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Revista Brasileira de Psicanálise

versão impressa ISSN 0486-641X

Rev. bras. psicanál vol.54 no.1 São Paulo jan./mar. 2020

 

HISTÓRIA DA PSICANÁLISE

 

Para situar a pulsão de morte: ata esquecida da Sociedade Psicanalítica de Viena

 

To locate the death drive concept: forgotten minute of the Vienna Psychoanalytical Society

 

Para situar la pulsion de muerte: ata olvidada de la Sociedad Psiconalítica de Viena

 

Pour situer la pulsion de mort: une minute oubliée de la Société Psychanalytique de Vienne

 

 

Marta Raquel ColaboneI; Luiz Eduardo PradoII

IHistoriadora. Psicanalista. Membro do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP), São Paulo
IIPsicanalista. Historiador. Coeditor internacional da Revista Brasileira de Psicanálise

Correspondência

 

 


RESUMO

Tentamos aqui situar o conceito de pulsão de morte. Entre as várias fontes existentes, dispomos das cartas de Freud e de atas esparsas das reuniões da Sociedade Psicanalítica de Viena, anotadas por jovens psicanalistas que participavam dessas primeiras reuniões. Uma entre elas é preciosa, na medida em que transcreve falas de Freud sobre a pulsão de morte quando a Sociedade discute O mal-estar na cultura. Nessa ocasião, Freud introduz um paradoxo facilmente compreensível a partir de suas referências à literatura de língua alemã.

Palavras-chave: pulsão de morte, brincar, conto fantástico, Freud, Lou Andreas-Salomé


ABSTRACT

We try to locate here the concept of death drive here. Among existing sources, we have the letters of Freud and the sparse Minutes of the Vienna Psychoanalytic Society, annotated by young psychoanalysts who attended. One of them is precious, in that it transcribes Freud's sayings about the death drive when the Society discusses Civilization and its Discontents. On this occasion, Freud introduces a paradox that is easily understood based on his references to literature.

Keywords: death drive, play, fantastic tale, Freud, Lou Andreas-Salomé


RESUMEN

Intentamos localizar aquí el concepto de pulsion de muerte. Entre diversas fuentes existentes, tenemos las cartas de Freud y las escasas actas de la Sociedad Psicoanalítica de Viena, anotadas por jóvenes psicoanalistas. Uno de ellas es preciosa, ya que transcribe las palabras de Freud sobre la pulsión de muerte cuando la Sociedad discute el Malestar en la Cultura. En esta ocasión, Freud introduce una paradoja que se entiende fácilmente por sus referencias a la literatura.

Palabras clave: pulsion de murte, juego, cuento fantastico, Freud, Lou Andreas-Salomé


RÉSUMÉ

Nous essayons ici de situer la pulsion de mort. Parmi les sources existantes, les lettres de Freud et les rares procès-verbaux des réunions de la Société psychanalytique de Vienne, annotés par les jeunes psychanalystes. L'une d'entre elles est précieuse, car elle transcrit les propos de Freud sur la pulsion de mort lorsque la Société discute son livre Malaise dans la civilisation. À cette occasion, Freud introduit un paradoxe, facilement compréhensible à partir de ses références à la littérature.

Mots-clés : pulsion de mort, jeu, conte fantastique, Freud, Lou Andreas-Salomé


 

 

O conceito de pulsão de morte aparece em Além do princípio do prazer (1920/2010), livro anunciado por Freud em carta de 2 de abril de 1919 a Lou Andreas-Salomé. Paradoxalmente, é também aí que Freud comunica o abandono do projeto de metapsicologia:

O que aconteceu à minha Metapsicologia? Em primeiro lugar, ainda não foi escrita. O trabalho sistemático do material não é possível para mim. A natureza fragmentária de minhas experiências e o caráter esporádico de minhas descobertas não o permitem. Mas se eu viver ainda 10 anos e continuar capaz de trabalhar nesse período, não morrer de fome ou não tiver um fim violento, nem for muito seriamente atormentado pela miséria de minha família ou do mundo a meu redor - o que é pedir um pouco demais -, então prometo oferecer novas contribuições ao problema. Um primeiro exemplo disso será encontrado num ensaio meu intitulado Além do princípio do prazer, com relação ao qual espero sua apreciação sintético-crítica. (Andreas-Salomé, 1970, p. 122)

É útil lembrar que Além do princípio do prazer é um título evocador do filósofo Friedrich Nietzsche e de seu Além do bem e do mal, ou prelúdio de uma filosofia do futuro (Assoun, 2018). Esse livro foi também uma comemoração do fim da paixão entre o filósofo e a futura psicanalista, que em sua juventude colecionava amantes célebres. Mais tarde, será Rainer Maria Rilke.

Contudo, o grande amor platônico de sua vida será Freud, superando todos os anteriores (Astor, 2008). Por seu passado de femme fatale, ela representará para ele a encarnação da pulsão de morte. Ambos se encontram em 1911, no Congresso Internacional de Psicanálise realizado em Weimar, para o qual um amigo a convidara. Ela tem uns 50 anos; Freud, uns 55. Ela havia acabado de publicar O erotismo. Freud conhece sua história, suas histórias. Quem não as conheceria? Salomé deixara publicar uma foto sua com Nietzsche e um amigo, ela com chicote nas mãos, o filósofo e o amigo atrelados a uma charrete conduzida por ela. De pronto, Freud se encanta. Os dois não mais se separam. Assim, que seja a ela que Freud anuncie pela primeira vez a publicação de seu livro não é anódino.1 Entretanto, essa contextualização do pensamento de Freud na obra em que apresenta a pulsão de morte não nos deve bastar. Dez anos mais tarde, ele retorna a seu conceito, comentando-o.

 

Atas

A pulsão de morte adquire relevo particular em ata bastante esquecida da Sociedade Psicanalítica de Viena. O quarto e último volume das atas apresenta a sessão de 19 novembro de 1918, com a nota de rodapé: "Nossa tarefa enquanto editores das atas até 1918 termina aqui". Porém, logo depois: "Foram conservadas atas dos anos de 1931-1932 e 1932-1933. Contêm, sobretudo, resumos de questões administrativas, listas de presença, temas de conferências e de discussões sem outras precisões" (Nunberg & Federn, 1975, p. 360). Pouco ou nada de interessante. Tudo terminado? É difícil acabar.

O quarto volume das atas veio a público em 1975.2 Alguns anos depois, em 1982, Richard Francis Sterba (1898-1989) publicava um livro com transcrições de outras atas daquela Sociedade. No terceiro capítulo do livro, intitulado "As reuniões da Sociedade Psicanalítica de Viena", o autor apresenta uma visão de conjunto dessas reuniões, evocando inúmeras contribuições e conferencistas. No quinto capítulo, o autor reproduz na íntegra um artigo seu de 1978, já agora com novo título, simplesmente "Freud himself". Nele, o autor transcreve intervenções e falas daquele que todos chamam com carinho de Herr Professor.3 Sterba lembra sua alegria quando, no começo do inverno de 1926, Paul Federn comunicou a todos que Freud se sentia bem o suficiente para retomar as reuniões com um número limitado de pessoas, 12 e não mais, em sua casa na rua Berggasse, 19.

Para um psicanalista, era algo de único ouvir Freud falar dos diversos aspectos da ciência que ele havia criado e à qual havíamos consagrado nossa vida. Por essa razão, eu quis guardar tudo que pudesse do que ele tinha a nos dizer. Para tanto, nada melhor do que anotar por escrito tudo que ele dizia, mas Federn nos disse que o Professor desaprovava que se tomassem notas durante as reuniões. Decidi, entretanto, desobedecer e anotar, escondido, tudo que pudesse, de maneira a reconstituir mais tarde os propósitos de Freud. E eu só podia fazê-lo sentando-me no fundo, onde nem o Professor nem Federn pudessem me ver, o que só foi possível durante algumas das 10 reuniões, mais ou menos, das quais participei. (Sterba, 1978, p. 175)

Com precauções, após haver lido as atas redigidas por Rank entre 1906 e 1910, Sterba as compara às que ele próprio redige. Naquelas, segundo ele, Freud intervinha como chefe de movimento, enfrentando graves hostilidades, devendo lutar para ser reconhecido. Precisava então pesar cada uma de suas palavras. Nas reuniões da década de 1930, a situação havia mudado completamente. Aquelas eram formais, estas são informais. A psicanálise se afirmara nesse entretempo. Freud se mostrava mais confiante, cercado de discípulos fiéis a der Sache, à causa. Tudo isso lhe permitia improvisar livremente, apimentando suas considerações teóricas com anedotas ou brincadeiras com grande liberdade, sem se preocupar com responsabilidades científicas. Sterba sabe, por carta publicada por Edoardo Weiss (1970), que Freud desautorizava a publicação de notas dos propósitos que tivera então. Entretanto, Sterba insiste sobre o caráter fidedigno de suas notas, testemunhas de sua desobediência, pedindo ao leitor que leve em consideração as transformações no estilo de Freud entre as primeiras atas e as que apresenta.

 

Reunião da Sociedade Psicanalítica de Viena 20 de março de 1930

Richard F. Sterba

O tema do encontro foi o livro de Freud O mal-estar na cultura (1929-1930). Não me lembro quem o apresentou. Freud falou logo depois do orador, o que não era comum, tendo sido muito crítico em relação a seu próprio trabalho. Falou do diletantismo na elaboração do livro, dizendo que uma superestrutura fina tinha sido construída sobre fundação particularmente larga e difusa. Comparou seu trabalho com o Troféu de Adamclisi,4 erguido em 107 d.C. para Trajano, perto do mar Negro, na atual Romênia, para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Esse monumento foi o maior e mais famoso da Antiguidade. Hoje sobram apenas uma grande pilha de pedras de mármore e fragmentos de estátuas e de arquitetura. No entanto, reconstruções arqueológicas mostram que o monumento tinha fundações muito largas e rústicas, com 45 metros de diâmetro, sobre as quais havia uma estrutura arquitetônica relativamente pequena, bastante sofisticada, com incrível profusão de estátuas de mármore celebrando façanhas do imperador no campo de batalha. Os excelentes estudos clássicos de Freud sempre lhe permitiram tirar partido de seus conhecimentos da Antiguidade para dar exemplos e analogias esclarecedoras, o que adorava fazer.

Comparando seu trabalho com esse troféu, Freud explicou a analogia:

O livro não trata o assunto com bastante profundidade e é, acima dessas bases brutas, um exame sobremodo difícil [overdifficult] e sobremodo compensador [overcompensating] da teoria analítica do sentimento de culpa. Mas não fazemos esse tipo de dissertação, elas se fazem por si só, e se nos recusamos a escrevê-las tal como nos chegam, não sabemos qual será o resultado. A compreensão analítica do sentimento de culpa deveria estar no primeiro plano.

A outra crítica que Freud tinha a seu trabalho era que faltava algo muito importante:

Nenhum de vocês notou uma omissão neste trabalho, e isso é uma gigantesca desgraça (eine Riesenschande). Eu próprio só a vi quando o livro já estava impresso. Minha omissão é desculpável, mas a sua, não. Eu tinha boas razões para esquecer algo que vejo muito claramente (dass Ich sehr scharf weiss). Se não o tivesse esquecido e o tivesse escrito, teria sido insuportável. Assim, uma tendência oportunista se exprimiu nesse esquecimento. O que foi esquecido tem a ver com as possibilidades de felicidade; é, mesmo, a possibilidade mais importante, porque é a única psicologicamente inatacável. Logo, o livro não menciona a única possibilidade de felicidade realmente suficiente.

Freud, então, citou dois versos de uma ode de Horácio:

si fractus illabatur orbis
impavidum ferient ruinae.

Chegou até a traduzir esses versos, o que não era seu hábito, pois achava que sabíamos latim suficientemente para entender tais citações:

se, alquebrado, o mundo desabar,
suas ruínas o atingirão impávido.

(Comentarei essa citação mais adiante.)

Freud continuou:

Essa possibilidade de felicidade é tão triste. É a das pessoas que se entregam inteiramente a si mesmas. Falstaff5 é uma caricatura disso. Nós o aceitamos como uma caricatura, senão seria insuportável. É o narcisismo absoluto. Só o narcísico absoluto tem essa capacidade de não ser afetado por nada. Esse meu esquecimento é uma grande falha em minha apresentação.

Quando mais tarde procurei os versos latinos citados por Freud - estão no início da terceira ode de Horácio6 -, descobri que os tinha citado fora do contexto, talvez por serem os únicos de que se lembrava. Não há dúvidas de que os interpretou mal. Os versos que o antecedem dizem o seguinte:

Ao homem justo e tenaz de propósito
nem o ardor dos cidadãos incitando o mal
nem o vulto do tirano ameaçador
o abalam, em sua mente sólida, nem o Austro,7
turbulento senhor do inquieto Adriático,
nem a poderosa mão do fulminante Júpiter:

turbulento senhor do inquieto Adriático, nem a poderosa mão do fulminante Júpiter:

se, alquebrado, o mundo desabar,
suas ruínas o atingirão impávido.8

Os versos antes e depois daqueles citados por Freud - que o homem corajoso extrai sua coragem e firmeza não do narcisismo, mas da força de suas convicções morais - mostram que é a confiança resoluta em seus valores que o torna tão impavidum, sem medo algum. Como já disse, a oportunidade de expressar suas ideias livre e espontaneamente, diante de um público acolhedor, permitiu que Freud falasse sem se preocupar muito com a exatidão do que dizia.

Então, naquela mesma reunião (não me lembro como aconteceu), Freud se defendeu das acusações que lhe vinham sendo feitas (não por nenhum dos presentes) de prejudicar pacientes ao exumar o que estava enterrado. Ele respondeu em tom que traía viva emoção:

Em toda a minha vida, tentei revelar verdades (Wahrheiten aufzudecken). Eu não tinha outra intenção, e todo o resto me era completamente indiferente. Meu único motivo era o amor à verdade. Não faz mal a ninguém. Podemos dizer as piores coisas às pessoas sem preocupação nenhuma. Se nos dissessem que um cometa destruiria nosso planeta em 150 anos, não deixaríamos essa notícia estragar nosso café da manhã. A morte de cada um de nós é certa, a minha, mais próxima, mas vocês não se incomodam com isso. Há sete anos me disseram que me sobravam no máximo cinco anos de vida, e como não me incomodei, também posso dizer aos homens as coisas mais desagradáveis; isso não lhes toca (es macht ihnen nichts).

Então comentou: "Para dizer a verdade, não temos uma cultura tal que possamos realmente sentir-nos desconfortáveis nela". E continuou a falar:

Meu livro vem da constatação de que nossa teoria das pulsões é insuficiente. Disseram que eu tentava impor a pulsão de morte aos analistas. Mas sou apenas como um velho camponês que planta árvores frutíferas, ou como alguém que tem que sair de casa e deixa um brinquedo para que as crianças brinquem enquanto estiver fora. Escrevi o livro com intenções puramente analíticas, baseado na minha existência como escritor analítico, numa meditação sombria, e preocupado em desenvolver até o fim o conceito de culpa. O abandono da agressividade cria sentimento de culpa. Agora cabe-lhes brincar [play] com essa ideia. Mas para mim esse é o avanço mais importante da análise.

Nesta reunião, Freud falou de Otto Rank. Tinha acabado de ler seu último livro e não concordava com a crença na alma (Seelenglauben) que Rank exprimia. Disse:

Rank era uma pessoa muito dotada, a mais capaz e dotada de todas (der tuechtigste und begabteste von allen Leuten). E, então, Rank teve uma segunda fase como impostor (Hochstapler), em que seu único objetivo era contradizer Freud. Assim, nos deu nova explicação de Hamlet, o filho que não quer mais receber ordens do pai e, portanto, recusa a obrigação de vingá-lo. Essa interpretação é uma grande vigarice (die groesste Lumperei). {Não encontro uma boa tradução para a palavra Lumperei; é algo que um Lump - um canalha - faria ou produziria. Acho que baixo tipo de fraude se aproxima de Lumperei.}9 Hamlet seria o filho que não acredita mais no pai. Em sua argumentação, Rank leva isso muito a sério e despreza a psicanálise. Ele usa a teoria da relatividade, a teoria dos quanta e o princípio da indeterminação para questionar a causalidade psíquica, de modo que apenas restam a alma e o li-vre-arbítrio. Mas é impossível que a psicanálise seja uma ilusão. (Freud obviamente alude, aqui, ao princípio do determinismo em nossa ciência.) As novas descobertas podem ser desconcertantes para os físicos, mas a psicanálise sempre sofreu da aplicação dos critérios de outras ciências.

E Freud concluiu, dizendo com intensa emoção: "Deixem, enfim, a psicologia em paz; deixem a psicologia para os psicólogos".

 

Em suma, voltando à pulsão de morte

Em que pesem as observações de Sterba, a aproximação feita por Freud entre "brinquedo", "brincadeira" e "o avanço mais importante da análise" não é apenas fruto da informalidade das trocas de então, mas algo que parece residir no núcleo da psicanálise. Tampouco têm fundamento os espantos e incompreensões atuais quanto à aproximação proposta por Freud. Basta lembrar sua insistência em se referir a fontes literárias - por exemplo, as páginas que dedica a E. T. A. Hoffmann10 em "Das Unheimliche",11 tão importantes que as Obras completas em alemão as apresentam também como texto à parte (Freud, 1919/1987); e, ainda, a reivindicação que faz desse autor como precursor em Moisés e o monoteísmo (1939/2018).

O "avanço mais importante da análise" ser uma "brincadeira", justamente a respeito da pulsão de morte, é uma tese aparentemente antinómica, mas que se encaixa com facilidade no mundo de Hoffmann, mundo mágico e repleto de nostalgias, ao qual Freud atribuía tanta importância na descoberta da psicanálise.

 

Referências

Andreas-Salomé, L. (1970). Correspondance avec Sigmund Freud (1912-1936), suivie de Journal d'une année (1912-1913) (L. Jumel, Trad.). Gallimard.         [ Links ]

Assoun, P.-L. (2018). Freud et Nietzsche. PUF.         [ Links ]

Astor, D. (2008). Lou Andreas-Salomé. Gallimard.         [ Links ]

Colabone, M. R. & Prado, L. E. (2019). Sobre o suicídio: as reuniões da Sociedade Psicanalítica de Viena. Revista Brasileira de Psicanálise, 53(4),257-284.         [ Links ]

Freud, S. (1987). E. T. A. Hoffmann über die Bewusstsein Funktion. In S. Freud, Gesammelte Werke: Texte aus den Jahren 1885 bis 1938 (p. 769). S. Fischer. (Trabalho original publicado em 1919)        [ Links ]

Freud, S. (2010). Além do princípio do prazer. In S. Freud, Obras completas (P. C. Souza, Trad., Vol. 14, pp. 161-239). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1920)        [ Links ]

Freud, S. (2018). Moisés e o monoteísmo. In S. Freud, Obras completas (P. C. Souza, Trad., Vol. 19, pp. 13-188). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1939)        [ Links ]

Nunberg, H. & Federn, P. (Eds.). (1975). Minutes of the Vienna Psychoanalytic Society (1912-1918) (M. Nunberg, Trad., Vol. 4). International Universities Press.         [ Links ]

Penna, H. (Org.). (2016). Odes romanas. Fale-UFMG. https://bit.ly/35LBDh7        [ Links ]

Prado de Oliveira, L. E. (2005). O inconsciente freudiano entre Lou Andreas-Salomé e Victor Tausk. Ágora, 8(2),237-254.         [ Links ]

Sterba, R. F. (1978). Discussions of Sigmund Freud. The Psychoanalytic Quarterly, 47(2),173-191.         [ Links ]

Sterba, R. F. (1982). Reminiscences of a Viennese psychoanalyst. Wayne State University Press.         [ Links ]

Weiss, E. (1970). Sigmund Freud as a consultant: recollections of a pioneer in psychoanalysis. Intercontinental Medical Book Corp.         [ Links ]

 

 

Correspondência:
Marta Raquel Colabone
Rua Abílio Soares, 353, ap. 131
04005-001 São Paulo, SP
martacolabone@uol.com.br

Luiz Eduardo Prado
107, Rue Mouffetard
75005 Paris, France
ledprado@gmail.com

Recebido em 18/3/2020
Aceito em 24/4/2020

 

 

1 Ver Prado de Oliveira (2005).
2 Para uma história da publicação das atas, ver Colabone e Prado (2019).
3 Quanto a Herr Professor, vindo de sua nomeação como Privatdozent, cumpre lembrar que Freud nunca foi admitido ao magistério profissional. Privatdozent corresponde a um título de professor particular atuando na universidade.
4 NT: o imperador romano Trajano, em disputa pelo território da Dácia (atual Romênia), guerreou contra o líder dácio Decébalo em dois momentos: em 101 e em 106 d.C. Vitorioso, coube a Trajano ser honrado com o Tropaeum Traiani (Troféu de Trajano), construído no Civitas Tropaensium, atual Adamclisi.
5 NT: Sir John Falstaff é um personagem de Shakespeare que aparece em várias de suas peças. Palhaço, mentiroso, mulherengo, insaciável com comidas e bebidas, não deixa de ser inteligente, conseguindo assim safar-se de situações enrascadas.
6 NT: citamos aqui a partir da tradução de Odes romanas (Penna, 2016, p. 27).
7 NT: "Auster, o vento do sul, que domina o Adriático" (Penna, 2016, p. 27, nota 1).
8 NT: Sterba desconhece talvez serem esses versos um dos lemas mais importantes da franco-maçonaria. Freud participara da B'nai B'rith, instituição judaica paralela à maçonaria.
9 NT: entre chaves, nota que Sterba acrescenta ao original de seu próprio texto. Sugerimos que se aproxime o Lump do Lumpf, utilizado pelo pequeno Hans para suas dejeções. Assim, o Lump seria um "merdinha" e a Lumperei seria uma "merda federal".
10 Hoffmann (1776-1822) é considerado o criador do conto fantástico moderno, vindo do Romantismo alemão. Foi um importante intelectual e artista - escritor, poeta, compositor, músico, crítico musical, desenhista e, também, jurista. Para além de Freud, tem inspirado artistas e intelectuais em todas as culturas.
11 Vertido de diferentes maneiras no Brasil: "O estranho", na tradução coordenada por Jayme Salomão; "O inquietante", na tradução de Paulo César de Souza; "O infamiliar", na tradução de Ernani Chaves e Pedro Heliodoro Tavares.

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