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Current Ethology
versão On-line ISSN 2594-9985
Resumo
PINTO, Anabela A. e BRIGHT, Peter. A biologia das crenças resilientes. Curr. Ethol. [online]. 2016, vol.15, n.1, pp.30-54. ISSN 2594-9985.
Há crenças que parecem ser mais resilientes a mudanças e extinção do que outras. Este artigo argumenta que algumas das crenças humanas mais fortes têm raízes biológicas profundas em nosso passado evolutivo, e que vias e estruturas nervosas que as suportam podem ser encontradas em outra espécie. Este trabalho descreve quatro critérios universais básicos nas crenças persistentes: ser intuitiva, ser previsível, ser confiável e ser utilizável (IPRU). O trabalho argumenta que o estudo de crença como uma disciplina moderna demandará considerações sobre o contexto evolutivo, através do qual emergiram vias neurais associadas à formação, manutenção e apoio à crença. Também é sugerido que o estudo da crença religiosa tem desencorajado a adoção de um contexto abrangente para a compreensão de nosso sistema de crença em toda a sua profundidade. Abordagem aqui utilizada incorpora viés cognitivo movido pela evolução assim como viés afetivo, mecanismos de fixação e expectativas de recompensa. Sugerimos que os sistemas de crença emergiram como subproduto de pressões evolutivas, ao invés de operar como um processo genuinamente adaptativo associado a vantagens evolutivas.
Palavras-chave : Intuição; Previsibilidade; Confiabilidade; Utilidade; Contexto evolutivo.