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Revista Psicologia Organizações e Trabalho
versão On-line ISSN 1984-6657
Resumo
RODRIGUES, Ana Carolina de Aguiar e BASTOS, Antonio Virgilio Bittencourt. Problemas conceituais e empíricos na pesquisa sobre comprometimento organizacional: uma análise crítica do modelo tridimensional de J. Meyer e N. Allen. Rev. Psicol., Organ. Trab. [online]. 2010, vol.10, n.2, pp.129-144. ISSN 1984-6657.
Na agenda de pesquisa sobre comprometimento organizacional (CO), predomina o modelo tridimensional de Meyer e Allen (1991) formado pelas bases afetiva, normativa e de continuação (instrumental). Esse modelo, contudo, tem sido foco das discussões sobre os principais problemas que cercam o construto: esticamento indevido do conceito, escalas com propriedades psicométricas inadequadas e inconsistências empíricas, parcialmente decorrentes da inclusão da base de continuação, que apresenta controvérsias em sua estrutura fatorial, comportamento diferenciado dos demais fatores e correlações baixas ou negativas com variáveis desejáveis. Essa base representa também o significado de "permanência por necessidade", faceta questionável do conceito de comprometimento, sob o argumento de que constitui um tipo de vínculo diferente. Buscou-se organizar e mapear as principais questões conceituais e empíricas do modelo tridimensional de Meyer e Allen (1991), a fim de apresentar o panorama necessário para uma maior compreensão do atual estado da arte e das alternativas para a agenda de pesquisa na área. Para tanto, foram articuladas investigações e discussões teóricas nacionais e internacionais sobre o comprometimento publicadas até o ano de 2009. A partir dessa análise, o estudo sugere que o modelo tridimensional seja revisado e propõe a retirada da base de continuação do conceito de comprometimento
Palavras-chave : comprometimento organizacional; comprometimento de continuação; problemas conceituais e empíricos.