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Junguiana
versão On-line ISSN 2595-1297
Resumo
ALVARENGA, Maria Zelia de. Depressão: a dor da alma de quem perdeu-se de si mesmo. Junguiana [online]. 2022, vol.40, n.2, pp.183-192. ISSN 2595-1297.
A depressão, no sentido simbólico, é a melhor expressão da dor da alma que se perdeu de sua própria natureza. Depressão como um estado de aprisionamento. Os seres vivos estão sempre em transformações físicas, psíquicas, socioculturais e noéticas. Quando as transformações não encontram espaço para se expressar, surge o sofrimento. A solução seria romper e, quando não se consegue, a depressão surge. A busca da possibilidade de refazer a ligação com o outro poderá ser feita por um processo via logos espiritualizado. O mito de Orfeu é usado para explicitar a perda da coniunctio com a anima e a segunda busca de si mesmo pelo caminho da Sabedoria Profunda. Essa busca pode ser traduzida também pelas questões kantianas: Quem sou eu? Por que estou aqui? Qual o sentido da minha vida? Qual é minha responsabilidade diante de tudo que me cerca? A conclusão sobre o texto define a condição do entender que o se perder de si mesmo, fundamento da depressão, encontra respostas, num segundo momento da vida, pelo conhecimento, via logos espiritualizado e veiculado pela Sabedoria Profunda. ■
Palavras-chave : depressão; dor da alma; alma como demanda para trair o estabelecido; perder-se de si mesmo; mito de Orfeu; logos espiritualizado e Sabedoria Profunda; as quatro questões kantianas.