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Boletim - Academia Paulista de Psicologia
versão impressa ISSN 1415-711X
Resumo
BARBOSA, Arianne de Sá; TERROSO, Lauren Bulcão e ARGIMON, Irani Iracema de Lima. Epistemologia da terapia cognitivo-comportamental: casamento, amizade ou separação entre as teorias?. Bol. - Acad. Paul. Psicol. [online]. 2014, vol.34, n.86, pp.63-79. ISSN 1415-711X.
Este artigo constituiu-se em uma revisão narrativa de literatura, que visa apresentar as principais abordagens das terapias comportamentais e cognitivas desenvolvidas ao longo das três ondas da terapia cognitivo-comportamental, contextualizando-as histórica e epistemologicamente. O aumento da compreensão sobre o desenvolvimento da terapia cognitivo-comportamental até a contemporaneidade tende a ampliar reflexões sobre os rumos que a psicologia tende a seguir. Percebe-se, através desta revisão, que a terapia cognitivo-comportamental não é linear cronologicamente: teorias milenares coexistem com outras modernas/contemporâneas. Há uma visão de mundo influenciada por diferentes pontos de vista (abstrato, humano, mecânico), de diferentes momentos históricos da humanidade, o que traz um paradigma epistemológico híbrido para a terapia cognitivo-comportamental. Em um primeiro momento, esta diversidade de embasamentos teóricos, pode parecer um problema epistemológico, mas, na verdade, contribui para a riqueza da terapia cognitivo-comportamental, que se desenvolve de forma a dar conta das demandas da modernidade. A primeira, segunda e terceira ondas da terapia cognitivo-comportamental devem ser entendidas como complementares, não rivais: casadas, tendem a proporcionar estratégias eficazes para o tratamento de diversas patologias psíquicas.
Palavras-chave : Epistemologia; Terapia cognitivo-comportamental; Teoria Psicológica.