Serviços Personalizados
Journal
artigo
Indicadores
Compartilhar
Reverso
versão impressa ISSN 0102-7395
Reverso v.28 n.53 Belo Horizonte set. 2006
CLÍNICA PSICANALÍTICA
Errar é humano portanto é preciso escrever
To make a mistake is only human therefore it is necessary to write
Maria Lúcia Salvo CoimbraI
Círculo Psicanalítico de Minas Gerais
RESUMO
O trabalho discorre sobre alguns aspectos da articulação e separação entre a escrita em psicanálise e em literatura. Interroga sobre por que escrever, o que é um autor, um leitor, o que é o retorno a Freud lacaniano. Analisa o enodamento estilo, formação, transmissão e real, concluindo: o singular de uma escrita psicanalítica é seu sentido real.
Palavras-chave: Estilo, Formação, Transmissão, Real, Escrita, Retorno a...
ABSTRACT
In this article, the author discusses several aspects that articulate and separate what goes on in psychoanalytical writing and literary writing. She proposes the following questions: Why write? What is an author? What is a reader? What is the return to a Lacanian Freud? The author analyzes the knotting style, formation, transmission and the real, concluding that: what is singular to psychoanalytical writing is its real sense.
Keywords: Style, Formation, Transmission, Real, Writing, Return to Freud...
"É a questão mais difícil que existe. Ela é tão difícil que respondo sempre com uma mentira. É uma questão bizarra para mim: é como se perguntassem a um peixe vermelho ‘por que você nada?' Eu escrevo porque sou escritor. Eu poderia dizer ‘para ganhar dinheiro', mas há outras razões em que eu poderia ganhar dinheiro mais facilmente. A questão é, então, ‘por que escolhi um trabalho tão duro?' Eu não sei. Quando escrevo, estou diante de uma catástrofe, tenho sempre a impressão de ser um diletante, de não saber escrever, de não saber alemão, de não ter nenhuma imaginação, de estar diante do nada. Mas é uma paixão".1
"O estilo é o próprio homem"2
Procurar a articulação, estabelecer a diferença entre as escritas psicanalítica e literária implica em decisão3 – palavra cuja etimologia orienta para o necessário corte entre várias indagações possíveis.
Pode-se interrogar os próprios escritores. Por que escrevem? Suas respostas nos chegam através de entrevistas, diários, poesias e outros meios como as coletadas no livro Por que escrevo? Variam desde "para ganhar dinheiro", simplesmente, passando por "... escrevo... porque não há razão, não há porquê" ou por uma forma de protesto, até a que escolhemos como epígrafe. E ainda para sustentar uma causa política como diz Cortázar, em O fascínio das palavras.4 As Confissões de Rousseau revelam seu tormento ao trabalhar. Dividido entre a avassaladora invasão de idéias e a difícil tarefa de organizá-las no papel. Manuscritos rasurados, confusos, indecifráveis são testemunho disto.
Qualquer que seja a resposta, sabemos que um autor, como todo mundo, sempre diz a mais ou a menos pois não temos a conta certa para falar, nem para escrever. Erramos...
Porém, existem autores que se diferenciam como inauguradores de uma discursividade. A expressão é de Foucault e com ele pode-se colocar uma segunda questão: "O que é um autor?", título de sua conferência em 22 de fevereiro de 1969. Nesta refere-se a um tipo especial da função "autor"5 – os fundadores, inau-guradores, de uma discursividade –, no qual o retorno ao texto e o nome próprio são fundamentais. Contudo este retorno transforma o texto, cria diferenças ao se apropriar dele. Volta-se ao que o texto não diz, seus vazios, seus intervalos tornando possível a emergência de algo novo.
Lacan, em seu seminário "De um Outro ao outro", afirma que se sentiu convocado para essa conferência ao ler em sua apresentação o termo "retorno a..." Transcrevo o trecho: o que é o fundador de uma disciplina?, o que pode significar o "retorno a..." como momento decisivo na transformação de um campo discursivo?6 Lacan – tanto no seu seminário já citado quanto em sua intervenção no debate que se seguiu à conferência – considera relevante, válida a análise de Foucault. Seguindo Lacan, convocada também, enveredo por uma terceira questão, o que é um leitor? Pois não é verdade que a mensagem vem do Outro, de forma invertida? Reduzindo esta indagação: o que é o retorno a Freud, proposto por Lacan? Qual a sua leitura? Lacan nos fornece pistas em seus vários seminários. Diz não ser agarrado, apreendido senão através de seus segredinhos.7 Por outro lado, inquieta-se, aterroriza-se mesmo por sentir-se responsável em abrir as comportas, através de seu ensino, de alguma coisa sobre a qual poderia ter silenciado.8 Ao falar e escrever sobre inconsciente, desejo, gozo e tantas outras coisas é responsável mesmo que não saiba qual o destino que terão suas idéias lidas, ouvidas.
Assim, interrogar sobre o autor enlaça-se com a questão sobre o leitor. Freud autor; Lacan autor-leitor de Freud; nós leitores de Lacan e Freud e também, se me permitem a ousadia, autores em certo sentido, pois eles nos ensinam que o trabalho da psicanálise envolve tanto um deciframento – o inconsciente é estruturado como uma linguagem – quanto um ciframento de gozo. Por isto, qualquer leitura envolve deciframento – temos que apreender, agarrar os segredinhos espalhados pelo texto – e envolve ciframento – os segredinhos que escolhemos, o trilhamento feito nos implica como sujeitos e assinala a marca de cada um. Só recebemos de fato uma herança quando a conquistamos...
"Aquilo que herdastes de teus pais, conquista-o para possuí-lo. O que não se usa, é uma carga pesada, somente aquilo que o instante cria pode servir!"9 Pode-se dizer que isto é transmissão em psicanálise? Quando o desejo de alguém se enlaça ao do Outro, escrevendo em um contorno singular as marcações para o real?
Contudo, não podemos ignorar que herdamos textos freudianos, lacanianos, neles fazemos nossas escolhas. Heresias?
Considerando que a leitura é subjetiva e que um texto está aberto a múltiplos sentidos, mas não todos, não podemos ignorar também que a tradução ou leitura pode se organizar como traição. Qual a boa medida ou a justa separação entre autor e leitor que afasta o mimetismo ou a traição e ao mesmo tempo preserva a marca do leitor? Como podemos ser lacanianos? Questão que, como sabemos, faz eco ao texto de Montesquieu "Como se pode ser persa?" Estrangeiros, como o ensino de Lacan ressoa em nós? Como saber de quais vestimentas precisamos nos livrar para penetrar em seus textos? Talvez para quase trinta anos de ensino, o trabalho de decifrar e cifrar tenha que ter uma boa lentidão... para que o ato, no princípio, se esclareça em parte. Como o ato fundador de Lacan se articula ao ato que nos autoriza analistas tanto em nossa experiência de análise quanto em nossa prática? Talvez, fora do contexto sociocultural francês, longe da captura imaginária que acompanhou o homem Lacan, possamos ler seus textos da boa forma – apenas como forasteiros, que sempre seremos, habitando um espaço, uma dimensão10 que não nos pertence: a língua.
Retornando à questão o que é um autor, de acordo com Foucault, existem alguns "fundadores de discursividade" – Freud, Marx e, acrescento, Lacan – porque abrem "o espaço para outra coisa diferente deles e que, no entanto, pertence ao que eles fundaram."11 Hipótese que nos coloca duas direções.
Em primeiro lugar, ler Freud ou Lacan implica isolar determinadas proposições ou enunciados que têm o peso do ato fundador. Nesse sentido podemos compreender a frase de Lacan, repetindo Picasso, "Eu não procuro, acho", pois ele inventa, ou seja – de novo recorro à etimologia –, encontra o que já estava lá e fora esquecido. Extraiu do texto freudiano o objeto "a", o real, o imaginário e o simbólico e lhes deu esses nomes. Ao fazer isto – ao mesmo tempo em que se apropria da Lingüística, cujos conceitos muitas vezes subverteu, e da Matemática, Lógica e Topologia, abrindo para estas ciências, também, novas possibilidades –, Lacan operou uma construção que transformou o rumo da psicanálise, sem abandonar o campo freudiano. Estabeleceu o discurso psicanalítico, cuja eficácia é no real.12 Fundador de uma discursividade, sua nominação foi ato criador de novos sentidos, inaugurador de novas direções.
Insisto na questão: Como podemos ser lacanianos? Certamente não é supor que devemos ser uma encarnação de Lacan, da mesma forma que este não é a encarnação de Freud. Pode-se "ouvir" o que Lacan nos diz através de seus seminários... piratas! "O que eu tento fazer é restituir aos termos freudianos sua função. Do que se trata nestes termos é de uma perturbação dos próprios princípios de questionamento. Dito de outra forma, o que não quer dizer: dizer a mesma coisa – dito de outra forma, o que aí está penhorado é a exigência mínima de passagem a este questionamento renovado. A exigência mínima é esta: Trata-se de fazer psicanalistas".13 Podemos "ouvir" que o compromisso de Lacan com a formação de analistas o levou a questionar a função dos termos freudianos?
Para trabalhar esta questão, vou relacioná-la ao enunciado de Lacan "O estilo é o próprio homem" que, aliás, foi primeiro colocado por Buffon em seu celébre "Discurso sobre o estilo", pronunciado na Academia Francesa, em 1753.
No Século das Luzes, a crença serena no valor da razão se enlaça graciosamente com o verdadeiro e o belo, por certo ao lado de outras correntes que vão abalar este ideal. Porém, predominam as normas clássicas de concisão e exatidão. Escrever bem é ao mesmo tempo bem pensar, bem sentir. É possuir sensibilidade refinada e bom gosto, previamente definidos. Nesse século, Lacan pinça esta frase: "O estilo é o próprio homem"; contudo, a escreve em um contexto diferente e muda sua leitura. "Qualquer retorno a Freud que dê ensejo a um ensino digno desse nome só se produzirá pela via mediante a qual a verdade mais oculta manifesta-se nas revoluções da cultura. Essa via é a única formação que podemos pretender transmitir àqueles que nos seguem. Ela se chama: um estilo".14 Parágrafo que se esclarece com o texto "A situação da psicanálise e formação do psicanalista em 1956". "... não há forma de estilo, por mais elaborada que seja, em que o inconsciente não abunde, sem excetuar as eruditas, as concettistas e as preciosas..."15 Poderíamos ler assim: a via, ou seja, a formação/transmissão da psicanálise é o estilo, isto é, segue a lei da estrutura do inconsciente?
O retorno a Freud lacaniano reconhece que a constituição do sujeito depende do significante e reconhece que algo lhe escapa – o objeto "a" (causa de desejo e condensador de gozo), mas tem função no discurso. Não sabemos a conta certa para falar, escrever, porque o inconsciente que nos comanda é um saber que não se sabe, o sujeito é seu efeito e a verdade surge apenas nas entrelinhas. Desmoronam-se os ideais clássicos de precisão e rigor. O que diria Buffon de um texto como este?
De dentro da mala, ele tira nossa propriedade mais secreta e sagrada – a baioneta com a qual o pai dele matou cinco alemães. Esta simples descrição, no entanto, não faz justiça à complexidade metafísica do objeto que Keith está segurando. É e não é ao mesmo tempo a baioneta secreta, assim como o vinho e a água são e não são o corpo e o sangue de um ser que é e não é um deus. Em sua natureza física é uma faca comprida e reta de trinchar, que encontramos como tantas coisas mais nas ruínas da casa da srta. Durrant. Falta o cabo de osso, e Keith afiou a lâmina na pedra de amolar da bancada do pai, de modo que é afiadíssima dos dois lados e tem uma ponta como a de um florete. Em sua natureza interior, no entanto, possui a identidade da baioneta que vai com o pai para o Serviço Secreto nos fins de semana, com todos os seus atributos sagrados.16
A narrativa de um adulto, descrevendo uma faca de sua infância: descrição atravessada por suas fantasias, um esforço para lidar com o horror da guerra. A via de precisão e rigor clássicos é desestabilizada pela lógica... do real.
Lacan de novo subverte a clássica frase ao reescrevê-la O estilo é o próprio homem (...) o homem a quem nos endereçamos?17 Porém, este homem a quem nos endereçamos... é um fantasma! O fantasma do grande homem deve ser atravessado, precisa cair para que neste vazio a causa de desejo suporte o sujeito entre verdade e saber. Se isto acontece, o objeto poderia comandar um estilo, ou melhor, o estilo seria o objeto... Mas, não de qualquer jeito. Neste vazio cavado porque o Outro falta, temos a possibilidade de escrita, como a psicanálise a entende, ou seja, circunscrevendo este buraco com a letra, a cifra, a escrita do fantasma, ou como Lacan elaborou em seus últimos seminários, com a boa amarração: a escrita do nó borromeo. Neste sentido, seríamos todos possíveis autores, já que a falha humana é estrutural e portanto precisa-se de um trabalho de escrita, para promover uma certa estabilização.
O estilo de cada um, inclusive de um psicanalista qualquer, é a marca da escrita que contorna uma perda, e por sua vez essa escrita permite que alguém se sustente na posição de psicanalista em sua prática, sem garantias ideais. "Trata-se do fazer psicanalistas". Não podemos esquecer a etimologia, não é? O estilo esgravata, entalha a marca que cada analista porta.
Se por um lado o discurso psicanalítico permitiu a análise do "fantasma do grande homem", por outro, este não cessa de nos rondar. Porém, enredar-se nele, mesmo que seja Freud grande homem... Lacan grande homem... seja-o-que-for "grande", encobre aquilo que o próprio discurso psicanalítico sustenta: há um furo na estrutura de qualquer linguagem ou discurso. Furo que ao ser nomeado – recalque originário, objeto "a" causa de desejo, objeto "a" mais-de-gozar, S (A(barrado)), morte (buraco do simbólico), vida (buraco do real), corpo (buraco do imaginário) e outros – produz efeitos que transformam a prática psicanalítica. Ou seja, esses nomes designam diferentes construções teóricas possíveis, indicando que a via da psicanálise passa pelo equívoco, uma escrita do real.
Concluindo, não é a via da ciência, nem da literatura porque espera-se que a prática psicanalítica opere uma transformação do sujeito, ao modificar sua posição em relação ao saber, à verdade e ao gozo. Errando pela via da psicanálise o sujeito sempre se erra ao amarrar o real que anda à deriva... Como dissemos, o retorno a Freud "... só se produzirá pela via mediante a qual a verdade mais oculta manifesta-se..." Essa via – chamada um estilo – "é a única formação que podemos pretender transmitir àqueles que nos seguem" porque é talhada com as ferramentas do inconsciente, da lógica do real.
Escritores de romances, contos, poesias estão liberados desse compromisso. A literatura pode se manter em um sentido imaginário ou simbólico, encobrindo a dimensão do real, a escrita constituindo vestimenta para o furo da linguagem. Embora existam escritores para os quais a linguagem é uma questão e toquem o ponto de falta, o limite da palavra. Para eles o equívoco e o non sens testemunham a falha, o fracasso, a aflição ou mesmo devastação no embaraçoso encontro impossível com o real. Mesmo eles, se separam do discurso psicanalítico que sustenta uma escrita singular: não busca acrescentar significações, e constitui um esforço para abrir passagem ao pulsional inventando uma forma para escrevê-lo.
Bibliografia
COIMBRA, Maria Lúcia Salvo. Ato analítico, p. 60-62. Grîphos-psicanálise, n. 20, out. 2003. Belo Horizonte: O Lutador, 2003. Publ. do Instituto de Estudos Psicanalíticos – IEPSI. [ Links ]
CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Verbete: Decisão, p. 241. [ Links ]
DURRENMATT, Friedrich. Por que escrevo? (Org. José Domingos de Brito). São Paulo: Escrituras, 1997. (Mistérios da criação literária, v. 1). [ Links ]
FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Org. Manoel Barros da Motta. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. [ Links ]
FRAYN, Michael. Espiões. Trad. Nina Horta. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. [ Links ]
GOETHE. Théatre complet. Trad. Gérard de Nerval. Paris: Gallimard, 1964.
LACAN, Jacques. ... ou pire. Lição de 8 de março de 1972. Séminaire 1971-72. Inédito. [ Links ]
LACAN, Jacques. Le séminaire – Livre XXIV: L'insu que sait de l'une bévue s'aile à mourre. Lição de 11 de janeiro de 1977. Inédito. [ Links ]
LACAN, Jacques. Séminaire du 17 fevrier 1971. Inédito. [ Links ]
LACAN, Jacques. Séminaire XVI: D'un Autre à l'autre – 1968-1969. Lição de 8 de janeiro de 1969. Inédito. [ Links ]
LACAN, Jacques. A psicanálise e seu ensino, p. 438-460. In Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. [ Links ]
LACAN, Jacques. Situação da psicanálise e formação do psicanalista, p. 461-490. In Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. [ Links ]
LACAN, Jacques. Abertura desta coletânea, 9-11. In Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. [ Links ]
PREGO, Omar. O fascínio das palavras: entrevistas com Júlio Cortázar. Trad. de Eric Nepomuceno. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. [ Links ]
Endereço para correspondência
Rua Levindo Lopes, 333/505 - Savassi
30140-911 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3281-0715
Recebido em 30/05/2006
Aprovado em 03/07/2007
I Psicanalista. Sócio do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais – CPMG
1 Durrenmatt, Friedrich. Por que escrevo?, p. 45
2 Lacan, J. Abertura desta coletânea. Escritos, p.9
3 Decisão, de decaedere, de caedere, cortar
4 Prego, Omar. O fascínio das palavras: entrevistas com Júlio Cortázar, 1991.
5 A função "autor" é exercida no lugar vazio que o apagamento do nome do autor estabelece.
6 Foucault, M. Estética: literatura e pintura, música e cinema, p. 265.
7 Lacan, J. ... ou pire, lição de 8 de março de 1972, p. 66.
8 Lacan, J. L'insu que sait de l'une-bévue s'aile à mourre, lição de 11 de janeiro de 1977, p. 9.
9 Goethe. Théatre complet. Trad. Gérrard de Nerval, Paris: Gallimard, 1964, p. 971 (Tradução da autora).
10 Referência ao equívoco dimension; dit-mension, dit-mansion.
11 Foucault, M. Estética: literatura e pintura, música e cinema, p. 281.
12 Coimbra, M. L. Ato analítico. Grîphos, psicanálise, n. 20, out. 2003, p. 60-62.
13 Lacan, J. D'un Autre à l'autre, lição de 8 de janeiro de 1969, p. 90 (tradução e grifo da autora).
14 Lacan, J. A psicanálise e seu ensino. Escritos, p. 460 (grifos da autora).
15 Lacan, J. Situação da psicanálise e formação do psicanalista em 1956. Escritos, p. 469 (grifos da autora).
16 Frayn, M. Espiões, p. 60.
17 Lacan, J. Abertura desta coletânia. Escritos, p. 9.