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Revista Brasileira de Psicanálise
versão impressa ISSN 0486-641X
Resumo
MORETZSOHN, Maria Angela G.. Do alienista aos modernistas e psicanalistas. Rev. bras. psicanál [online]. 2018, vol.52, n.1, pp.160-177. ISSN 0486-641X.
Este trabalho procura examinar as transformações vividas pelo Brasil desde o fim gradativo do trabalho escravo e o início da imigração, passando pelas questões referentes à saúde e pela Primeira Guerra Mundial. Na esfera da vida intelectual, existia uma insatisfação com o que era produzido e uma ambição por uma arte nova. Daí surgem o grupo modernista e a Semana de Arte Moderna, em que dois nomes se destacam, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, os quais vão se interessar pelas ideias da psicanálise, que aos poucos desembarcam no país. O artigo aborda também o grupo de cientistas formado no Rio de Janeiro por médicos e intelectuais provenientes de vários estados brasileiros, como Juliano Moreira, Silva Melo, Genserico Aragão de Souza Pinto, Antônio Austregésilo, Fernandes Figueira, Medeiros e Albuquerque, Júlio Pires Porto-Carrero e Arthur Ramos, que, já com algum conhecimento da psicanálise nascente, se empenham em modernizar o tratamento dos pacientes que lhes chegam. Alguns enviam seus trabalhos para Freud, que sempre agradece e se surpreende por receber esse material de um distante país, como costumava se referir ao Brasil. Em São Paulo, Franco da Rocha, professor de clínica neuropsiquiátrica da Faculdade de Medicina de São Paulo, publica n'O Estado de S. Paulo o texto "Do delírio em geral", o qual motiva em Durval Marcondes, jovem estudante de medicina, o interesse pelas ideias da psicanálise, que manterá pela vida afora.
Palavras-chave : história da psicanálise; história do Brasil; modernismo; doença mental; vacinas.