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Estilos da Clinica

versão impressa ISSN 1415-7128

Estilos clin. vol.6 no.11 São Paulo  2001

 

ARTIGO

 

Histórias de adolescentes no picadeiro: laço fraterno, delinqüência e psicose1

 

Teenagers histories on circus ring: fraternal lace, delinquency and psychosis

 

 

Carina Arantes FariaI ; Mariana de Mello BeisiegelII

IPsicanalista, membro da equipe da Lugar de Vida
IIPsicanalista, membro da equipe da Lugar de Vida

 

 


RESUMO

Este artigo trata do encontro de dois grupos de adolescentes de instituições diferentes: a primeira, que se ocupa do tratamento e escolarização de crianças com distúrbios globais do desenvolvimento, a outra, uma iniciativa do governo de São Paulo, que busca a inserção social de crianças e adolescentes que vivem em uma favela que cresce nos arredores da universidade. Trouxe à nossa experiência clínica reflexões sobre o conceito de Função Fraterna no que concerne ao possível estabelecimento de uma lei ordenadora, sustentada pela relação horizontal entre esses dois grupos de jovens.

Adolescentes; laço fraterno; psicose; delinqüência


ABSTRACT

This article treats of the encounter between teenagers of two different institutions: the first occupied with treatment and school inclusion of children with global development disorders, the other, a govemmental iniciative that intends the social inclusion of children and teenagers living in a slum that grows nearby the University. This encounter raised to our clinical experience reflections about the concept of Fraternal Function, in what concerns the possible establishment of the Law supported by the horizontal relation between these two groups of youngsters.

Teenagers; fraternal lace; psychosis; delinquency


 

 

Um encontro entre duas nações dispostas a discutir a clínica, os problemas graves do desenvolvimento e as diferentes formas de intervenção mobilizou em nós o desejo e o desafio de nos colocarmos diante da particularidade de nossa realidade social, para juntos pensarmos nos desdobramentos do tratamento e inclusão de jovens que se encontram fora do social.

No Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo desde 1991 funciona a Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida, instituição que oferece atendimento terapêutico e educacional para crianças com graves distúrbios de desenvolvimento. Tratar da infância com problemas é nosso trabalho, e isso implica possibilitar o lugar do laço social.

Deparamos então com o desafio de propor o social àqueles em que a lei não foi inscrita como função organizadora do psiquismo de modo efetivo. Sabemos que o social remete-nos à sociedade como um conjunto de pessoas que partilham leis, tempo e espaço unidas pela consciência de grupo e, em última instância, pela idéia de companheirismo do socius. De entrada nos dispomos a pensar em como aceder ao registro psíquico particular em que se encontram essas crianças, e que nos aponta a hipótese da psicose, numa aposta de suplência que possa atingir e fazer laço social.

Nossa experiência com o instrumental da educação terapêutica nos mostra a permeabilidade do escolar como o lugar social possível que faz borda, e acena para uma entrada na cultura.

Traremos agora um momento particular da instituição diante de seu compromisso com a infância. Trata-se da indicação de um limite que desponta para uma nova necessidade no encontro com o social. Um grupo de cinco crianças que cresceram na Lugar de Vida, que foram atravessadas pelo tratamento e inseridas na escola, mas que, com a entrada na adolescência, nos mostraram a insuficiência deste dispositivo.

Estamos diante de uma situação que em princípio ultrapassa os muros da infância, posicionando-nos desde aí no lugar do saber ainda não apropriado e construído em nossa instituição, o que nos sinalizou a importância de um grupo de passagem para a criação e inauguração do novo lugar social relativo à adolescência.

Estamos entendendo, então, que não se trata mais da escola, mas sobretudo de algo que aponta para o universo coletivo do adulto: o lugar do trabalho.

Montamos com esses jovens um grupo com duração limitada e pré-estabelecida, acreditando com isso precipitar o engajamento dos pais e dos próprios adolescentes nesse novo momento de suas vidas. Uma proposta de um ano de trabalho para um grupo diferente na instituição, o Grupo dos Grandes (GG). Tal significante foi escolhido como precipitador do lugar da adolescência, além de tratar-se de um sinalizador do final do tratamento institucional para estes jovens.

Nesse tempo poderíamos juntos (coordenadores de grupo e adolescentes) buscar novos espaços fora da Universidade e da instituição de acordo com o interesse que cada um fosse apresentando. Um dispositivo fomentador de novas idéias e possibilidades, de esperanças, mas também de desesperança.

Nessa busca encontramos como parceiro um Circo Escola, projeto do governo do Estado de São Paulo que tem como meta a socialização de jovens de famílias desfavorecidas econômica e socialmente que habitam uma favela ao lado da Universidade de São Paulo, que sofrem também com a falta de acesso à cultura formal. Essa iniciativa do governo vem suprir necessidades básicas de uma realidade social caracterizada pela carência generalizada de recursos e que precipitam, para estes jovens das favelas e da periferia da grande metrópole brasileira, o estigma da delinqüência.

Ficamos surpresos com a disponibilidade imediata para a efetivação desse encontro entre jovens de grupos diferentes, e começamos a entender que o desencadeador desta possibilidade tratava de estigmas da exclusão: a delinqüência e a loucura. Um lugar de acolhida do diferente. Perguntamo-nos sobre o que nesta diferença era revelador de uma semelhança.

Sob uma grande lona, a dança, o trapézio, o arame, a cama elástica, a capoeira, o teatro, as artes plásticas, enfim, a oferta do universo circense colocou-se ali como a oferta de significantes. Liberdade de escolha que cada um iria fazer designando um caminho para uma nova inserção, que de imediato faz referência ao ser social precursor do poder ter o social.

Faz-se pertinente neste momento abordarmos a adolescência, tentarmos, como em nossa prática, circundar esta passagem dentro da nossa proposta, como advento do laço fra, terno enquanto instaurador de uma metáfora não paterna.

Gostaríamos de abordar a adolescência pelo modo que Rassial (1999) constrói, não mais como um dos estágios do desenvolvimento entre a infância e a idade adulta, mas sobretudo como operação simbólica, operação lógica que se tem alargado na atualidade com toda a conjuntura já claramente descrita por ele, da queda do Nome-do-Pai.

Neste trabalho não tomaremos essa discussão e construção, entretanto, vamos trabalhar a adolescência no viés da crise, dó inapreensível, da interrogação e separação da promessa paterna de que o sujeito depois de grande teria acesso à relação sexual, ou, àquilo que neste momento se revela como impossível. A adolescência fala daquilo que está fora, do sujeito extirpado, excluído do social enquanto instância com leis reguladoras, que serão subvertidas por este sujeito sem lugar simbolizado.

É na adolescência que ocorrerá a separação do pai enquanto fundador único da lei, entra em ação aí uma operação de subjetivação que faz do laço social ponto nodal, ao acesso de uma nova posição na mesma estrutura psíquica. E o laço fraterno que se apresenta como o instrumento operador no processo da reedição da estrutura edípica.

A idéia da adolescência como operação psíquica nos encaminha em direção a uma estrutura em que houve inscrição do Nome-do-Pai, a qual será reorganizada. Mas, quando falamos dos jovens do GG, falamos dos Grandes, daquelas crianças desde cedo marcadas pela não inscrição da lei paterna, ou pela foraclusão dela.

Crianças grandes, que nos mostram a definição de estruturas psicóticas e que têm um corpo, o qual nos aparece como único delimitador de uma mudança que diz respeito à imposição do significante Grandes.

Corpo grande. Corpo esse que fala desses jovens, fala por eles, e no Real é o indicador dessa passagem; passagem adolescente.

E os jovens do Circo?

São jovens desfavorecidos pelos ditames dos valores sociais, de uma favela onde o discurso social imperativo é a falência do laço parental, da falta de lugar social, da violência como forma de linguagem delimitadora da existência, da delinqüência não só como protesto desses jovens diante da sua subjetivação, mas ainda como um sintoma social intrínseco a esta realidade.

Como nos diz Rassial (1999, p. 55), o adolescente "é alguém que delinqüe, que faz falta ao que 'linqüe', mas também àquilo que o 'linqüe'. A etimologia da palavra é interessante: delinquere. Linquere é deixar algo, ou alguém, no seu lugar, e o de marca a separação, o destacamento".

De acordo com a descrição acima sobre os jovens da favela que freqüentam o circo, a definição etimológica do termo delinquere nos parece ajustada ao que encontramos na proposta do circo como contorno possível àqueles que estão fora do social, e, ainda, na manifestação destes jovens que estão ali em busca de um lugar que os ligue a alguma possibilidade de serem reconhecidos enquanto pessoas, e pessoas adolescentes.

O circo para esses jovens vem imprimir ritmo, vem ofertar contorno ao tempo, espaço físico delimitado e minimamente organizado, enfim, ofertar borda a estruturas desde o início abaladas pela precariedade do laço parental, e que nesse momento do adolescer sofrem uma nova fissura. Estas estruturas parecem-nos ser novamente delimitadas com o acesso e ascensão a um universo em que a arte define o compasso a ser seguido na execução de novas músicas.

Histórias de encontros:

 

SILVANA, MENINA BAILARINA EM CORPO DE MOÇA...

Estacionamos o carro dentro da universidade. Atravessamos um portão e chegamos ao outro lado: à esquerda avistamos a favela, e à direita, o circo. Em poucos metros atravessamos a fronteira do saber e do social estabelecido e adentramos, em companhia de nossos jovens, o extramuros. Estávamos ansiosos e curiosos para conhecer o lado de fora. Dois espaços, duas visões: à esquerda a favela com suas ruazinhas, ramificações de terra batida cercadas por barracos, moradias; muitos, eram muitos. À direita, o circo.

Silvana, nesse momento, expõe sua curiosidade de modo claro e contundente: sai correndo e depara com um portão. Um guarda uniformizado vem ao nosso encontro e abre o portão. Passagem livre. Silvana adentra o circo. Continua correndo, atravessa o picadeiro, olha os outros jovens que se equilibram nos trapézios, vê a cama elástica e continua sua marcha até o momento ininterrupta. Chega até a sala de aula de dança e ao som de uma música árabe mistura-se ao grupo de moças, posiciona-se ao lado do professor e próxima ao espelho começa a dançar.

Ficamos espantadas, não mais com sua marcha incessante, mas, sobretudo, diante do que se apresenta ali. Ela dançava, mas dançava a coreografia que estava sendo ensinada.

Espantado ainda ficou Luciano, o professor de dança, que não a conhecia e que, logo após ter perguntado o seu nome e feito a apresentação geral do grupo de moças, convidou-a a participar do grupo. Pareceu-nos o esboço de um encontro, em pouco tempo confirmado não por nós, coordenadoras da Lugar de Vida, nem por Luciano; mas pelas moças.

 

MÔNICA, MENINA ORIENTAL EM CORPO DE MOÇA...

Já não era nossa primeira visita ao circo. Os jovens de lá aproximavam-se cada vez mais de nós, coordenadoras e estagiárias, afinal, dos jovens da Lugar de Vida já se haviam aproximado anteriormente.

Os jovens do circo queriam saber mais sobre as crianças jovens da Lugar de Vida, queriam conversar com elas e eram convidados a isso por nós, que não nos detínhamos em responder muito às suas questões, senão que os encorajávamos a conversar diretamente com elas.

Janaína, uma bela garota do trapézio e da dança, interessou-se muito em nos mostrar suas habilidades circenses, despertando-nos a atenção para o desenvolvimento e espaço da arte naquele contexto. Convidava insistentemente Mônica a treinar com ela, convite freqüentemente negado, e sistematicamente refeito.

Mônica tem 13 anos, é filha de japoneses. E uma adolescente, ao menos as transformações de seu corpo e a iminência de seu ciclo menstrual nos evidenciam mudanças.

Nas primeiras idas ao circo, Mônica dedicou-se a chorar, chamar pela mamãe, dizer não aos chamados de Janaína e colar-se aos braços de alguém da Lugar de Vida.

Um dia chorava muito pedindo a mamãe, quando Janaína aproximou-se perguntando-nos sua idade, e, ao saber, virou-se indignada para Mônica dizendo-lhe:

- Você já tem 13 anos, é uma moça, não precisa chamar pela mamãe e nem chorar!

As lágrimas cessaram. Um novo olhar surgiu.

Atualmente Mônica freqüenta o grupo de dança. As lágrimas desapareceram, e o interesse por sua imagem no espelho e os adornos femininos apareceram.

Janaína lhe diz "tchau" em todos os encontros, de onde ela estiver...

 

FELIPE, MENINO DESENHISTA EM CORPO DE MOÇO...

Felipe gosta muito de desenhar, mas no circo ele gosta de andar. Visita todas as salas e espaços, observa atentamente os outros jovens e arrisca alguns contatos um tanto quanto desajeitados, mas por vezes bem-sucedidos.

Uma quinta-feira ele estava sentado na arquibancada junto a alguns garotos e garotas, quando uma das garotas lhe disse que ele tinha olhos lindos.

Felipe é grandalhão, desajeitado, braços e mãos grandes, um rosto pouco delicado. A percepção daquela garota desvelou um ato humanizante e até de certa erotização de algo eleito no corpo daquele garoto, que para nós parecia um pouco amorfo.

O que aquela garota trazia em seu repertório que lhe possibilitou tal olhar?

Certamente questões de sua singularidade, mas também algo da ordem de uma semelhança ali revelada pela exclusão social ou do ser adolescente de ambos.

As palavras daquela jovem revelaram seu olhar humanizante, que foi a partir de seu lugar subjetivo e social, e de nenhum outro, que ela poderia ter aquele olhar tão legítimo e capaz de fazer marca naquele corpo tão desajeitado e pouco harmônico.

A cada encontro surgiam novos enigmas. Observávamos nos dois grupos de jovens uma permeabilidade facilitadora de encontros e laços. A "loucura" dos jovens da Lugar de Vida parecia ofuscar-se por um outro chamamento vindo desses outros jovens, o chamamento para o ser moço, ou moça, e não mais, "louco" ou "normal".

Nessa experiência no espaço do circo estamos privilegiando como instrumento de passagem, para uma provável entrada no universo do trabalho, a arte e sua produção.

Nos adolescentes do circo ela surge como um instrumental para a aquisição de novas habilidades, e, sobretudo, como contorno ao tempo ocioso destes jovens que habitam a favela e que são constantemente convocados a hábitos que podem engendrar a violência.

Para os adolescentes da Lugar de Vida a arte pode ser apropriada na eleição de um espaço físico e na apropriação de um sentido para o corpo, quando este pode expressar-se em movimentos de dança num grupo que tem sua estrutura bastante clara. Neste sentido, a produção artística destes jovens ganha um lugar no mundo, lugar de reconhecimento no olhar do Outro.

Devemos agora tratar da desesperança que tange esse trabalho. Sabemos que a proposta de um ano de passagem para o final do tratamento aflige sobretudo os pais desses jovens, que em muitos momentos não vêem luz no final do túnel. No entanto, nós também localizamos certa desesperança quando tocamos a superfície tênue em que se definem os laços, e tudo aquilo que se constrói.

Vimos que é preciso uma rede constante de oferta significante que dê consistência, contorno e certa regularidade, que possam sustentar as possibilidades das apropriações constatadas nesse trabalho.

Experienciamos o desenrolar do laço fraterno a partir de uma semelhança entre esses jovens propiciadora de uma diferença possível que vem caracterizar o particular de cada um num lugar social.

Sabemos da novidade desses conceitos na psicanálise e estamos, a partir de nossa prática, observando a pertinência de serem desenvolvidos como impulsionadores da clínica da adolescência.

Quando mencionamos função fraterna, estamos nos referindo à abordagem da falência da função paterna nas sociedades modernas ocidentais, tema já bastante discutido por vários psicanalistas.

Podemos pensar que questões atuais, como a entrada da mulher no mercado de trabalho, a difusão da globalização e demais fatores não elencados aqui, indicam uma horizontalização das referências, ou modelos identificatórios na atualidade. O pai deixa de ser referência vertical, deixa de ser modelo a ser seguido e passa a ser como os outros, um igual. Um amigo.

É nessa cena, e debruçada sobre as construções da obra freudiana que Kehl (2000) vai apontar a semelhança como um efeito dessa conjuntura. Mas ela avança em desdobramentos sobre a função do semelhante, a qual é assumida em primeira instância pelos irmãos em dois âmbitos fundamentais: o da constituição do sujeito e o do laço social.

Como formula Kehl (2000) em sua introdução do texto sobre o laço fraterno:

"O mito freudiano é claro a esse respeito: quem instaura a Lei, na sua forma civilizatória, não é o pai real (o pai da horda primitiva, com a arbitrária lei de seu próprio desejo), mas a comunidade de irmãos, motivados pela culpa e o desamparo que sucedem ao assassinato. Mas a lei não é uma simples reedição do desejo do pai morto: é criação dos irmãos, e tem a dupla função de interditar o gozo, mas permitir o prazer. Quem faz a função paterna são os irmãos, assim como cabe a eles sustentar a vigência da lei".

Com a falência da função paterna, é a fratna que vai garantir a assunção da lei por meio das identificações horizontais, permitindo nesta semelhança entre os membros a possibilidade da diferença, da expressão da particularidade de cada um por meio da suplência daquilo que está falido, portanto, a função paterna.

Podemos pensar que na psicose a função fraterna vem fazer suplência ao pai real e o simbólico falidos, uma vez que a fratna possibilita a separação da lei da autoridade do pai real. Na delinqüência, a falência da função paterna parece-nos fazer referência à falha do laço parental, e de modo particular da instituição família. Aí também o laço fraterno pode instaurar uma metáfora não paterna.

Nesse sentido, essa experiência no circo com adolescentes psicóticos e adolescentes que carregam o estigma da delinqüência revela o estabelecimento dessa suplência, indicando-nos de imediato o sentido de um caminho para o final do tratamento na Lugar de Vida e a possível ascensão à Vida. A emergência de um sujeito que, mesmo estando fora da inscrição do Nome-do-Pai, pode encontrar um eixo orientador para prosseguir...

Estamos confortáveis em partilhar esta experiência com vocês - irmãos de uma outra nação -, na certeza de podermos, a partir da nossa semelhança, a clínica da psicanálise, descobrir em nossas discussões a riqueza de nossas diferenças na construção do nosso saber partilhado.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Kaufmann, P. (1996). Dicionário enciclopédico de psicanálise - o legado de Freud e Lucan. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.         [ Links ]

Kehl, M. R. (org.) (2000). Função fraterna. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará         [ Links ].

Kupfer, M. C. M. (2000). Educação para o futuro. Psicanálise e educação. São Paulo, SP: Escuta.         [ Links ]

Rassial, J. J. (1997). A passagem adolescente. Rio de Janeiro, RJ: Artes e Ofícios.         [ Links ]

------(1999). O adolescente e o psicanalista. Rio de Janeiro, RJ: Companhia de Freud.         [ Links ]

 

 

Recebido em novembro/2001

 

 

NOTA

1 Trabalho apresentado no Colóquio Universitário Franco-Brasileiro realizado pela Universidade de Paris 13 entre os dias 5 e 7 de outubro de 2001, em Paris.