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Revista Psicopedagogia

versão impressa ISSN 0103-8486

Rev. psicopedag. vol.40 no.122 São Paulo maio/ago. 2023  Epub 24-Jun-2024

https://doi.org/10.51207/2179-4057.20230025 

RELATO DE PESQUISA

Arte e Psicologia: A colagem como instrumento de trabalho do psicólogo

Art and Psychology: Collage as a working tool for the psychologist

Tatiana de Camargo1 

Rayanne Veridiana Nunes da Silva2 

Rebecca Moura de Almeida Ferreira Carvalho3 

Vera Lúcia Trevisan de Souza4 

1Pedagoga; Mestre em Psicologia como Ciência e Profissão - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil.

2Psicóloga; Mestre em Psicologia - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil.

3Psicóloga; Mestranda em Psicologia - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil.

4Professora do programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil.


Resumo

O presente artigo, de natureza teórica, destaca o potencial da colagem como instrumento de trabalho do psicólogo a ser explorada em diversos espaços, ampliando a reflexão sobre os significados e sentidos dos sujeitos envolvidos na atividade. Vygotsky, em Psicologia da Arte, defende a arte como uma linguagem potente, uma forma de acessar os afetos e expressar as emoções. Assumindo essa perspectiva, o artigo busca refletir sobre a possibilidade do uso da colagem como uma técnica de expressão artística que promove no sujeito potencialidades para fazer viver suas emoções e propiciar sua compreensão e elaboração, favorecendo as ressignificações.

Unitermos Psicologia Histórico-Cultural; Colagem; Psicologia da Arte

Summary

This article, theoretical in nature, highlights the potential of collage as a working tool for psychologists to be explored in various spaces, expanding the reflection on the meanings and senses of the subjects involved in the activity. Vygotsky, in Psychology of Art, defends art as a powerful language, a way to access affections and express emotions. Assuming this perspective, the article seeks to reflect on the possibility of using collage as a technique of artistic expression that promotes in the subject potentialities to make his emotions, and to propitiate their understanding and elaboration, favoring re-significations.

Keywords Historical-Cultural Psychology; Collage; Psychology of Art

Introdução

A proposta de discussão deste artigo é a relação da colagem com a imaginação e a criatividade na perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Histórico-Cultural. Pretende-se refletir sobre a técnica artística como possibilidade não só de construir e reconstruir imagens, com figuras e elementos reais, mas também como forma significativa nas relações, focalizando o desenvolvimento humano.

Vygotsky (1925/2001) apresenta a Psicologia da Arte, em sua tese de doutorado, como uma ferramenta para acessar os afetos. Pode ser compreendida por dois segmentos: o da estética, envolvendo a forma e o conteúdo, e o da semiótica, aproximando-se dos significados. Pensando nessa possibilidade de acesso aos afetos, a colagem é proposta nesse artigo como uma ferramenta artística de acesso aos significados dos sujeitos.

O relato de pesquisa teórico apresenta inicialmente fundamentos da colagem como técnica e expressão artística. Posteriormente, nossa discussão interligará a técnica da colagem como ferramenta capaz de auxiliar a imaginação e a criatividade utilizando os fundamentos da psicologia-histórico-cultural, em especial Vygotsky, para interligar nossos resultados. O artigo termina com uma síntese sobre essa materialidade no trabalho do psicólogo buscando fomentar uma discussão sobre novas ferramentas possíveis na área.

Colagem: A interação e as narrativas das imagens

A colagem é uma técnica antiga utilizada pelo homem desde os tempos mais remotos. Sua existência remonta ao aparecimento do papel, como uma maneira de expressão artística tanto no Oriente como no Ocidente. Entretanto, é durante o cubismo que a colagem, como expressão artística, passa a ser reconhecida e disseminada. O movimento artístico do Cubismo data do período entre os anos de 1907 e 1914, sendo dividido em dois momentos: o analítico e o sintético. No primeiro, analítico, eram usadas cores escuras de difícil identificação e, no segundo, de caráter mais exploratório, várias formas e elementos passaram a ser utilizados para produzir a obra, dentre eles, a colagem, que se utilizava de letras de jornais, areia, tecidos, figuras etc. Dois pintores precursores desse movimento artístico foram Georges Braque e Pablo Picasso (Fonseca, 2009; Porto & Kreisch, 2016).

A colagem é considerada como uma das descobertas mais relevantes da arte moderna e como elemento central do cubismo (Martins, 2007). Com esta técnica, a partir de fragmentação e justaposição de materiais é possível obter arranjos distintos sobre a tela e, desta forma, novos horizontes surgem para a arte moderna.

Com esse novo modo de pensar, a colagem permitiu movimentos originais entre a alta cultura e o popular. Ao invés de criar inéditas imagens em uma tela em branco, o artista passa a manusear imagens pré-existentes. Em meados da década de 1950 a colagem volta a ter um papel decisivo, quando Rauschenberg a utiliza como uma maneira de se opor ao expressionismo abstrato, com suas obras não expressivas. Ele retoma a figuração a partir da fotografia e procura romper o mito romântico do artista expressionista. A colagem permite a inclusão de “pedaços de mundos” na própria obra (Giannotti, 2020, p. 26).

Passando para outros movimentos artísticos como o dadaísmo e o surrealismo, a colagem vai se incorporando e tomando outros elementos. Durante a I Guerra Mundial é que o movimento Dadá se instaura, fazendo uma crítica à forma estética da arte. A proposta era fazer um rompimento para libertar-se das exigências artísticas e ir em busca de novas técnicas. A colagem é usada na expressão de slogans, ditos populares etc., e busca-se focar na forma para a expressão de insatisfação e crítica ao cenário político.

No surrealismo, como “seus propósitos partem não exatamente da negação da realidade, tal como ela se apresenta, mas como sendo esta realidade apenas uma das possibilidades do visível; a imaginação, o sonho, o delírio, criam realidades também legítimas.” (Fonseca, 2009, p. 58). É no surrealismo que a colagem se torna reconhecida como uma nova linguagem possível, por meio das novas relações de imagens que já existem. Usar as imagens existentes e recombiná-las para construir uma outra realidade é o que caracteriza a arte surrealista (Fonseca, 2009).

Tomando um nome diferente e específico, a collage faz uso do corte das imagens que facilita olhar para elas. Para Martins (2007), a colagem atua com a combinação de elementos táteis e visíveis que encontra, e agrupa fragmentos de vários materiais, que estão ao alcance das mãos.

A colagem é diferente da aglomeração de materiais, ela possibilita uma passagem para uma nova linguagem com o uso dos significados das imagens, é o momento em que novos fragmentos se encontram, fazendo uma composição; tal linguagem que possibilita diálogo com outras expressões artísticas. Essa linguagem artística diversificada surgiu com as mudanças das vanguardas modernistas e segue desenvolvendo até os dias atuais, com o ritmo acelerado da vida cotidiana, a fragmentação das informações. E atualmente o meio digital também é um espaço em que a colagem é possível, na música e nas artes cênicas (Fonseca, 2009).

Para Manguel (2001), as imagens, assim como as histórias, nos informam e formam nosso mundo através dos símbolos e mensagens. Essas representações são a matéria do que somos feitos. Na colagem as imagens são o ponto central da técnica, já que é a partir das infinitas possibilidades de criação que ela pode acontecer.

Na colagem não existe um fim, é possível sempre montar e remontar a ordem, a quantidade, as cores, etc. da junção das imagens, dando, a essa técnica, grandes possibilidades de criação. O uso da imaginação na elaboração de uma colagem utiliza-se de elementos reais para se reorganizarem e formarem uma combinação de outros elementos também reais. “A colagem evidencia um potencial de transformação da realidade” (Martins, 2007).

Assim, a história da colagem nos propõe a pensar como as imagens, em suas infinitas possibilidades, percorreram a história da arte buscando uma nova linguagem de (re)expressão e (re)significação.

A seguir, buscaremos discorrer sobre esse percurso junto ao desenvolvimento humano através dos fundamentos da imaginação e criatividade da perspectiva histórico-cultural.

Imaginação e criatividade no processo de colagem

A imaginação e a criatividade dentro da perspectiva de Vygotsky (1930/2014) são compreendidas como funções psicológicas superiores que estão presentes no curso do desenvolvimento humano e estão diretamente ligadas às experiências dos sujeitos. Assim sendo, quanto mais experiências no mundo e nas relações que os sujeitos possuem, maior é a capacidade imaginativa. A criatividade é a criação, elaborar algo que sempre faz parte de outras referências observadas e vivenciadas.

(...) a imaginação como fundamento de toda a atividade criadora manifesta-se igualmente em todos os aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, científica e tecnológica. Nesse sentido, absolutamente tudo o que nos rodeia e que foi criado pela mão do homem, todo o universo cultural, ao contrário do universo natural, é produto da imaginação e criação humanas (...) Todos os objetos do nosso cotidiano, incluindo os mais simples e habituais, são, por assim dizer, imaginação cristalizada. (Vygotsky, 1930/2014, p. 4)

Vygotsky (1925/2001), em seu trabalho Psicologia da Arte, postula que a imaginação assume papel fundamental para o desenvolvimento do sujeito, com sua mediação conscientizadora e ressignificação da realidade, colabora com a imaginação e processos criadores que auxiliam no desenvolvimento do sujeito. Souza et al. (2018) pontuam como a arte possibilita um lugar de estranhamento que sente, investiga e configura novos sentidos. E, a partir desse lugar de estranhamento, a imaginação “é mobilizada para que novas compreensões sejam possíveis, no âmbito da emoção, do sentido e da significação, e do percebido/compreendido.” (Souza et al., 2018, p. 380).

A arte proporciona a saída da vida cotidiana, do espaço que o humano-genérico habita na vida vivida. Ao acessar a arte como uma dimensão estética, em sua forma e conteúdo, os sujeitos passam a olhar para aquilo que não está no alcance de seu olhar à primeira vista. Esse olhar possibilita mudar os ângulos e perspectivas para os elementos reais sob a ótica do artista e da obra, favorecendo o diálogo através do compartilhamento das emoções, pensamentos e ações que acontecem por via da apreciação artística.

As expressões artísticas contribuem para atribuição de significados (ordem do privado) e sentidos (âmbito do público). A arte como mediação promove reflexão e significados para quem as aprecia, e os sentidos que os elementos da arte despertam estão relacionados com as experiências e histórias de cada sujeito (Souza, 2016).

Essa dimensão humana e humanizadora que a arte contém toca os sujeitos de modo singular, favorecendo a expressão de suas emoções e sua elaboração em sentimentos, promovendo a reflexão e a configuração de novos significados e sentidos sobre o tema que expressa, constituindo-se, assim, como própria significação (Souza et al., 2014, p. 33).

Assim, compreendemos a possibilidade que a arte possui de dar um novo sentido e significado aos sujeitos. Propomos o uso da técnica da colagem nesse processo de ressignificação devido à capacidade de criação dos sentidos e significados que as imagens possibilitam. As imagens, que nunca são as mesmas, são atribuídas tanto por quem realiza a colagem quanto para quem as aprecia.

Petroni e Pissolatti (2016) postulam que as materialidades, como as imagens, provocam no sujeito vivências estéticas que permitem avançar em seu desenvolvimento. Vygotsky (1925/2001; 1926/2003) explica a vivência estética como elementos que possuem reação comum tais como; excitação, elaboração e resposta. É o que está implícito na obra, aquilo que não vemos que nos toca, o sensível, os alcances que a obra irá exercer em cada um é que fazem diferenciar de uma reação comum, a imaginação e a criação são importantes nesse processo por possibilitar a interpretação que daremos a obra.

A obra de arte, no caso das imagens, cria possibilidade para a imaginação, para a criação e, quando há reflexão, abre espaço para ampliação de consciência. Não é possível dizer por que uma música, uma pintura, nos chama mais atenção do que outra, não conseguir acessar a base desse processo, do que fundamenta (Vygotsky, 1925/2001).

Para as autoras Petroni e Pissolatti (2016), a percepção é uma das funções psicológicas superiores que é mobilizada em primeiro lugar. A maneira como percebemos e vivenciamos algo pode ou não sofrer influências de nossas ações, desta forma, são os afetos que possibilitam o acesso ao sujeito por meio da obra de arte, e a percepção, tendo em sua base o afetivo, possibilita o sujeito se identificar ou não com a obra de arte.

Nossas imagens mais antigas são simples linhas e cores borradas. Antes das figuras de antílopes e de mamutes, de homens a correr e de mulheres férteis, riscamos traços ou estampamos a palma das mãos nas paredes de nossas cavernas para assinalar nossa presença, para preencher um espaço vazio, para comunicar uma memória ou um aviso, para sermos humanos pela primeira vez. (Manguel, 2001, p. 30)

A arte faz parte do nosso cotidiano, está presente e passamos por ela. Seja assistindo a um documentário, filme, peça de teatro, ouvindo música, lendo poema etc.

Considerações

A colagem pode ser usada como uma técnica dentro das produções artísticas. Historicamente, ela foi usada como tal, nos movimentos artísticos cubismo e surrealismo. Atualmente, ela manifesta-se como uma fonte de produções em que os sujeitos, que fazem uso dessa técnica, podem através das infinitas possibilidades produzir e compreender seu próprio processo de colagem. Desenhar, escrever um poema e declamar o poema, encenar uma cena teatral, todas essas também são técnicas de produção de uma materialidade artística que colocam os sujeitos como protagonistas e como produtores de arte, sem precisar usarem técnicas elaboradas ou regradas. Possibilitando produzir livremente aquela obra, que ele produziu, contando os sentidos em sua história de vida e suas relações.

Assim como a colagem que conta uma história, a arte é importante porque toca no sensível e afeta o sujeito causando um movimento que vai em direção a uma ação. Quando se aprecia uma obra artística de colagem, ela também afeta, porque a colagem também é uma obra artística que possibilita essa transformação.

A imagem é um ponto central para a colagem, ela quer nos dizer algo, quando utilizamos recursos como fotografia de imagens, palavras e símbolos, elementos da arte para expressar ideias, sentimentos, emoções. Ela faz um efeito porque tem uma imagem que expressa algo daquele que a produziu. Ela é uma possibilidade de não ficar preso a algo estático, como o desenho. É mais acessível, os recursos usados para a colagem são simples, uma tesoura, cola e uma revista ou jornal já são suficientes para produzir alguma colagem. Um desenho, seja de qual for a natureza, requer algumas técnicas que se não forem aplicadas podem frustrar o autor da obra, a colagem já não encontra essas limitações.

O uso da colagem como materialidade artística e ferramenta no trabalho do psicólogo possibilita, junto com a imaginação, a ampliação da consciência. Para além do uso de imagens físicas, quando pensamos nas possibilidades de “colar” e “recolar” os momentos, interações e experiências de nossa vida cotidiana, ampliamos o uso da arte em nossas vidas. A possibilidade que a arte proporciona de elaborar nossos significados e sentidos é entrelaçada ao pensarmos nas temáticas que nos atravessam e nos ressignificam.

Com isso, podemos constatar como a colagem é uma técnica poderosa para a Psicologia como um todo, podendo ser utilizada não só em espaços onde a arte está presente, mas também em espaços de reflexão e discussão sobre significados, sentido, afetos e emoção. E em todos os espaços onde a Psicologia está presente como na clínica, nas escolas, em espaços corporativos, entre outros.

Referências

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Trabalho realizado na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil.

Recebido: 24 de Março de 2023; Aceito: 22 de Junho de 2023

Correspondência: Tatiana de Camargo Rua: Eudoro Lemos de Oliveira, 138 – Santana – São Paulo, SP, Brasil – CEP 02022-030 E-mail: tatianadecamargo@gmail.com

Conflito de interesses: As autoras declaram não haver.

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