto no estudo de Elói Alberto Bento (2010), enfatiza bem a diferença entre devaneio e sonho.
Os devaneios poéticos dão abertura para novas apreensões da realidade, sempre a renovando e modificando o devaneador.
O surpreendente nos desarma e cria em sua expressão a origem da "alma cientifica"; e nos rende à subjetividade e à idealização do mundo.
Preconiza também que a linguagem dos poetas propicia rupturas, desestabiliza as construções cotidianas e privilegia as imagens isoladas em detrimento de um conjunto organizado para instituir uma composição. A mesma realidade que nos aprisiona, se apresentada na linguagem poética nos desconstrói e nos libera.
2. Metáforas e apreensão do subjetivo
ARS
A
Arte
é luz
é sinaA
Arte
AluzcinaQuero
Aluzinarte
(Sant'Anna, 2011)
Nilton Bonder (1994) sustenta que a obscuridade propicia diferentes percepções, pois a sombra da sombra é a luz. E diz: "... essa é nossa experiência de todas as tardes quando a escuridão revela as estrelas que a claridade não nos permitia ver";.
Bonder (1998) explica suas tentativas de se expressar da seguinte forma:
Distinta da luz – que produz sombra – a clareza da inteligência espiritual só pode ser usufruída em densa penumbra. Esta é a razão pela qual suas equações estão sob fórmula de parábolas e histórias. Essa forma de organizar expressões e teorias convoca o inconsciente a produzir a penumbra necessária para que a luz dessa inteligência se faça nítida.
Essa configuração retém uma penumbra de associações, mas possui uma função reveladora que influi em determinadas situações. Às vezes, a luz que elas emitem provoca distorção, por supervalorização do passado irrelevante e oclusão do presente e do futuro desconhecido, estes, sim, relevantes (Wilfred R. Bion, 1993).
N'alma imoral, Bonder (1998) desenvolve a ideia de que o corpo é conservador e moral regulando o sono, a fome e o sexo. É a alma que é imoral, pois pode transgredir e subverter todas as entidades físicas e emocionais.
Esculpo mulher nos contornos de homem.
Pensar é transgredir: O amor é uma escultura que se faz sozinha. É uma flor inesperada sem estação do ano para surgir nem para morrer. Vai sendo esboçada assim ao léu: aqui a sobrancelha se arqueia, ali desce da curva do pescoço, a mão toca a ponta do pé, no meio estende-se a floresta de mil seduções. Imponderável como a obra de arte, o amor nem se define nem se enquadra: é cada vez outro, e novo, embora tão velho. Intemporal. (Lia Luft, 2010)
"Freud quis ver o avesso da alma, Marx o avesso do social, Einstein o avesso da ciência e o rabino Nachman de Bratslav o avesso da existência, e completo eu, Bonder (2001) quer ver o avesso do espiritualismo";.
Essas metáforas são tentativas de Bonder para se aproximar da alma fazendo diferentes proezas e acaba por elegê-la como orquestradora de sutilezas e possuidora de acuidade tal que rege as possibilidades impossíveis da existência humana.
3. Trilha para o desconhecido
O sedentarismo só distingue a vontade pessoal, é necessário estar em movimento para se obter a compreensão lúcida da vida, chegando-se até a generosidade e ao acolhimento do peregrino, do estrangeiro.
Em Tirando os sapatos, Bonder (2008) faz uma viagem, patrocinada pela Universidade de Harvard, pelo Oriente Médio para participar do projeto Caminho de Abrão, e criar um roteiro turístico-religioso patrocinado pelo Departamento de Mediação de Conflitos, divisão do Departamento de Direito.
O pequeno grupo era composto por volta de vinte representantes das três religiões monoteístas. Nessas paisagens desconhecidas, ele, desnudando-se de seus calçados, tornou-se mais alto.
Percebe-se em seus textos a preocupação de se desvendar conforme suas experiências vão se revelando de forma profunda e modificadora. Mostra-se amedrontado e reticente enquanto vai se descobrindo.
Como Abrão, Bonder (2008) também se torna um peregrino em terras estranhas.
Na aventura psicanalítica ao palmilhar o complicado caminho das transferências, das interpretações e dos insights tem-se como intuito, ainda que velado, de alterar espaços, na tentativa de cumprir o destino da famosa frase de Freud: "Onde era id, será ego";.
Abraão nasceu na cidade de Ur, diz a Bíblia, que dá margem ao imaginário de criar mil devaneios e ilusões simpáticas à causa de cada leitor. A ilusão distorce a realidade para encaixá-la em nossos interesses. Ur hoje nada mais é do que um sítio desértico e arenoso cheio de pedras, localizado no Iraque.
Para Bonder (2008): "Abrão sabe que Deus está justamente no lugar onde não há ilusão. Deus está fora do sapato e apenas sem eles é possível ver a sarça ardente que não se consome";. Assim como nós, que somente nos retirando de nossas incessantes e repetitivas certezas, podemos ver a realidade.
O homem como sujeito poético ao fazer-se no mundo, como habitação que o protege ou como espaço sonhado, num tempo imaginariamente vivido entre o nascimento e a morte, vive na suposição de que "o fato imaginado é mais importante que o fato real";, como disse Bachelard.
Meu paciente vem ao lugar em que pretende ser reorientado para si mesmo. Mas, quando faço uma interpretação com todo tato possível no meu consultório, às vezes, sinto-me calçada com botas, tal a ruptura que provoco deixando o paciente literalmente desnorteado. Ainda que eu tente lidar com os desdobramentos e ressonâncias, pelo novo rumo apontado, ele sai estonteado, muito próximo do desamparo primeiro.
Claro que essa é nossa função terapêutica, mesmo que amenizada por metáforas linguísticas para que se faça melhor a elaboração/ digestão da comoção pelas revelações.
A esse efeito, na teoria bioniana, chamamos de mudança catastrófica. Apesar do nome contundente, é essa função psicológica que coordena uma série de mudanças como subverter a ordem pré-estabelecida, propiciando sensações de iminência de desastre que podem até refletir em reações físicas. Como tonturas, sensação de desmaio, perda de equilíbrio etc. Essa percepção pode se dar na mente, na sessão psicanalítica, participando de um grupo ou em qualquer meio social.
Bion (1973) requer a função analítica para o homem como seu cerne e diz mais: que enquanto existir um ser humano existirá a psicanálise. Assim como para Bachelard (2010) a poética só morrerá com o último homem.
Claro está que esses posicionamentos não são excludentes, mas, sim, complementares.
Quando Bonder (1994) escreve sobre desespero e morte, e por contraponto fala em esperança e vida, ele descreve os incríveis momentos sem saída, onde subjaz o medo e o terror sem nome.
Como exemplo dessas situações conta da criança praieira, que ele foi, que ao verificar que o arrasto da grande onda está se formando e não há o que fazer, além de ir ao encontro da massa d'água.
Em décimos de segundo queria gritar, chamar pela mãe, clamar por Deus, mas enfim tinha que atender a ordem interna que era de ação. Mas, ele percebia intensamente duas ordens internas – "foge"; e "fica"; – e como elas não se anulavam, então a experiência era terrível, provavelmente tão terrível quanto o terrível pode ser.
A angústia associada a essa vivência nascia dessas duas ordens contraditórias. O racional diz: segura a onda e seja você por inteiro. "Aceitai a realidade a sua volta e vereis";. Vereis o quê? Bonder (1994) responde: "Que há saída";.
A não aceitação inibe a possibilidade de ver saída, transformando assim, a angústia em desespero. Como se fosse possível não se entregar ao lugar e a situação em que a pessoa se encontra. Não há opção, há o que é.
Ficar em contato com estar sem saída é a única forma de se sair da clivagem. Ou seja, é o nosso ser como um todo que experimenta emoções, sensações é que dá sentido e significado a essas experiências. Ao se palmilhar onde realmente se está é o início do caminhar.
Idealizar é uma solução mágica do ser humano, mas, infelizmente a realidade não se curva aos nossos desejos.
A sensação de desamparo é a impossibilidade de vermos saída e as respostas racionais que nos são oferecidas não tem o poder de nos acalmar e nem de nos convencer.
Se nós inibirmos o impulso, sem canalizá-lo, nós teremos de lidar com a energia não liberada ou com algum sintoma que ficará fora da jurisprudência do ego. Ou seja, ao ato de recalcamento segue-se, às vezes, uma interminável luta contra um sintoma emocional.
Continuando sua expedição, Bonder (2010) na sua passagem da Turquia para a Síria viu-se cercado de muitas tensões. À época o regime ditatorial militar sírio, fazia pesadas investigações para deixar entrar por suas fronteiras. Ademais, o Rio Eufrates e suas águas eram motivo de disputas entre as duas nações.
O britânico que havia estado seis meses preparando as trilhas, e que havia sido deportado resolveu ir separado em outro ônibus para se caso fosse de novo deportado, ele não se tornasse um obstáculo para o restante do grupo. Caso algum problema acontecesse, eles se reencontrariam na Jordânia.
Apesar de Bonder (2010) se apresentar como laico, sem o solidéu de rabino e portar passaporte novo de brasileiro sem carimbo de estadia em Israel, seus receios pressionaram-lhe de tal forma que seu amigo paulistano de cultura árabe e o padre italiano precisaram acalmá-lo. Pois, segundo seu relato, o acadêmico era bastante equilibrado e sua serenidade inspirava confiança. Enquanto que o padre, como líder do grupo, se sentia afavelmente responsável por qualquer problemática.
O medo e, mais ainda, o terror inominável para o sofredor dessa experiência só acontece na medida em que ele não consegue nomear e simbolizar o que é, então permanece a interdição para apreender o significado da coisa em si. A psicanálise ao transformar a dor emocional em experiência de vida, não diminui essa dor, mas torna-a mais suportável.
Atravessando a barreira e ultrapassando seus limites, Bonder (2010) percebe que a política dos policiais é mais de intimidações do que realmente de ações agressivas, mas demonstram claramente que o grupo está sob vigilância.
Enfim, chegam à terra de Abraão.
Abraão teve duas mulheres, Sara, que deu o filho legítimo Isaque e sua amante, Agar, que foi expulsa e lhe deu o filho ilegítimo Ismael. Para o Alcorão e para os muçulmanos, é exatamente o inverso do texto bíblico.
Para Bonder (2010) foi chocante olhar por esse novo vértice, onde ele era o intérprete diferente de toda a cultura à sua volta que dizia ser Sara a amante e Isaque o filho ilegítimo.
Os ocidentais da cultura judaico-cristã são cultos, educados, enquanto que os orientais árabes e mulçumanos são incultos, agressivos e atualmente terroristas.
Há um programa na televisão que tem uma chamada muito interessante, que é uma palavra-símbolo, onde está intrínseco o humor e seu significado apreende todo o sentido preconceituoso- normativo da assertiva dada pelo parágrafo acima:
McDougall (1991), no livro Em defesa de uma certa anormalidade, defende a possibilidade de que nós analistas que lidamos com um ambiente altamente comprometido com os nossos colegas de ofício e com os nossos analisandos, teríamos pouco interesse em lidar com esse conceito de normalidade. Além de criamos uma linguagem com a qual, mesmo com alguns dialetos, nos fazemos entender.
"Os neuróticos com seu núcleo psicótico oculto e o psicótico e sua densa franja neurótica- eis a nossa família...";. (1991)
Para o analista, falar de normalidade seria como falar da face oculta da lua e se caso tentássemos, voltaríamos somente com algumas pedras lunares nos bolsos (McDougall, 1991).
Apesar de pequenos percalços, Bonder (2010) sente em toda sua trajetória a hospitalidade e o acolhimento do povo árabe.
4. Acolher, empatizar, compartilhar
Freud enfatiza o uso da empatia no encontro psicanalítico, mas não tanto como um envolvimento afetivo, emocional, mas como recursos cognitivos para entendermos consciente ou inconscientemente o outro e para nos colocarem seu lugar. Assim, demonstrando claramente sua posição diferenciada da empatia romântica e relacional de Ferenczi.
Bonder olha o aeroporto formigando de movimento e o iguala à bolsa de valores, pois é um lugar de interações, de iniciativas e de trocas. Ao sair do conforto de nossa casa levamos somente a nossa bagagem real e emocional. Largamos o conhecido e estacionário para aventura e movimento.
O peregrino intui que seu poder de troca está nos seus recursos internos e do hospedeiro são recursos externos. O primeiro sai apaziguado nas suas necessidades básicas e o segundo enriquecido de relatos de esperança e de sua própria generosidade. Continente e contido saem transformados pelo vínculo estabelecido nesse proveitoso contato.
Minha mãe, 90 anos, e meu pai, 92 anos, morreram em janeiro deste ano de 2011 com diferença de três dias entre os enterros. Meu marido e eu ficamos hospedados na casa de meu irmão e de minha cunhada no Rio de Janeiro.
Os enterros foram feitos, lado a lado, no Cemitério da Congregação Judaica do Brasil, onde Nilton Bonder é rabino e líder.
Em sua sinagoga fizemos as rezas e lá meu irmão e eu, muito afastados dos rituais religiosos, fomos carinhosamente orientados. Meus familiares vindos de São Paulo e Porto Alegre, além dos amigos, tiveram uma compreensiva e bonita acolhida da comunidade. Cada serviço da manhã é seguido por um lauto desjejum, onde se conversa sobre política e amenidades ou sobre a prédica inspiradora do Nilton.
Ao final dessa longa semana lhe agradeci, comovida, seus gestos de simpatia. Ele, meio surpreso, disse que gostaria muito de ter feito algo melhor, porque estava dedicando só algumas horas de seu tempo às suas atividades profissionais, já que estava usufruindo com a família algumas férias.
Como sou kipurista, como nomeava meu pai, a minha única ida anual à sinagoga é no dia de Yom Kipur, esse período foi para mim de contato massivo com a religião. Fez-se necessário nesses meus momentos de luto e perda.
Claro que reconhecidamente, meu pai me localizava através de seus neologismos, e expressões afetuosas que avidamente eu colhia. Quando, mais tarde, agradeci essas suas qualidades para o meu desenvolvimento, ele responde com estranheza que ele não se via em tudo isso.
Já minha mãe, mais prática, me tirava das nuvens e me colocava um fio terra, também essencial para se enfrentar o cotidiano. Ela, quando a elogiei nessas situações, foi a única que se concebeu com tais possibilidades, expandindo minha fala com alguns relatos nostálgicos.
O que de comum têm esses comunicados? A impossibilidade de nós, analistas, de perceber os significados emocionais através do vértice do outro, somente em raríssimas exceções e em momentos rápidos e fugidios em que nós atentamente tentamos retê-los para nos manter em comunhão com a descoberta.
Assim, cumpre-se o nosso destino: por mais que tentemos nos colocar na sensibilizada pele do outro, é missão quase impossível, ou seja, psicanálise, profissão impossível.
Referências
Bento, Elói Alberto. (2010). Gastón Bachelard: o lado noturno do filósofo. Estudo sobre a imaginação material e o devaneio poético. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto. [ Links ]
Bion, Ruprecht Wilfred. (1973). Atenção e interpretação (pp. 46-50). Rio de Janeiro: Imago. [ Links ]
Bonder, Nilton. (1994). A arte de se salvar. Rio de Janeiro: Imago. [ Links ]
______. (1998). A alma imoral. Rio de Janeiro: Rocco. [ Links ]
______. (2001). Fronteiras da inteligência. Rio de Janeiro: Campus. [ Links ]
______. (2008). Tirando os sapatos. Rio de Janeiro: Rocco. [ Links ]
Luft, Lia. (2010). Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record. [ Links ]
Mcdougall, Joyce. (1991). Em defesa de uma certa anormalidade: teoria e clínica psicanalítica (pp. 172-182). Porto Alegre: Artes Médicas. [ Links ]
Sant'Anna, A. R. de. Affonso Romano de Sant'Anna. Disponível em: www.affonsoromano.com.br. Acesso em: 16 out. 2011. [ Links ]
Endereço para correspondência
Cléa Palatnik Pilnik
Rua Afonso Brás, 525/71
04511-011 – São Paulo – SP
tel.: 11 3842-7430 / 11 3031-2630 / 11 9986-7758
E-mail: pilnikclea@terra.com.br
Recebido: 17/10/2011
Aceito: 28/10/2011
* Psicanalista Membro Associado da SBPSP. Instituição pioneira da Área de Terapia Familiar com abordagem psicanalítica nas Faculdades: PUC-SP, Objetivo e São Marcos. Coordenou os três primeiros Encontros Nacionais de Terapia Familiar pelo Programa de Pós-Graduação da PUC-SP.