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Psicologia: teoria e prática

versão impressa ISSN 1516-3687

Psicol. teor. prat. v.11 n.1 São Paulo jun. 2009

 

EDITORIAL

 

Profa. Dra. Sueli Galego de Carvalho

I Coordenadora de Pesquisa da UPM
II Responsável pelo PIBIC/Mackenzie/CNPq

 

Os estudos que compõem o presente número foram desenvolvidos por alunos vinculados a Programas Institucionais de Iniciação Científica, e à medida que percorremos cada artigo publicado verificamos o quanto a Iniciação Científica contribui com a pesquisa científica em seu sentido formador, crítico e criador. A Iniciação Científica leva à produção de novos saberes e também capacita os alunos a acessar os avanços contínuos do conhecimento

Os 15 trabalhos aqui apresentados reiteram a relevância da atividade do “fazer pesquisa” entre os alunos do ensino de graduação em diferentes áreas do conhecimento. Dentre os artigos, pode-se notar a interessante diversidade de temas, assim como, a aplicação de diferenciados recursos metodológicos e sofisticadas análises de dados.

A faixa etária das amostras estudadas vão desde crianças de 5 anos a idosos de 71 anos, passando por pessoas de diferentes perfis biológicos, comportamentais e psicológicos, tais como: agentes comunitários de saúde e seus estereótipos sobre a dependência de álcool; técnicos de enfermagem diante de concepções de morte; adolescentes com Síndrome de Prader-Willi e com Obesidade Exógena; adolescentes com sobrepeso e obesidade com Sídrome de Down; adolescentes com comportamento anti-social; pacientes com transtornos depressivos; pacientes inassertivos com Dispepsia Funcional; professores de vários níveis de ensino e suas habilidades sociais; e o envelhecimento saudável de idosos que praticam exercícios físicos e mentais.

Tem-se, ainda: o estudo que aborda a análise das ações de promoção à saúde realizadas na cidade de Vitória; o trabalho que investigou como as crianças em suas brincadeiras se apropriam dos espaços públicos na cidade de Salvador; a pesquisa que verificou a relação entre o desfecho terapêutico e os “momentos transferência” ao longo de uma psicoterapia breve; a investigação sobre a evocação de termos mentais em pré-escolares; a análise do efeito do tamanho das classes sobre a formação e a manutenção das relações equivalentes com alunos do ensino fundamental e, finalmente, o estudo sobre a proposta de implantação de novas práticas de saúde mental.

Importante salientar que embora a Iniciação Científica esteja voltada ao aluno de graduação, não se pode deixar de ressaltar o imprescindível papel do professor-orientador que continuamente conduz o aluno em um ambiente instigador de reflexão, de aprendizagem e de elaboração de soluções aos questionamentos iniciais do estudo. É o orientador que encaminha seu orientando a assumir sua autonomia de aluno-pesquisador, preparando-o para vivenciar novas etapas acadêmicas.

Finalizando, parabenizo a Profª. Drª. Maria Cristina Trigueiro Veloz Teixeira, Editora Acadêmica deste Periódico, por sua articulada iniciativa em gerar este número especial, voltado aos trabalhos de Iniciação Científica, contribuindo com o despertar e o incentivo dos primeiros passos-científicos de futuros profissionais de excelência acadêmica e científica.

Desejo a todos leitores uma curiosa e agradável leitura.