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Revista EPOS
versão On-line ISSN 2178-700X
Resumo
ALMEIDA, Juliana Feliciano de; PERES, Maria Fernanda Tourinho e LIMA, Thais Fonseca. A violência no território e a construção de vínculos entre os agentes comunitários de saúde e os usuários em um serviço de atenção primária1. Rev. Epos [online]. 2016, vol.7, n.1, pp.92-109. ISSN 2178-700X.
A Estratégia Saúde da Família incorporou como elemento fundamental para a reorganização do modelo de atenção o Agente Comunitário de Saúde (ACS), que ao atuar no território contribui no processo de ampliação do olhar em saúde, trazendo à luz situações familiares e sociais complexas que perpassam o cotidiano, entre elas, a violência comunitária. Para enfrentar as novas demandas em saúde, esse profissional se utiliza de novas tecnologias, destacando-se o vínculo como uma ferramenta importante para nortear e viabilizar as ações. O estudo visou compreender as representações dos ACS sobre o território específico de atuação e a construção de vínculos com os usuários. Para cumprir com tal objetivo, realizou-se uma pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas com 12 ACS de uma unidade de saúde da família. Os ACS consideram seu território violento, marcado pela presença do tráfico de drogas, de assaltos e bailes funk. Os ACS acreditam que o vínculo é uma experiência afetiva e terapêutica, que tem como características: confidencialidade; confiança; e credibilidade. Os resultados indicam que o trabalho do ACS é mediado, sobretudo, por competências relacionais e que a violência comunitária é um fenômeno capaz de repercutir na criação de vínculos.
Palavras-chave : agentes comunitários de Saúde; vínculos; território; violência; atenção primária.